domingo, 30 de dezembro de 2007

BALANÇO 2007

Por estes dias, de final de ano, somos bombardeados com todo o tipo de balanços, projecções para o futuro, desejos de que tudo melhore, etc.

No meu caso, acho que também tenho o direito a mandar o meu bitaite, por isso decidi fazer aqui, também eu, o meu balanço do ano 2007 indicando o facto/acontecimento de maior relevo.

Eu vou dividir em 2 partes:


NACIONAL

- Positivo: a despenalização do aborto. Finalmente, deixamos de ter essa nódoa que nos atirava para a Idade Média, no tratamento desta questão.

- Negativo: o Desemprego. Uma vergonha dolorosa, humilhante que, a não ser resolvida, deve levar-nos a todos a pensar no que aqui andamos a fazer, já que não somos capazes de concretizar o mínimo das esperanças criadas, aquando do 25 Abril, e retrocedemos rapidamente neste assunto, a níveis dos anos 60 e 70, ao nível da emigração que todos os dias aumenta.

INTERNACIONAL

- Positivo: a consciencialização dos americanos, relativamente às barbaridades cometidas pelo seu País e a falta de inteligência do seu Presidente no tratamento das questões do Médio Oriente, patentes nas sondagens para as próximas eleições e em todos os tipos de sondagens, o que nos pode garantir alguns anos de Paz.

- Negativo: a atribuição do Prémio Nobel da Paz a Al Gore. Foi o culminar e o reconhecimento do poderio mediático em detrimento do empenho, e da verdadeira defesa de valores da Paz, que nada têm a ver com o que o Al Gore representa e representou recentemente, enquanto governante de um dos Países mais beligerantes do Mundo e onde existe a maior indústria de armamento do Mundo, que muito já terá financiado campanhas políticas, incluindo a do Sr. Gore.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Natal….a vacina contra a família!

Hoje, dia de especial azáfama na preparação das empanturrantes refeições de logo à noite, senti um ar de frescura, de alívio, enfim de alegria, porque a pessoa que me atendeu num estabelecimento comercial não me disse no fim, a cansada, a oca, a repetidíssima frase: “Bom Natal”.

Apenas disse: - “até amanhã”.

Não que eu não goste deste dia, não, antes pelo contrário, eu também gosto muito de dar e receber prendas, adoro o bacalhau que sabe como nunca, nesta noite, mas só isso sejamos honestos.

O resto, chamar a isto o dia da família, por exemplo, é um verdadeiro atentado à noção de família. Desde há uns tempos a esta parte, criou-se o mito, a imagem de marca de que esta festa é a da família, e, então, a malta foi interiorizando que basta neste dia, oferecer umas pantufas à velhota e um xaile à velhota, que a coisa é capaz de chegar para todo o ano.

Chamar ao dia de Natal o dia da família, é como uma vacina contra família que as pessoas tomam e que, supostamente aguenta até ao ano seguinte…como a vacina da gripe…

A comprovar isso, está a festa do Ano Novo, que é logo na semana seguinte: a festa onde se celebram os 365 dias que se avizinham, é comum dizer-se -“ah esta festa não é de família”…..e foge-se inclusive, para bem longe, pois…o efeito da vacina ainda está forte…

sábado, 22 de dezembro de 2007

Falta de Leite?!

Falta de Leite?!

Desde que no princípio desta semana fui ao Hipermercado onde vou há vários anos, fazer as compras habituais, incluindo o sagrado leitinho, que tenho dado voltas à cabeça, à web e a todas as fontes de informação e não consigo explicação para o que vi: não há leite Agros à venda, nem magro nem Gordo nem meio magro.

Ora, se há artigo onde eu não mudo, quer seja caro quer seja barato, é no leite. O respeito que este alimento me merece faz que eu seja fiel há muitos anos. Olhei, voltei a olhar à volta, talvez tenham mudado de lugar, mas não não há leite Agros no Hipermercado Continente.

Pensei cá para mim: grande guerra comercial, que chega ao ponto de um Hiper como o Continente deixar de comprar a uma marca/empresa da dimensão da Agros…mas não, hoje fui lá de novo, voltei a ver a zona do leite sem Agros, resolvi então inteirar-me do que se passa.

Telefonei p/ a loja respectiva quando cheguei a casa, e a resposta foi esta: de facto hoje não temos, mas ainda ontem tivemos, é que há muita falta de leite no mercado…

Sinceramente, sempre que ouvi notícias sobre leite, foi a falar de milhões de litros jogados fora pelos produtores, em protesto, por causa das imposições de quotas. Ainda há bem pouco tempo, Portugal pagou ou esteve à beira de pagar multas por produzir leite a mais…e agora, não há leite?

O que mais me surpreende é que isto se esteja a passar sem que haja um alarido por aí fora: para mim, é uma situação quase de catástrofe, não ter o leite que há décadas consumo…e provavelmente como eu, muitos milhares de consumidores….cmo é que isto se passa em surdina?

Claro, o consumidor não vai perceber, não é?

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

-“Não tenho sorte nenhuma!”

-“Não tenho sorte nenhuma!”

Dizia um dos marroquinos que acabavam de dar á costa no Algarve.

Hoje, na abertura dos telejornais, era noticiado o facto de ter dado à costa uma embarcação com mais de 20 africanos, que foram recolhidos pela polícia portuguesa, sendo que alguns deles necessitaram de assistência hospitalar, tal era o seu estado debilitado de saúde.

- Olha, já nos está a acontecer o mesmo que aos italianos e aos espanhóis, ou seja, começou como previra há dias, um político qualquer do nosso Governo, a debandada de africanos em direcção a terras lusas, por via marítima, usando aquelas embarcações próprias de atravessar riachos e não mares, como fazem estes desgraçados, em procura de melhores condições de vida!

