domingo, 29 de julho de 2007

PARA QUÊ TANTA “IMPORTAÇÃO” DE FUTEBOLISTAS?

Uma coisa que me faz confusão e que de facto vejo como um daqueles casos em que “não bate a bota com a perdigota”, tem a ver com esta enxurrada de jogadores estrangeiros que todos os anos entram por aí dentro, para na maioria dos casos, passado meio ano serem dados como dispensáveis e seguramente ao cabo de uma ano, já estarem com guia de marcha para outras paragens.

Ora, sendo Portugal um País reconhecidamente “produtor” de grandes talentos, e a “exportação” de craques a que se assiste em cada ano, disso é prova, não entendo como é que há necessidade de fazer entrar no nosso território tamanha quantidade de jogadores.

Se se tratasse craques, mas regra geral, são jogadores que passam meio ano a tentar adaptar-se à cultura, ao clima, á alimentação, enfim a um mundo completamente diferente daquele de onde provêm, regra geral América latina, e quando estão adaptados recebem a ordem de marcha porque não renderam o que supostamente era esperado.

Sinceramente, acho que há algo de estranho nesta movimentação e já não suporto ouvir na televisão, indivíduos de 3. ou 4º. Categoria em termos de futebol mundial, aterrarem no aeroporto e dizerem que conhecem o Benfica, o Porto ou o Sporting pela Internet, que consultaram antes de embarcar….é que nem o mínimo de cultura futebolística têm!

TURISTA ÓRFÃO DE PAÍS PROCURA ACOLHIMENTO

O desprezo a que o Turismo português deitava o cliente compatriota, pensava eu, era coisa do passado. Efectivamente, era comum ouvir-se aqui há uns anos, que no Algarve só se era bem tratado se se falasse inglês.

A coisa foi mudando e até ontem, eu já afirmava que o Turismo português finalmente tinha aberto os olhos e visto que, antes de ir fazer feiras e campanhas de Allgarve para o estrangeiro, havia uma clientela, provavelmente de maior capacidade financeira aqui à mão de semear e que era uma estupidez não atrair: os portugueses.

Pois bem, pelos vistos estava enganado, pois os portugueses são outra vez malvisto e indesejados por terras algarvias.

Pelo que vimos ontem, nos discursos de ministros, jornalistas e temos visto da parte dos mais altos comentadores, ambientalistas e outros senhores que tais, o português não é bem vindo no Algarve, outra vez.

Segundo os especialistas, o cliente alvo do Algarve, aliás do Allgarve, agora é o Brad Pitt, o David Beckam, milionários árabes e outros que tais.

Já ouvi dizer que uma das hipóteses, para acabar com essa rafeirada que invade o Algarve com criança a fazer barulho na água, a incomodar as pessoas com areia, era implodir muitos dos empreendimentos construídos.

Eu pergunto e eu, reles membro da classe média que se tiver a coragem de gastar todo o subsídio de férias que me pagam, não tenho direito a mais do que um apartamento T1, alugado num daqueles tais empreendimentos mal ditos, dos tais que merecem ir abaixo?

Será que há por aí um País que queira o meu subsídio de férias?

sexta-feira, 27 de julho de 2007

APITO DROGADO

A avaliar pelas notícias vinda do Tout de France, sugiro às autoridades do ciclismo que lancem uma Operação Apito...DROGADO!!!!!!!

quarta-feira, 25 de julho de 2007

ENTREVISTA DE JOSÉ SÓCRATES À SIC

José Sócrates concedeu uma entrevista à SIC, antes de ir para férias, uma entrevista em que as suas respostas apareceram em tom de balanço, sobretudo agarrando-se à parte económica, imagine-se, como a área onde se sentia mais à vontade.

Não há dúvida de que, algo vai mal, quando num País que tem um poder de compra 25% abaixo da média europeia a 25, num País que tem 10% da população activa no desemprego, o Primeiro Ministro faz questão de apresentar os resultados económicos como uma das melhores vertentes da sua actuação, sendo mesmo uma das suas grandes bandeiras.

Das duas uma, ou o homem é um grande demagogo e os jornalistas seus cúmplices, ou a situação anterior à tomada de posse deste Governo era mesmo muito má e eu inclino-me para esta última hipótese.

Aliás, essa é a grande razão do patinar da oposição, é que nós estamos mal, mas antes estávamos muito pior e, a continuar com as políticas anteriores, onde estaríamos nós? Esta é a ideia que passa e que ninguém, nem jornalistas nem oposição conseguem contrapor.

Depois desta entrevista, acho que o PSD só tem um caminho: mudar de líder para ver se consegue inverter esta imagem, caso contrário pode já ir transpondo para as legislativas, de 2009, o resultado das últimas autárquicas de Lisboa.

N.B.-Estou aqui cm uma dor de dentes, mas não me passa pela cabeça resolver o assunto no Serviço Nacional de Saúde.

terça-feira, 24 de julho de 2007

EL SOLITARIO

Confesso que quando ouvi a notícia, tive necessidade de ir ver com os meus próprios olhos, na imprensa espanhola, para ver se as televisões portuguesas não estavam a exagerar: a polícia portuguesa prendeu o INIMIGO PÚBLICO Nº. 1 da Polícia Espanhola.

