domingo, 24 de junho de 2007

OS "MEUS IMPOSTOS"

- Para onde vai o dinheiro dos meus impostos?
- Porque é que os meus impostos têm que pagar todos estes luxos?
- Eu pago os meus impostos
- Não autorizo que os meus impostos vão contribuir para o vício de alguns.
Contribuir com os meus impostos para criar clínicas de aborto? ...
- Mas afinal os meus impostos servem para pagar exactamente o quê?
Só tenho pena dos meus impostos que são mal usados.
- O que fazer para decidir o destino a dar aos meus impostos?
- O que me chateia é o dinheiro dos meus impostos ter que pagar ordenados a empregados do Estado.
- Eu defendo que os meus impostos paguem um bom Serviço Nacional de Saúde.
- Já sou sério ao pagar os meus impostos!
- Espero que não seja com o dinheiro dos meus impostos.
- O que ele ganha sai do meu esforço, do meu trabalho, dos meus impostos.
- Mas sem os meus impostos ao barulho.
- Sou um cidadão honesto e procuro me manter assim mesmo sabendo que meus impostos financiam vida boa para gente desonesta.
- Contribuir com os meus impostos para financiar os estabelecimentos prisionais?
- Os meus impostos são usados para muitas coisas com as quais não tiro benefícios.

As frases acima tirei-as ao acaso da Internet, mas são frases que diariamente ouvimos sair da boca das pessoas mais bem conceituadas deste País.

Afinal, o que é isto do meus impostos?

Segundo o Dicionário Editora, o significado da palavra IMPOSTO é: tornado obrigatório por lei ou por determinação superior; a que se é forçado; posto sobre, colocado.

Ora, se é algo que nos é imposto, porque raio de carga de água nos pomos para aí a ditar destinos para esse dinheiro, se de facto não o fazemos de livre vontade.

Quem lê a maioria das frases acima, podia perfeitamente imaginar que imposto era algo que um benemérito dá à sociedade, sei lá, algo que doamos e queremos ver bem aplicado.

Ora, não há maior falsidade de sentimentos, pois ninguém deu nada e muito menos daria se a tal não fosse obrigado, portanto, porque é que se arma em benemérito, qual Regojo a dar máquinas aos hospitais ou Gulbenkian a deixar a sua fortuna?

Acresce a isto dizer que, regra geral, quem profere tais frases e demonstra tais preocupações com o uso do dito dinheiro, é, regra geral gente que só não foge se não puder, porque a esmagadora maioria, aqueles de cujo trabalho sai a esmagadoríssima maioria da receita fiscal, esses nem se queixam, porque, regra geral nem chegam a ver ou aperceber-se do seu contributo, pois é , como se diz RETIDO NA FONTE.

Quem regra geral, grita esta alarvidades, são pessoas que, ou por um engano do seu engenheiro financeiro, ou porque venderam uma Herdade que vem lá dos trisavós, ou porque acabaram de ter umas mais-valias vindas de umas acções, que originaram o tal pagamento ao qual deviam ter fugido como sempre, são esses que bradam aos céus pelo bom uso do seus impostos.
Porque vamos lá a ver uma coisa: se é imposto, nunca na vida seria dado, caso a tal não fossemos obrigados, sejamos honestos…

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