Isso era o que eu pensava, mas não, estava eu a ver o desenrolar da reportagem, quando afinal, ouço o raio dum marroquino dizer, que veio cá parar por engano, porque para onde eles queriam ir era para Espanha….

- Não tenho sorte nenhuma, e não parava de repetir o raio do marroquino, só faltava dizer “- olha o que me saiu na rifa – Portugal !– para isso tinha ficado em Marrocos”….

sábado, 1 de dezembro de 2007

domingo, 11 de novembro de 2007

Católico não Praticante

O Papa Bento XVI recebeu, neste fim de semana, a Igreja portuguesa e os seus bispos, tendo-lhe dado um “puxão de orelhas” alegadamente porque em Portugal o número de católicos não praticantes tem aumentado muito e os bispos e os católicos portugueses em geral, têm que pôr cobro a isso.

Ora, eu, na minha qualidade de católico, de facto, já tinha ouvido falar dessa coisa de ser praticante e não praticante, mas, confesso, de uma forma tão assumida pelas altas instâncias não, aliás, não sei o significa essa coisa de ser praticante.

Como católico que sou, gostaria de saber se me enquadro no grupo dos não praticantes ou praticantes. Já sei que para ser preciso ser praticante, é preciso ir à missa, tudo bem, mas quantas vezes? Será que ir só ao Domingo e se faltar algumas vezes? E indo à missa tenho que comungar? E confessar-me também é obrigatório? E indo à missa, confessando-me, comungando, é preciso dar moeda para o peditório? E se só der nas missas em que tenho moeda, e não der noutras, já deixo de ser praticante?

Estas são, de facto, as interrogações que se me colocam e para as quais eu gostaria que alguém me ajudasse a encontrar resposta.

Dizem que 90% dos católicos é NÃO PRATICANTE, mas porquê?

É que, por exemplo, nunca ninguém viu esta coisa do praticante ser aplicada a mais nada. Por exemplo na política: eu sou socialista, mas não praticante…mas isso porquê, por não ir às reuniões todas? Ou então, eu sou portista, mas não praticante, o que é isso do portista não praticante – aquele que não assiste aos jogos todos?

Um dia destes, temos conversas do género – ah aquele indivíduo é sério, mas não praticante….porquê? Porque uma vez ou outra fez uma maroscazita, mas é sério…

sábado, 10 de novembro de 2007

Non sense politics – a 4ª. via

Durante os últimos anos, vamos dizer, finais dos anos 90 e princípios do séc. XXI, assistimos a uma onda de políticos e governos cujas políticas assentavam no diálogo, na boa imagem, na tolerância, naquele meio termo que nem é pau nem é pedra, a chamada 3ª. Via, personalizada no ex-primeiro ministro britânico Tony Blair, no alemão Schroder e até no rei do diálogo português, António Guterres.

De repente, e nos últimos tempos, tornou-se moda a política do vai ou racha, a política da exigência, do rigor, da autoridade do estado, numa palavra, o Povo parece que quer é que o metam na linha. Isto de falinhas mansas, de contemporizações, de conciliação não dá nada – ouvimos nós durante os últimos anos - basta ver a que ponto chegamos no défice público! – dizem os entendidos em défices, tudo por causa do rei da conciliação Guterres, vai daí o que o Povo quer é cacetada, cinto apertado contas em ordem.

Enquanto a coisa fica por aqui, tudo bem, o problema é que começamos a achar que o corte nos orçamentos já é pouco e então, acha-se piada a algo mais interventor, mais ousado, os políticos têm que ter verdadeiramente pulso na situação e surgem então os políticos do espectáculo.

Já tínhamos nós o Alberto J. Jardim, esse pioneiro da política espectáculo, mas agora, a coisa está a ser levada mais a sério e de uma forma mais profissional, sendo que um dos pontos altos mais recentes dessa evolução, é, no caso da Esquerda mais extremista – o inimitável Chavez da Venezuela, que se dá ao luxo de responder a perguntas de jornalistas, em conferências de imprensa, cantando.

Do outro lado do espectro político, mas sempre na linha da política espectáculo, temos o inovador, o rei da política-espectáculo: o Sr Sarkozy, presidente da França, qual Super-Homem, a repentinamente meter-se num avião para ir resgatar pessoas, que, pelos vistos a propósito de um sórdido caso de sequestro de crianças no Tchade, estavam presas a aguardar julgamento, pelos crimes relativos a sequestro de 100 crianças levado a cabo por uma suposta ONG francesa, passando por cima de tudo o que é protocolo, respeito pela separação dos poderes e respeito pela soberania dos estados.

Portanto, meus amigos preparem-se, porque os próximos tempos trarão, possivelmente, espectáculos e concertos de fados e guitarradas, no hemiciclo de São Bento, shows de box ou até, quem sabe, cenas de teatro de revista, do tipo peixeirada, entre o vice-candidato-derrotado-a ex-futuro-líder do partido da oposição e o Governo, seguidos dos respectivos aplausos da plateia e comentários da crítica especializada, com flash interview e tudo.

Chegamos ao tempo da non sense politics, talvez a 4ª. Via tenha chegado.

domingo, 21 de outubro de 2007

A GUERRA de Joaquim Furtado

Na próxima 3ª. Feira por volta das 22h00, no Canal 1 vai ser transmitido o 2º. De 13 episódios de um documentário sobre a Guerra portuguesa em África.

Vi o 1º. Episódio e aconselho vivamente a verem, pois é um trabalho feito de uma forma original, com imagens inéditas, sobre um tema que até hoje, nunca foi abordado pelos portugueses em geral, com o distanciamento e a frieza que o tempo já devia permitir.

Todos temos nas nossas relações pessoais, que amigos quer familiares, pessoas que sofreram na pela essa terrível realidade, que foi a Guerra em África. O assunto foi sempre abafado, ou não abertamente discutido, para uns por razões de trauma psicológico pessoal, para outros, por razões de quererem ocultar a verdade.