Foi com grande regozijo, e um não sei quê que de facto a malta sente quando ouve notícias destas, ou seja, de vitória sobre os espanhóis, que constatei que de facto o homem era alguém de verdadeiramente artista na arte de roubar e sobretudo, de fugir à polícia: 36 assaltos a bancos espanhóis bem sucedidos, 2 mortos e 1 ferido grave, tudo isto durante 14 anos sem ser apanhado pela ultra capaz Polícia Espanhola, é o curriculum que tem para apresentar.

Faltava-lhe no curriculum um Banco português, quem não sente a tentação de expandir o negócio e internacionalizar-se? Pois bem, à 1ª. Deu-se logo mal, pois deu de caras com a Polícia portuguesa, essa mesma que tantas vezes criticamos por inoperância e incompetência.

A malta sente de facto cá um orgulho, mas há aí um pormenor que está a escapar: é lógico que ao fim de 14 anos de trabalho, o assaltante já foi perdendo capacidades, ou então, o homem tinha tanto pó, mas tanto pó à Polícia Espanhola que, para lhes dar o gole de misericórdia e a vencê-los de uma vez por todas, se deixou prender pela polícia portuguesa……..

sábado, 14 de julho de 2007

Quando a esmola é grande o santo desconfia

A propósito dos casos trágicos que têm vindo a lume em catadupa, sobre mortes, cancros e reformas que deviam ter sido dadas e não foram, quando vejo casos, claríssimos, graves, trágicos, postos desta forma na comunicação social, provocando lágrimas de crocodilo aos políticos, regra geral na oposição, DESCONFIO SEMPRE.

Coincidência, serem 3 casos de PROFESSORES...volto a dizer, com casos trágicos pessoais nem sequer há discussão, mas eu pergunto:
- Tendo o sr de Braga morrido em Janº, porque é que o assunto teve agora o impacto que teve? - Porque é que os Srs que hoje se atiram para os organismos que avaliaram mal a situação, não alteraram a lei quando estavam no Poder?
- Será que não há outras vítimas, que não Professores?
- Será que o ênfase dado a estas tragédias, tem a ver com isto, que há bem pouco tempo também vinha na mesma imprensa e provocava iguais ABRIRES DE BOCA ATÉ ATRÁS, como agora:

Correio da manhã 2007-05-22 - 14:13:00
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=243435&idCanal=10


Governo promete manter e até reforçar o combate às baixas fraudulentas, através de uma intensificação da fiscalização com recurso a Junta Médica. O objectivo é conseguir fiscalizar até ao final do ano cerca de 200 mil baixas por doença com mais de 30 dias e detectar os casos em que não se justifica a atribuição do subsídio por doença.

A medida, integrada no Plano de Combate à Fraude e Evasão Contributiva, pretende travar o elevado número de baixas fraudulentas. Só nos primeiros quatro meses deste ano, a Segurança Social detectou mais de 15 mil casos irregulares de pessoas que estavam a receber indevidamente o subsídio.Em declarações à rádio TSF, o secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, revelou que entre Janeiro e Abril foram fiscalizadas mais de 60 mil baixas, sendo que das pessoas que se apresentaram a Junta Médica, cerca de 30 por cento não se encontrava em situação de incapacidade.

CORREIO DA MANHÃ 2005-12-30 - 13:00:00
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=186288&idCanal=181

Uma em cada três acções de fiscalização domiciliária às baixas por doença resultou na cessação ou suspensão do subsídio. O mesmo aconteceu a uma em cada quatro pessoas chamadas a Junta Médica.

Os dados foram revelados ao CM pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social no âmbito do Plano de Combate à Fraude e Evasão contributivas, que já “apanhou”, desde o início do ano e até Novembro, mais de 41 mil pessoas com baixas fraudulentas, representando uma poupança para a Segurança Social de 9,4 milhões de euros.Foram efectuadas mais de 20 mil acções de fiscalização ao domicílio às baixas por doença, tendo sido localizadas em situação fraudulenta 6702 pessoas, ou seja, 33 por cento do total. As acções de fiscalização domiciliária quase que duplicaram num ano, resultando numa poupança para a Segurança Social superior a 1,6 milhões de euros.Por sua vez, das cerca de 89 mil pessoas que se encontravam de baixa e que foram convocadas para Junta Médica, quase 22 mil estavam em situação fraudulenta, ou seja, 25 por cento do total dos casos. Com estas convocatórias para Junta Médica, a Segurança Social arrecadou mais de 6,4 milhões de euros.Com as mais de 112 mil convocatórias para Baixas Médicas foram ainda suspensos 12 790 subsídios por doença (onze por cento do total), representando uma poupança superior a 1,2 milhões de euros.De acordo com a execução orçamental da Segurança Social, entre Janeiro e Outubro deste ano, a despesa com subsídios de doença foi de 391 milhões de euros, menos 2,9 por cento que no mesmo período do ano passado.Com o Plano de Combate à Fraude e Evasão Contributivas e Prestacionais, que arrancou em Abril, as acções de fiscalização nas baixas por doença deixaram de ser feitas aleatoriamente. O novo sistema tem em conta indicadores de risco, como as baixas de longa duração (mais de 30 dias) ou duplicações de baixas permitindo uma selecção dos casos e aumentando a eficácia, garante o Ministério.