sábado, 31 de maio de 2008

Amy...quê?

Apesar de gostar muito de música e de haver músicas que ouço no dia a dia que considero verdadeiros monumentos, confesso que a maioria das mais modernas conheço, mas não os seus autores ou intérpretes, principalmente se forem mesmo muito recentes.

No entanto, sei o suficiente para saber que o festival de música Rock in Rio é um dos maiores do mundo e que os cabeças de cartaz deste festival, regra geral, são a nata das natas, o supra-sumo das vedetas da actualidade.

Ora, ontem à noite, quando comecei a ouvir quer na rádio que na televisão, as histórias a propósito da vedeta Amy Winehouse, nomeadamente a incerteza sobre a sua presença, porque é regra ela falhar aos compromissos por estar bêbeda ou drogada…eu confesso que não queria acreditar.

Entretanto, lá veio a actuação da dita vedeta e, milagre! – dizem os comentadores, ela veio! Com uma hora de atraso, mas veio.

Em seguida vê-se em cima do palco uma degradante demonstração da rastejante postura a que o ser humano é capaz de chegar, mas o mais grave é que é essa a imagem que milhões por esse mundo cultivam e seguem, enchendo concertos e proporcionando receitas incríveis…

Espera aí, há aqui algo que me está a escapar, ou o pessoal está…bêbado?

terça-feira, 27 de maio de 2008

O homem que não reconheceu Scolari!

Quando vi o Roberto Leal a dar uma conferência de imprensa conjunta como o seleccionador nacional de futebol, pensei que estaria a assistir a um daqueles excertos de reportagem, que regra geral passam no fim, e que mostram as situações caricatas que não têm dignidade para passar durante a peça.

Constatei afinal que o problema é não ter havido nestes anos todos, quem explicasse ao Sr. Scolari que cá em Portugal muito poucos conhecem e quase ninguém aprecia a música e sobretudo o estilo do Roberto Leal, porque, toda a postura de católico ultra nos soa a falso…como a cor do cabelo dele.

No entanto, se achava que os meus sentimentos de português normal tinham sido atacados, ontem verifiquei que atrás de uma peça altamente desprezível, há sempre outra…ainda mais desprezível.

No passado Domingo, dia de folga lá na selecção, o seleccionador foi visitar uma aldeia de Viseu, onde apenas vivem dois habitantes – um casal idoso.

Ora, que importância tem esse facto para que eu o mencione?

É que, meus amigos, o dito habitante da dita aldeia teve a ousadia de não ter reconhecido o Scolari, quando este falou com ele. É, portanto, mais do que motivo para que nos indignemos todos porque existe um português que não reconhece o Scolari!

Ainda bem que temos um serviço público de televisão, o Canal 1, para denunciar estes graves problemas de que o País enferma: haver um cidadão deste País que ousa não reconhecer o Scolari, à sua passagem.

Por outro lado, louvo a rapidez com que o jornalista, fiel e obediente ao Sr Scolari, mal soube de tamanha barbaridade e de tamanho ataque ao espírito Nacional, se apressou a atacar de câmara e microfone em punho, o incauto cidadão, obrigando-o a pedir desculpa em público e garantindo que tal não voltará a acontecer.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

O comboio do Douro…não sobe o Douro!

Há um assunto que desde há muito me atormenta, que é a questão do trajecto do comboio na chamada Linha do Douro.

Que terá passado pela cabeça dos projectistas e responsáveis da obra, em finais do século XIX, para decidirem afastar o comboio do Rio Douro, fazendo-o passar por Ermesinde, Recarei (lá atrás da serra), Penafiel, desviando-o do Rio Douro, justamente na nossa região, deixando-nos de fora da rede de comboios?

Agora não sei se ainda usam a designação, mas há uns anos, sempre que via referências a Paredes (Douro) ou Recarei (Douro), eu perguntava-me: - mas por que carga de água, hão-de dizer que estas terras são Douro, se o Douro está a 20 kms dali?

Por outro lado, não deixo de pensar no quanto a linha do Douro ganharia se agora, apesar de mais de um século atrasada, alguém tivesse a brilhante ideia de rectificar, não fechando a linha existente de Paredes, mas oferecendo aos turistas uma verdadeira SUBIDA DO DOURO, fazendo uma linha férrea, mais ou menos no traçado da actual Estrada Marginal – N108?

Para não falar no desenvolvimento que teria Melres e as outras localidades, caso fossem servidas pelo comboio.

Abaixo transcrevo, alguns trechos do que está escrito HOJE, na página promocional da CP, a propósito da Linha do Douro:

IN: http://www.cp.pt/cp/displayPage.do?contentId=62ac6fdb04988110VgnVCM1000007b01a8c0RCRD&vgnextoid=919ed90ed1e69010VgnVCM1000007b01a8c0RCRD

“Entre o Porto e Marco de Canavezes, ou seja, grosso modo, durante a primeira hora de viagem, a Linha do Douro não tem paisagens grandiosas para oferecer ao visitante. No entanto, tudo se transforma radicalmente a partir desta estação, à medida que o comboio começa a descer e percorre o longo túnel do Juncal. De súbito, como que explode nas janelas direitas da carruagem a grandiosidade das paisagens do Douro, o que acontece perto de Mosteiro e da ponte para Cinfães.”

Ora, porquê ter uma hora de viagem sem nada de interessante, se podem oferecer a belíssima paisagem do Douro, desde o Porto, que é afinal, a razão principal de ser desta linha, tendo sempre o rio por companheiro de viagem?

Acho que era um óptimo Plano para incluir no QREN, pois dinamizaria toda uma região e encaixava como uma luva, nos planos de desenvolvimento turísticos do Douro, tão em voga.