Neste documentário, há entrevistas a pessoas hoje, que, de uma lado e de outro da barricada, lutaram e contam detalhes que nunca nos passaram pela cabeça.

Um dos aspectos, que neste 1º. Episódio me chamou mais à atenção, foi auto-confiança dos governantes portugueses da altura, para não lhe chamar ingenuidade, em que éramos diferentes, que éramos amigos dos pretos, logo, eles gostavam de ser colonizados por nós, porque não éramos como os franceses, e outros europeus que já haviam descolonizado, e por isso não trataram de tomar as medidas que se impunham e assim, poder evitar a desgraça que veio a seguir.

Estou ansioso elos próximos episódios.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Fátima - pagamento de promessas

Ontem passou na SIC, uma reportagem feita por esta televisão, nos bastidores do Santuário de Fátima. Sim, aquilo parecia uma visita ao Teatro S. Carlos, justamente á parte que fica por detrás das cortinas, aquela que ninguém vê quando vai ao espectáculo.

As câmaras andaram por subterrâneos, no cimo da Torre da basílica, que pelos vistos, é encimada por uma coroa, como nenhuma no mundo, uma curiosidade.

Enfim, várias curiosidades, mas de todas elas, uma me chamou a atenção e tem a ver com a parte onde estão expostas as ofertas que as pessoas fazem, a título de satisfação de promessas, ou p/ pedir algo, enfim.

Ora, só em ouro, o Santuário recebe, medalhas, pulseiras, anéis, alianças, enfim, uma panóplia de objectos que, salvo erro totalizam cerca de 50 kgs por ano, deste precioso metal.

Pergunto eu: será que esta postura do Santuário, a de aceitar ofertas deste género, para além de outras, a título de pagamento de promessas, não é uma imoralidade, para além, de eventualmente, de uma ilegalidade?

Será que, ao aceitar, ofertas a este título, na maioria dos casos, vindas de gente que naquele momento está atravessar um problema grave na sua vida, o santuário não está a fazer o mesmo papel que os charlatães que abundam por aí, e que, quando apanhados têm que prestar contas à justiça?

Doações, mecenato, enfim tudo isso é possível, legar e até desejável que aconteça e exercer o culto também, a liberdade religiosa é um pilar do estado democrático.

Agora, aceitar e, enfim, nada fazer para evitar, antes pelo contrário, tais ofertas a troco da realização de um desejo, ou milagre não deveria ser penalizado?

domingo, 16 de setembro de 2007

Escravatura ou ganância?

Regra geral, quando lemos o jornal, lemos naquela posição de intelectuais interessados por aquilo que se passa no mundo, com aquele ar distante de quem, enfim, lamenta as desgraças que por aí vão, mas, regra geral de perna cruzada e nada, nem a maior catástrofe, nos faz sair dessa pose.

Porém, quando vemos uma notícia que nos toca, ou toca gente da nossa terra, ou terras vizinhas, alto lá, vamos lá ver isto com atenção, porque aqui toca-nos.

Ora, foi o que me aconteceu hoje de manhã, ao ler a 1ª. Página e seguintes do JN, sobre o encerramento de mais de 200 empresas de trabalho temporário, na sua maioria responsáveis pela angariação de trabalhadores para o estrangeiro, devido a funcionarem fora da lei.

Isto, tocou-me porquê? Todos conhecemos um ou outro caso na nossa terra ou círculo de amigos, de gente que, ultimamente, tem tido necessidade de abalar para Espanha à procura de trabalho, sobretudo na construção civil, porque isto por cá, já foi chão que deu uvas, nessa área.

O ar criminoso que é dado ao assunto, claro, incomoda-me, porque há amigos meus provavelmente em situações descritas como de escravatura, de exploração de mão de obra, por bandos de gente sem escrúpulos.

Ao ler o jornal, mexo-me na cadeira, porque me incomoda verdadeiramente a humilhação por que pode passar um jovem chefe de família que não quer que falte o pão em casa, mas logo me lembro do caso de um amigo que tinha emprego e o abandonou, porque um bandido qualquer desses lhe prometeu 20 Euros á Hora, a trabalhar nas obras em Espanha, como simples trolha a chegar massa.

Acabei eu a pensar se devia ter pena, ou antes pensar que, em vez de um caso de escravatura do meu pobre amigo, se trata antes de casos de gente gananciosa que, ao imaginar que pode ganhar tamanha cifra devia imediatamente desconfiar que, das duas uma, ou é barrete, ou é alguma organização criminosa que comercializa algo, que, para pagar tamanho salário, só pode ser droga ou similar…muitas vezes, pelos vistos, é barrete.

Portanto, amigos trolhas e grandes especialistas cá da terra, não há nada de anormal em ir oferecer o vosso serviço a quem dele precisa e pode pagar, mas não acreditem em salários 4 ou 5 vezes superiores a Portugal, porque, na melhor da hipóteses, em Espanha o que se pode pagar, legalmente, é o dobro de cá, o que já é muito bom!

domingo, 2 de setembro de 2007

CIÚMES DA NET

Ontem assisti, através da televisão, à entrega de computadores a pessoas que, apesar da sua idade, se decidiram a ir estudar e melhorar as suas competências, recebendo como prenda um computador em condições financeiras altamente vantajosas, e ainda por cima, com acesso à internet de banda larga, também ele em condições vantajosas.

Medida louvável, sem dúvida, esta de pôr o país a navegar na net, o país que trabalha, o país adulto, sim, porque até aqui, as famílias compravam o computador, sempre na perspectiva de que era bom para a criança, era bom para o seu futuro. Já dizia a canção “o rapaz estuda nos computadores, dizem que é um emprego com saída”.

Não se lembrou porém, o 1º. Ministro, dos efeitos perversos que esta medida vai provocar ao nível social e familiar, neste país.

