sábado, 4 de dezembro de 2010

Orçamento nado-morto

Durante os últimos três meses, os Portugueses sentiram-se europeus do norte, não pelo frio, mas pelo tipo de discurso anti-despesista e ajuizado do Estado, que nos fazia crer a todos que agora é que era.

Com ameaça ou sem ameaça do FMI, parecia que o País tinha ganhado juízo…

Puro engano, por incrível que pareça, quando veio, justamente o frio nórdico, e mesmo antes do orçamento ajuizado…veio a tradicional chafordice polítiqueira lusa, o Chico-espertismo Tuga…

Ainda faltava um mês para que o orçamento entrasse em vigor, já víamos os submissos políticos do sistema, disciplinadamente e às ordens de meia dúzia de grupos ditos grandes, votarem a favor da roubo do imposto sobre lucros, abençoado pela súbdita classe política de direita, que esperam um dia vir a ter um tachito num desses grupos.

Mal havia o dia chegado ao fim, já estava a rebentar outro caso de Chico-espertismo e de fuga às regras impostas pelo tal orçamento ditado pelos europeus do norte…desta vez nas Ilhas dos Açores…sim, uma das regiões, outro pólo junto com as autarquias, de rigor e obediência ao orçamento, que farão com que provavelmente cheguemos ao Carnaval a ter que fazer um rectificativo.

Este orçamento de rigor, é portanto…um nado-morto.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O que é um Socialista?

Hoje de manhã, ao ir p/ o trabalho, apanhei de um assentada com duas notícias:

- Patrões, na reunião com José Sócrates, pretendem rasgar acordo do salário mínimo
- Bancada do PS dividida quanto à votação de uma proposta do PCP, p/ suspender antecipação dos dividendos e respectiva fuga aos impostos

Ora, eu dei comigo a pensar no que passará neste momento pela cabeça das pessoas cuja profissão, temporária, é ser representantes das vontades de alguns milhões de portugueses, os Senhores e Senhoras Governantes e Deputados, ditos socialistas.

Quando na Irlanda, um País que aderiu à CEE depois de nós, o salário mínimo já ia em 1500 euros, será que os homens e mulheres que têm um emprego temporário no governo do país, na sequência de um pedido feito ao povo, põem a hipótese de recuar numa miséria dessas, em favor da opinião de uma dúzia de empresários, que, sendo responsáveis por 20% da exportações nacionais, apenas dão emprego a menos 1% da população?

E os senhores e senhoras cujo emprego temporário é serem deputados, na sequência de um mandato dado pelo Povo, estão na disposição, também eles, de ceder a meia dúzia de portugueses, accionistas de grandes empresas, ajudando a que não paguem impostos sobre os lucros?

Ser Socialista pode ser tudo…mas não isto com toda a certeza, por isso Senhores que recebestes um mandato, ponderai bem o que andais a fazer e em nome de quem, e deixai de tratar já do vosso futuro emprego…por mais ameaçado que o actual esteja!

sábado, 20 de novembro de 2010

Um escudo anti-yuan

Quando há uns anos começamos a ouvir falar de que as embaixadas deviam começar a ter um papel importante em assuntos económicos, não esperàvamos chegar a 2010 e constatar que, de facto, a estratégia mundial de hoje está nas mãos…dos mercados.

Se há vinte anos, o mundo estava divido em dois blocos militares, hoje o mundo está dividido entre os que produzem e os que consomem. Do lado dos primeiros está o emprego total, o crescimento alucinante e, claro, o dinheiro.

Do outro lado da barricada, está um grupo de países consumidores, de mão estendida e completamente submetidos ao poderio de quem produz, os gigantes asiáticos com a China à cabeça.

Ora, compreende-se que na Cimeira da Nato a decorrer em Lisboa, até os manifestantes tenham dificuldade em...manifestar-se...vão manifestar-se contra quê? - Contra os bombardeamentos de t-shirts ou dos sapatos baratos, vindos da China? Contra os porta-contentores que cada vez mais povoam os nossos mares? Se ao menos houvesse Bush...

Numa Cimeira em que se discute a implantação de um novo escudo anti-míssil, deviam os generais da Nato discutir… um escudo anti-Yuan, caso contrário, um dia destes somos todos reféns da agressiva produção do bloco chinês.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A culpa é do Marcelo

Quando ouvi Marcelo anunciar a data do anúncio da re-candidatura de Cavaco, vi logo que algo não ia correr muito bem.

Ora, ao saber antecipadamente que o candidato Cavaco ia fazer o seu anúncio de re-candidatura na terça-feira, era o que faltava que o Governo que apoia Alegre na corrida a Belém, fosse dar de mão beijada o trunfo do acordo no orçamento.