Como sabemos, todos nós, o computador e a Internet já é hoje um dos factores de maior discórdia em casa, quer pela disputa entre os vários membros, para o seu uso ao mesmo, como, sobretudo, já é motivo de grandes discussões entre marido e mulher, porque este ou esta não permitem que o outro esteja muito tempo na net, devido à enorme desconfiança que se instala em casa de cada vez que o outro começa a teclar.

Enquanto, o parceiro está só a ler, tudo bem, quando começa a dedilhar, vem logo a parceira

“ - com que é que estás a falar?” ;
“ – tens assim tanto coisa para dizer?”;

Ora, o nosso amigo José Sócrates, acaba de dar uma machada na paz e na harmonia familiar que este País, tanto precisa…..para que nasçam mais meninos e não, ao contrário, aumentem os divórcios…..

sábado, 25 de agosto de 2007

Os ricos

Em Portugal, o enriquecimento, o mérito, a criação de boas condições para a sociedade, só serão bem vistas pela sociedade em geral, no dia em que os padres começarem a chegar de Ferrari à suas Igrejas, para celebrar a missa.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

BENFICA EM CIMA DO JOELHO

Já tínhamos ouvido falar de clubes que eram levados ao colo, em virtude da forma como os jogos em que participam são arbitrados.

No caso do Benfica, também já o tinha ouvido, o que nunca tinha ouvido era dizer que o Benfica estava a ser gerido em cima do joelho.

Se a parte da Gestão administrativa do Benfica, parece pacífico, melhorou muito com o Luís Filipe Vieira, já a gestão desportiva, acho que nem por isso, tendo batido no fundo com a gestão da época 2007/2008.

Como se pode explicar que um clube com as responsabilidades do Benfica, tendo o seu treinador Fernando Santos, uma posição relativamente débil desde a época passada, tenha deixado que esse mesmo treinador tenha projectado, preparado e iniciado a época 2007/2008 e ao cabo…..de 90 minutos seja posto na rua.

Acrescendo a isto, que já toda a gente falava do substituto, desde a época passada, mencionando claramente, sem grandes desmentidos, o António Camacho, como é possível que o Luis Filipe Vieira tenha deixado a coisa chegar a este ponto?

Só pode haver uma explicação: a técnica da gestão em cima do joelho…..que, pode pegar em muito tipo de negócios, mas dificilmente leva a algum lado, numa equipa de futebol, um organismo sujeito a pressões que nenhum outro tipo de organização enfrenta.

domingo, 19 de agosto de 2007

BANDIDOS DA ECOLOGIA

Os meus olhos viram ontem na televisão, aquilo que eu não queria crer que pudesse acontecer: um grupo de intitulados ecologistas, invadir um campo de milho e destruí-lo com uma fúria, que arrepia só de pensar que vem de gente, que se diz amiga da humanidade.

Sempre me fez confusão que haja um grupo de gente à face da Terra, para quem a sobrevivência de uma espécie de caracol ou de borboleta, seja mais importante do que o desenvolvimento de uma região ou País.

Sempre me interroguei sobre o fanatismo com que esta gente se entrega a manifestações, sempre que uma cimeira de importância mundial ocorre.

Mas agora não tenho dúvidas: trata-se, nada mais nada menos, que de grupos de insurrectos, de bandidos, quais claques de futebol, mas no seu pior que é quando destroem bombas de gasolina e tudo o que lhes aparece na frente.

Como é possível haver uma qualquer razão ambientalista que leve, um grupo de energúmenos a entrar por um campo dentro e dar cabo da cultura, e ainda aparecer em frente à câmaras de televisão a dizer que não é contra o proprietário, é contra o problema ambiental.

Um dia destes, fazem-me paragem e saltam para cima do carro à marretada, e pedem-me desculpa, porque não é contra mim, mas é pelo facto de o meu carro ser inimigo do ambiente.

Se o Estado português, com a autoridade que a Lei lhe dá, não leva este gente a Tribunal, algo muito pior do que questões ambientais está a acontecer: a sociedade está a desmoronar-se por falta de regras.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

PINTO DA COSTA – A Fénix renascida

Pinto da Costa deu uma entrevista ontem à noite à Sic Notícias, uma entrevista superiormente conduzida pela jovem e competente Ana Lourenço. Deixando o entrevistado sobressair, porque é ele o entrevistado, não deixou de colocar as questões mais embaraçosas, sem para tal necessitar de interromper a torto e a direito o entrevistado, como fazia, a já saudosa, mas aborrecida Margarida Marante.

Pondo de parte entrevistadora, e indo ao conteúdo da entrevista, há que dizer que Pinto da Costa está de volta ao seu melhores dias, em todos os aspectos. Pinto da Costa apresentou-se com uma imagem física renovada, provavelmente fruto dos cuidados que a sua nova namorada lhe dispensa, mas sobretudo apresentou-se com uma “pedalada” na rapidez de raciocínio, na organização das ideias e sobretudo na capacidade de comunicar com clareza, que deixa com certeza, muitos políticos de boca aberta e a ver onde ele vai buscar o jeito.

Pinto da Costa, conseguiu de uma forma clara e inequívoca dizer ao público que o escutava, e não devia ser pouco, que o País judicial se organizou e se concentrou na sua figura, só e apenas, porque a tal de Carolina publicou o famoso “best seller”, pois juízes de credibilidade indiscutível já haviam encerrado a maioria dos processos, que foram abertos na sequência do livro.

Por outro lado, ficou claro para toda a gente, que, de facto, fazer o alarido que se fez, para apresentar 3 jogos onde, na maioria o Porto nem sequer precisava do resultado…

Enfim, descansem os portistas, porque o Presidente está de volta para mais 30 anos de mandato…

domingo, 29 de julho de 2007

PARA QUÊ TANTA “IMPORTAÇÃO” DE FUTEBOLISTAS?

Uma coisa que me faz confusão e que de facto vejo como um daqueles casos em que “não bate a bota com a perdigota”, tem a ver com esta enxurrada de jogadores estrangeiros que todos os anos entram por aí dentro, para na maioria dos casos, passado meio ano serem dados como dispensáveis e seguramente ao cabo de uma ano, já estarem com guia de marcha para outras paragens.

Ora, sendo Portugal um País reconhecidamente “produtor” de grandes talentos, e a “exportação” de craques a que se assiste em cada ano, disso é prova, não entendo como é que há necessidade de fazer entrar no nosso território tamanha quantidade de jogadores.

Se se tratasse craques, mas regra geral, são jogadores que passam meio ano a tentar adaptar-se à cultura, ao clima, á alimentação, enfim a um mundo completamente diferente daquele de onde provêm, regra geral América latina, e quando estão adaptados recebem a ordem de marcha porque não renderam o que supostamente era esperado.

Sinceramente, acho que há algo de estranho nesta movimentação e já não suporto ouvir na televisão, indivíduos de 3. ou 4º. Categoria em termos de futebol mundial, aterrarem no aeroporto e dizerem que conhecem o Benfica, o Porto ou o Sporting pela Internet, que consultaram antes de embarcar….é que nem o mínimo de cultura futebolística têm!

TURISTA ÓRFÃO DE PAÍS PROCURA ACOLHIMENTO

O desprezo a que o Turismo português deitava o cliente compatriota, pensava eu, era coisa do passado. Efectivamente, era comum ouvir-se aqui há uns anos, que no Algarve só se era bem tratado se se falasse inglês.

A coisa foi mudando e até ontem, eu já afirmava que o Turismo português finalmente tinha aberto os olhos e visto que, antes de ir fazer feiras e campanhas de Allgarve para o estrangeiro, havia uma clientela, provavelmente de maior capacidade financeira aqui à mão de semear e que era uma estupidez não atrair: os portugueses.

Pois bem, pelos vistos estava enganado, pois os portugueses são outra vez malvisto e indesejados por terras algarvias.

Pelo que vimos ontem, nos discursos de ministros, jornalistas e temos visto da parte dos mais altos comentadores, ambientalistas e outros senhores que tais, o português não é bem vindo no Algarve, outra vez.

Segundo os especialistas, o cliente alvo do Algarve, aliás do Allgarve, agora é o Brad Pitt, o David Beckam, milionários árabes e outros que tais.

Já ouvi dizer que uma das hipóteses, para acabar com essa rafeirada que invade o Algarve com criança a fazer barulho na água, a incomodar as pessoas com areia, era implodir muitos dos empreendimentos construídos.

Eu pergunto e eu, reles membro da classe média que se tiver a coragem de gastar todo o subsídio de férias que me pagam, não tenho direito a mais do que um apartamento T1, alugado num daqueles tais empreendimentos mal ditos, dos tais que merecem ir abaixo?

Será que há por aí um País que queira o meu subsídio de férias?

sexta-feira, 27 de julho de 2007

APITO DROGADO

A avaliar pelas notícias vinda do Tout de France, sugiro às autoridades do ciclismo que lancem uma Operação Apito...DROGADO!!!!!!!

quarta-feira, 25 de julho de 2007

ENTREVISTA DE JOSÉ SÓCRATES À SIC

José Sócrates concedeu uma entrevista à SIC, antes de ir para férias, uma entrevista em que as suas respostas apareceram em tom de balanço, sobretudo agarrando-se à parte económica, imagine-se, como a área onde se sentia mais à vontade.

Não há dúvida de que, algo vai mal, quando num País que tem um poder de compra 25% abaixo da média europeia a 25, num País que tem 10% da população activa no desemprego, o Primeiro Ministro faz questão de apresentar os resultados económicos como uma das melhores vertentes da sua actuação, sendo mesmo uma das suas grandes bandeiras.

Das duas uma, ou o homem é um grande demagogo e os jornalistas seus cúmplices, ou a situação anterior à tomada de posse deste Governo era mesmo muito má e eu inclino-me para esta última hipótese.

Aliás, essa é a grande razão do patinar da oposição, é que nós estamos mal, mas antes estávamos muito pior e, a continuar com as políticas anteriores, onde estaríamos nós? Esta é a ideia que passa e que ninguém, nem jornalistas nem oposição conseguem contrapor.

Depois desta entrevista, acho que o PSD só tem um caminho: mudar de líder para ver se consegue inverter esta imagem, caso contrário pode já ir transpondo para as legislativas, de 2009, o resultado das últimas autárquicas de Lisboa.

N.B.-Estou aqui cm uma dor de dentes, mas não me passa pela cabeça resolver o assunto no Serviço Nacional de Saúde.

terça-feira, 24 de julho de 2007

EL SOLITARIO

Confesso que quando ouvi a notícia, tive necessidade de ir ver com os meus próprios olhos, na imprensa espanhola, para ver se as televisões portuguesas não estavam a exagerar: a polícia portuguesa prendeu o INIMIGO PÚBLICO Nº. 1 da Polícia Espanhola.

Foi com grande regozijo, e um não sei quê que de facto a malta sente quando ouve notícias destas, ou seja, de vitória sobre os espanhóis, que constatei que de facto o homem era alguém de verdadeiramente artista na arte de roubar e sobretudo, de fugir à polícia: 36 assaltos a bancos espanhóis bem sucedidos, 2 mortos e 1 ferido grave, tudo isto durante 14 anos sem ser apanhado pela ultra capaz Polícia Espanhola, é o curriculum que tem para apresentar.

Faltava-lhe no curriculum um Banco português, quem não sente a tentação de expandir o negócio e internacionalizar-se? Pois bem, à 1ª. Deu-se logo mal, pois deu de caras com a Polícia portuguesa, essa mesma que tantas vezes criticamos por inoperância e incompetência.