Assim, lá fez Cavaco o seu anúncio sem a cereja no bolo para apresentar.

Para a próxima, escolham melhor as datas...e escondam a agenda.

Entretanto, se não se importam, senhores candidatos e apoiantes de candidatos, suspendam aí por um dia a vossa condição de políticos e arrume lá isso do Orçamento.

sábado, 23 de outubro de 2010

Unanimismos caros

Hoje, Sábado, reúne-se a nata da finança politicamente responsável pelo País nas últimas décadas.

Nunca uma reunião foi iniciada com o resultado da mesma tão unanimemente antecipado e desejado.

Aliás, houve uma: a situação em que vi tanta unanimidade e certeza nas decisões foi…aquando da decisão de compra do BPN…

domingo, 17 de outubro de 2010

Portagem na zona da Maia (A41) custa o dobro das outras ex-Scut

O Governo e o País clamam pelo fim das SCUT e pelo pagamento de portagens.
Não é momento de questionar, vamos todos pagar…os que não prescindem delas, e podem, claro, pagar.

No entanto, sendo o custo por quilómetro na maioria das ex-SCUT de 0,06 a 0,08 euros, como se explica que na A41 (entre Alfena e Aeroporto Francisco Sá Carmeiro, 11,5 Km custem 1,70 Euros, ou seja, 0,15 euros/km - o DOBRO das restantes?

Terá pensado o concessionário e os inteligentes responsáveis governamentais por esta área que a malta lá da zona de Valongo, Ermesinde, Maia, está cheia de massa, por isso…pumba, lá vai passar debaixo dos pórticos.

Enganaram-se…refaçam lá as contas, porque, como diz hoje no JN o Presidente da Câmara da Maia, o Zé Pagode não anda a dormir, tem mais que fazer ao dinheiro e logicamente vai deixar a A41 às moscas e vai circular pelo centro da cidade, o que, pelos visto já se nota a olhos vistos.

Só para termos uma ideia…se a portagem Porto/Lisboa tivesse este custo por quilómetro, as pessoas pagaríam nada mais nada menos do que….cerca 45,00 euros e pagamos…20,00 euros apenas.

Portanto, mais uma vez, peguem lá na máquina de calcular e refaçam as contas, vão sempre a tempo de corrigir…caso contrário, o Presidente tem razão para considerar que haverá alguma espécie de perseguição à malta destes dois concelhos...laranja!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O problema era o Óleo de fritar

Afinal enganei-me, Passos Coelho vai deixar passar o Orçamento sem ver baixarem os impostos.

Passos Coelho esperou este tempo todo e colocou o mundo da finança em suspenso, não porque a carga fiscal é pesada, mas apenas porque não suportava ver o óleo de fritar com uma taxa de Iva de 6%.

Agora, sim...com o óleo tão caro, Passos Coelho já não corres riscos de ser frito em lume brando, dentro do PSD.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ufa, que alívio!

Hoje de manhã, acordei muito bem disposto, porque dei comigo a perceber o truque do Governo e do PSD.

Marotos estes políticos… a querer assustar-nos, para que a gente aperte o cinto, e no final…a coisa vai ficar pela metade ou menos.

De facto, hoje acordei com a convicção de que, depois das negociações e das ameaças tão apoiadas pelo Presidente da República, vamos acabar por ter uma pancada muito mais leve.

Tenho para mim que o aumento de IVA vai acabar em 1% apenas, nos escalões mais baixos e aquela história macabra de roubar o abono, essa Srs políticos, essa foi forte…essa logicamente irá ser retirada.

No final, toda a gente vai sair vencedora, a Democracia funcionou, o Povo apanhou um pancadão mas fica feliz e, o mais importante, o sorvedouro dos ajustes directos pode continuar à vontade, porque temos orçamento.

É como aquele caso em que telefonam p/ alguém a dizer que morreu a família toda num acidente, o familiar entra em desespero, mas logo de seguida, do outro lado da linha, rindo, o tranquilizam…ah pá….só morreu a tua mãe!

– Ufa, que alívio!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Emprego: tratemos do que ainda vive, só assim evitamos que morra

De cada vez que saem estatísticas sobre Desemprego, lá vêm os políticos, economistas e outros teóricos com receitas miraculosas para solucionar o problema.

Ora, cá venho eu também com a minha dose, e se não se importam, façam o favor de não a colocar no rol das receitas, mas antes no rol dos pequenos contributos, de alguém que, enfim, não tem o emprego garantido…

Pois, o que me atormenta de há uns tempos para cá, é a energia e os meios que todo o País dispensa a tentar criar emprego…e que tal despender metade dessa energia a lutar pelo emprego existente, para que não se perca?