A malta sente de facto cá um orgulho, mas há aí um pormenor que está a escapar: é lógico que ao fim de 14 anos de trabalho, o assaltante já foi perdendo capacidades, ou então, o homem tinha tanto pó, mas tanto pó à Polícia Espanhola que, para lhes dar o gole de misericórdia e a vencê-los de uma vez por todas, se deixou prender pela polícia portuguesa……..

sábado, 14 de julho de 2007

Quando a esmola é grande o santo desconfia

A propósito dos casos trágicos que têm vindo a lume em catadupa, sobre mortes, cancros e reformas que deviam ter sido dadas e não foram, quando vejo casos, claríssimos, graves, trágicos, postos desta forma na comunicação social, provocando lágrimas de crocodilo aos políticos, regra geral na oposição, DESCONFIO SEMPRE.

Coincidência, serem 3 casos de PROFESSORES...volto a dizer, com casos trágicos pessoais nem sequer há discussão, mas eu pergunto:
- Tendo o sr de Braga morrido em Janº, porque é que o assunto teve agora o impacto que teve? - Porque é que os Srs que hoje se atiram para os organismos que avaliaram mal a situação, não alteraram a lei quando estavam no Poder?
- Será que não há outras vítimas, que não Professores?
- Será que o ênfase dado a estas tragédias, tem a ver com isto, que há bem pouco tempo também vinha na mesma imprensa e provocava iguais ABRIRES DE BOCA ATÉ ATRÁS, como agora:

Correio da manhã 2007-05-22 - 14:13:00
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=243435&idCanal=10


Governo promete manter e até reforçar o combate às baixas fraudulentas, através de uma intensificação da fiscalização com recurso a Junta Médica. O objectivo é conseguir fiscalizar até ao final do ano cerca de 200 mil baixas por doença com mais de 30 dias e detectar os casos em que não se justifica a atribuição do subsídio por doença.

A medida, integrada no Plano de Combate à Fraude e Evasão Contributiva, pretende travar o elevado número de baixas fraudulentas. Só nos primeiros quatro meses deste ano, a Segurança Social detectou mais de 15 mil casos irregulares de pessoas que estavam a receber indevidamente o subsídio.Em declarações à rádio TSF, o secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, revelou que entre Janeiro e Abril foram fiscalizadas mais de 60 mil baixas, sendo que das pessoas que se apresentaram a Junta Médica, cerca de 30 por cento não se encontrava em situação de incapacidade.

CORREIO DA MANHÃ 2005-12-30 - 13:00:00
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=186288&idCanal=181

Uma em cada três acções de fiscalização domiciliária às baixas por doença resultou na cessação ou suspensão do subsídio. O mesmo aconteceu a uma em cada quatro pessoas chamadas a Junta Médica.

Os dados foram revelados ao CM pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social no âmbito do Plano de Combate à Fraude e Evasão contributivas, que já “apanhou”, desde o início do ano e até Novembro, mais de 41 mil pessoas com baixas fraudulentas, representando uma poupança para a Segurança Social de 9,4 milhões de euros.Foram efectuadas mais de 20 mil acções de fiscalização ao domicílio às baixas por doença, tendo sido localizadas em situação fraudulenta 6702 pessoas, ou seja, 33 por cento do total. As acções de fiscalização domiciliária quase que duplicaram num ano, resultando numa poupança para a Segurança Social superior a 1,6 milhões de euros.Por sua vez, das cerca de 89 mil pessoas que se encontravam de baixa e que foram convocadas para Junta Médica, quase 22 mil estavam em situação fraudulenta, ou seja, 25 por cento do total dos casos. Com estas convocatórias para Junta Médica, a Segurança Social arrecadou mais de 6,4 milhões de euros.Com as mais de 112 mil convocatórias para Baixas Médicas foram ainda suspensos 12 790 subsídios por doença (onze por cento do total), representando uma poupança superior a 1,2 milhões de euros.De acordo com a execução orçamental da Segurança Social, entre Janeiro e Outubro deste ano, a despesa com subsídios de doença foi de 391 milhões de euros, menos 2,9 por cento que no mesmo período do ano passado.Com o Plano de Combate à Fraude e Evasão Contributivas e Prestacionais, que arrancou em Abril, as acções de fiscalização nas baixas por doença deixaram de ser feitas aleatoriamente. O novo sistema tem em conta indicadores de risco, como as baixas de longa duração (mais de 30 dias) ou duplicações de baixas permitindo uma selecção dos casos e aumentando a eficácia, garante o Ministério.

sábado, 30 de junho de 2007

ABRAM ALAS….PARA O CONSUMO

Decorre hoje e amanhã em Oeiras um mega evento, desses em que os Verões se tornaram ricos nos últimos anos, regra geral patrocinados por grandes marcas e, até aqui, destinados aos jovens.

Disfarçados sob a capa da divulgação da música, da convivência em sociedade, da promoção dos valores ambientais, as grandes marcas descobriram a galinha dos ovos de ouro nomeadamente no que à promoção do consumo de álcool diz respeito.

É ver o que dizem os especialistas, sobre o aumento do consumo de álcool que se verifica em jovens de quinze ou dezasseis anos. Vêm aí, novamente, uma geração de bêbados, talvez porque nunca viram nem sofreram na pele as consequências de ver o pai chegar bêbado a casa, pois a geração dos pais deles, a que eu pertenço, foi uma geração pouco virada para o álcool, mas também e sobretudo porque as marcas de cerveja e outras bebidas têm uma legitimidade, uma imagem que só falta o Padre na Igreja receitar umas cervejas ou uns shots para irem p/ o céu.

De facto, a força do dinheiro que têm as cervejeiras leva a que se dêm ao luxo de promoverem tais mega concertos onde o apelo à bebedeira é escandalosamente feito e tolerado pelas autoridades. Aliás, as autarquias digladiam-se por conseguir o alto patrocínio das cervejas.

A coisa é de tal maneira escandalosa, que agora, até a Liga Portuguesa de Futebol cedeu ao Brilho do vil metal, para deixar que a nova Taça da Liga, imagine-se, tenha o nome de uma cerveja.

Mas afinal o que é isto? Que mensagens pretendemos passar aos jovens? Numa altura em que se legisla para perseguir os fumadores, como se de criminosos se tratassem, permite-se que um campeonato desportivo leve o nome de uma Cerveja?

Já só faltava mesmo atacar os bebés e recém-nascidos, ora, em Oeiras também esses estão hoje e amanhã a ser massacrados não pelo álcool, mas pelos hipermercados, e todo o tipo de marchandising, apelando ao consumo, só espero no próximo ano, a festa não seja já patrocinada por uma marca de cerveja….

sexta-feira, 29 de junho de 2007

METEOROLOGIA A FAVOR DE ANTÓNIO COSTA

Todos nos lembramos dos idos anos do Governo Guterres em que o Ministro da Administração Interna era o Fernando Gomes. Como íamos esquecer, provavelmente o Verão mais agitado de todos os tempos em Portugal?

Ele foram as Touradas em Barrancos, por culpa do Fernando Gomes, ele foram os assaltos na CREL, por culpa do Fernando Gomes, ele era assaltos em todas as esquinas, por culpa do Fernando Gomes, e, claro os incêndios por culpa do Fernando Gomes.

Ora, aí está o porquê de nós no Norte sermos uns desgraçados: é que para se ser alguém também é preciso ter sorte e o Fernando Gomes, como todo o Norte não foi um homem de sorte.

Senão, veja-se o caso do António Costa, Ministro da Administração Interna durante dois anos, resolve candidatar-se, ele no sentido contrário ao Gomes, á Presidência de uma Câmara e veja-se se o homem não nasceu com ele virado para a lua: um ano chuvoso em meados de Junho, a evitar os incêndios, esses devoradores de políticos….dá ideia que até ele ser eleito Presidente da Câmara.

Quando os opositores se preparavam para atacar António Costa por não ter dotado os Bombeiros dos indispensáveis meios de combate aos incêndios, eis que não há incêndios.

Não há dúvida é preciso ter sorte……

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Deus nos livre do Prós e Contras

Nos últimos tempos, o País habituou-se a ver os assuntos polémicos que agitam a opinião pública durante mais tempo, os assuntos mais importantes, a desaguar no programa semanal da RTP “Prós e Contras”.

Sem dúvida o programa passou a ser uma referência do mundo da informação, e é tido pelos mais ilustres figurões da Nação, como o local onde toda a gente quer ir beijar a mão à Fátima Campos Ferreira.

Acontece, que quase todos os assunto que aí vão parar, acabam por aí morrer. Digamos que o Prós e Contras é o epílogo das polémicas e das grandes lutas deste País.

Foi assim com a Ota, foi assim com o caso do Sargento, enfim quantos assuntos já morreram no Prós e Contras?

Ora, quando no fim de semana passado, vi anunciado o “Prós e Contras” sobre os problemas do Norte, eu não queria acreditar: iam matar a discussão e resolução dos problemas do Norte….a ver vamos, oxalá me engane.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

A tragédia do Nicolai - A força do destino?

Tive conhecimento da morte do funcionário da BP da Via Norte, que tratava da lavagem dos carros. Vá-se lá entender esta coisa do destino: vem um jovem, casado, pai de uma criança cheio de saúde, vontade de lutar pela vida e, sobretudo competente no que fazia, dizia eu, vem por aí abaixo quando de repente lhe cai um automóvel em cima.

Estou a falar literalmente, porque, a avaliar pelas notícias, foi o que aconteceu. Quando Nicolai varria, da parte de entro da Estação de serviço, por volta das 7h00 da manhã, eis que vem um automóvel desgovernado, galga a vedação e mata o homem.

Sinceramente fiquei chocado com a notícia, porque era um caso que eu até já tinha citado, como exemplo de alguém, eficaz que, salvo erro, desde que passou a ocupar aquele lugar fazia melhor sozinho o trabalho que, provavelmente dois ou três portugueses juntos, tal era a serenidade com que fazia o seu trabalho.

À sua família e colegas os meus sentimentos.

domingo, 24 de junho de 2007

DOMINGO À NOITE SEM GATO FEDORENTO

Domingo à noite sem Gato Fedorento, Domingo à noite sem futebol, Domingo à noite com Marcelo sem assunto.....é mesmo domingo á noite de início de época estival....por sinal bem cinzento, chuvoso, tristonho que mais parece Setembro ou Outubro.

Domingo à noite sem Gato Fedorento, vai ser Domingo triste, inventem lá outro gato qualquer, porque a malta precisa des comprimir, rir, para entrar bem na semana, ou seja, esquecer que vai entrar na semana.

Aeroporto Francisco Sá Carneiro

Segundo notícias vindas hoje a público, o Aeroporto Francisco Sá Carneiro foi considerado o 3º. Melhor da Europa.

Não me surpreende que tal aconteça, dada a beleza, funcionalidade e, sobretudo, a luz e o bom ar que se respira neste novo aeroporto.

Sem dúvida, uma obra de arquitectura digna de ser realçada.

Já não me parece tão digno de realce, o sobredimensionamento do mesmo, pois qualquer utilizador assíduo do aeroporto constata que tem para ali balcões, portas e mangas que nunca mais acabam, quando se olha ao movimento do aeroporto.

É certo que tem vindo a aumentar e aumentará mais no futuro, mas será muito difícil acreditar que um dia ele estará a ser totalmente usado.

Uma coisa que a mim me faz arrepiar os cabelos, é a quantidade de luzes acesas, por todo o aeroporto, quando se vem num voo ali por volta das nove horas da noite. Vê-se um ou dois aviões na pista e todos o aeroporto iluminado, não só por fora, como facilmente se compreende ser necessário, mas também por dentro duma ponta à outra.

Em resumo, sem dúvida uma grande e bela obra, mas a questão é sempre a mesma: teremos nós capacidade p/ pagar tais luxos?

OS "MEUS IMPOSTOS"

- Para onde vai o dinheiro dos meus impostos?
- Porque é que os meus impostos têm que pagar todos estes luxos?
- Eu pago os meus impostos
- Não autorizo que os meus impostos vão contribuir para o vício de alguns.
Contribuir com os meus impostos para criar clínicas de aborto? ...
- Mas afinal os meus impostos servem para pagar exactamente o quê?
Só tenho pena dos meus impostos que são mal usados.
- O que fazer para decidir o destino a dar aos meus impostos?
- O que me chateia é o dinheiro dos meus impostos ter que pagar ordenados a empregados do Estado.
- Eu defendo que os meus impostos paguem um bom Serviço Nacional de Saúde.
- Já sou sério ao pagar os meus impostos!
- Espero que não seja com o dinheiro dos meus impostos.
- O que ele ganha sai do meu esforço, do meu trabalho, dos meus impostos.
- Mas sem os meus impostos ao barulho.
- Sou um cidadão honesto e procuro me manter assim mesmo sabendo que meus impostos financiam vida boa para gente desonesta.
- Contribuir com os meus impostos para financiar os estabelecimentos prisionais?
- Os meus impostos são usados para muitas coisas com as quais não tiro benefícios.

As frases acima tirei-as ao acaso da Internet, mas são frases que diariamente ouvimos sair da boca das pessoas mais bem conceituadas deste País.

Afinal, o que é isto do meus impostos?

Segundo o Dicionário Editora, o significado da palavra IMPOSTO é: tornado obrigatório por lei ou por determinação superior; a que se é forçado; posto sobre, colocado.

Ora, se é algo que nos é imposto, porque raio de carga de água nos pomos para aí a ditar destinos para esse dinheiro, se de facto não o fazemos de livre vontade.

Quem lê a maioria das frases acima, podia perfeitamente imaginar que imposto era algo que um benemérito dá à sociedade, sei lá, algo que doamos e queremos ver bem aplicado.

Ora, não há maior falsidade de sentimentos, pois ninguém deu nada e muito menos daria se a tal não fosse obrigado, portanto, porque é que se arma em benemérito, qual Regojo a dar máquinas aos hospitais ou Gulbenkian a deixar a sua fortuna?

Acresce a isto dizer que, regra geral, quem profere tais frases e demonstra tais preocupações com o uso do dito dinheiro, é, regra geral gente que só não foge se não puder, porque a esmagadora maioria, aqueles de cujo trabalho sai a esmagadoríssima maioria da receita fiscal, esses nem se queixam, porque, regra geral nem chegam a ver ou aperceber-se do seu contributo, pois é , como se diz RETIDO NA FONTE.

Quem regra geral, grita esta alarvidades, são pessoas que, ou por um engano do seu engenheiro financeiro, ou porque venderam uma Herdade que vem lá dos trisavós, ou porque acabaram de ter umas mais-valias vindas de umas acções, que originaram o tal pagamento ao qual deviam ter fugido como sempre, são esses que bradam aos céus pelo bom uso do seus impostos.
Porque vamos lá a ver uma coisa: se é imposto, nunca na vida seria dado, caso a tal não fossemos obrigados, sejamos honestos…

O REINO DOS CALOTES

Aqui há uns anos, não muitos, a honestidade das pessoas era medida, essencialmente pela capacidade de honrar os seus compromissos.
Havia um enorme esforço por não deixar manchar o seu nome na praça, pois, para além de isso ser uma nódoa no seu carácter, era também impeditivo de obter crédito, por parte dos amigos, familiares ou até na mercearia.

Entramos na era do desenvolvimento, as pessoas começaram a ser incentivadas ao consumo pelas grandes marcas que de bens quer de serviços, entrando pela porta dentro – sobretudo via televisão – a oferecer mundos e fundos, mesmo a quem não tivesse onde cair morto, nem dinheiro para fazer cantar um cego.

Bastava existir e podia ter acesso a todo o tipo de bens, era a democratização total da economia de um dia para o outro. As pessoas começaram a ouvir grandes empresários gritar aos sete ventos, que sem dívidas o mundo não avança, lembro-me de ser dado como exemplo do absurdo, câmaras municipais e juntas de freguesia que chegavam ao fim do seu mandato com dinheiro em caixa.

De repente, quem não tivesse contraído um empréstimo, quem não estivesse endividado até às orelhas era um artolas, era alguém que não é deste tempo.

O que é isso de esperar por ter dinheiro para comprar aquele carro de que tanto se gosta, as férias pois então? Só daqui por cinco anos é que conto ter dinheiro? Compro já, porque vou já usufruindo dele, recorrendo obviamente a um empréstimo.
Ao fim de dois ou três empréstimos deste género, os portugueses passaram a sofrer as consequências, e anda tudo maluco, porque, começaram por perder o bem precioso que, esse sim, será o único que justifica o empréstimo – a casa – para a seguir os tribunais, a mando das tais empresas e Bancos que prometeram mundos e fundos na publicidade, chegarem à humilhante situação de reterem salários directamente no emprego….

Esta é a situação a que se chegou em termos das pessoas e famílias, o que eu não entendo é porque ainda não se passa o mesmo, ou quanto tempo vai demorar a acontecer o mesmo às Câmaras Municipais (toda a gente diz com a maior tranquilidade que a de Lisboa tem uma dívida de mais de 500 milhões de euros, como se de tostões se tratasse, os clubes profissionais de futebol, outros 500 milhões de euros de dívidas e por aí fora.

Está instituído o REINO DOS CALOTES!