A facilidade com que hoje em dia alguém se apresenta à insolvência, na certeza de que os seus trabalhadores não se manifestam, porque têm o dito cujo garantido com a maior das facilidades…é algo que tem que se combater.

Na minha humilde opinião, em vez de apoiar às cegas novos investimentos, as entidades deviam inteirar-se a fundo, caso a caso, das dificuldades que cada empresa que se apresenta à insolvência tem ou não.

É que senão, até dá ideia de que tudo puxa para o encerramento e não p/ a viabilização, que é ao fim e ao cabo, o que está subjacente ao espírito da Lei das Insolvências e que, na sua maioria, acabam em fracasso, enviando p/ os braços da Segurança Social milhares de pessoas..como se nada fosse.

Só um exemplo: ainda um dia destes ouvi na Televisão, notícias de uma Empresa, que se apresentou à Insolvência em Setembro 2009 e que em Agosto 2010 ainda não lhe havia sido atribuído um Administrador Judicial.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Bettencourt Resendes - A classe de um Senhor Jornalista

O mundo da informação e a Democracia portuguesa vêem partir um grande jornalista, e, para mim, o Senhor Comentador, o verdadeiro.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Obrigado António Feio

Pelo brilhante humor que fez e pelo enorme exemplo de coragem, frontalidade e espírito de solidariedade com que enfrentou a doença,

O meu muito Obrigado!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Investimento estrangeiro ou investimento no estrangeiro ?

Cresci a ouvir o País clamar, apoiar, pedinchar investimento estrangeiro para Portugal.
Assim cresceu a economia portuguesa durante as últimas duas ou três décadas, o período áureo que o mundo elogiou.

De repente, veio a queda do Muro de Berlim e a entrada no Mercado comunitário dos Países de Leste e ai Jesus que lá se vai o investimento estrangeiro.

Criam-se e remodelam-se agencias governamentais de captação de investimento estrangeiro, pois só assim podemos crescer e ter emprego, como acontece com a bandeira nacional que é a Auto-Europa.

O desespero é grande, pois todos os dias se ouvem notícias, principalmente nos últimos dois ou três anos, de grandes investidores estrangeiros que fizeram as malas de deixaram centenas de portugueses no desemprego, como foi exemplo um dos casos mais sonantes – a Quimonda.

Ora, mediante a hecatombe, seria normal que o nosso Governo se empenhasse redobradamente na captação de investimento para o nosso Território, mas não: nos últimos tempos, não se ouve falar de outra coisa, senão investimento em Angola, no Brasil, etc

Eu pergunto: o que é que eu, cidadão ou o Estado português ganham pelo facto de empresários portugueses estarem a investir o que têm e o que não têm em Angola, por exemplo?

Será que o interesse estratégico de salvação da economia nacional passou a ser o investimento do País no estrangeiro, em detrimento do investimento estrangeiro no País?

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Depois da festa...a conta

Queirós e a Selecção deram cabo da nossa esperança em ultrapassar as tormentas e o mau tempo africano.

Depois da tempestade, José Sócrates e o Governo secam qualquer resquício de liquidez que houvesse por aí.

domingo, 6 de junho de 2010

Ao fim e ao cabo há esperança!

O País esbraceja há meses e pede socorro, no meio da tempestade originada pelos ratings, temendo os menos optimistas que se afogue de vez.

Apareceu porém, nos últimos dias o salva-vidas, aquele que a todos nos há-de levar na crista da onda, quanto mais não seja, a sonhar durante umas semanas e a esquecer esse maldito défice: Carlos Queirós.

Quem diria que a solução, afinal, era tão fácil…

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Jornal Público – melhor para a imagem de Sócrates é impossível

Desde há muitos anos me parecia que José Sócrates era o Homem certo para o lugar certo, devido à sua capacidade, inteligência e tenacidade.

A questão da seriedade e honestidade nunca se me colocaram sequer nem colocam em relação aos políticos, ou seja lá quem for, até prova em contrário, porque me concentro no que importa, a sua competência.

Os julgamentos deixo para a Justiça, a terrena e a divina.

Ora, no caso de José Sócrates, por mais que eu não queira deter-me em assunto de julgamentos, sou forçado pela imprensa a concluir que o Homem é mesmo puro e sério, para além de competente.

Não é que o Público, jornal assumidamente “não propriamente simpático para com José Sócrates” e vice-versa, ainda hoje faz primeira páginas com a questão de uns projectos que José Sócrates assinou, quando jovem há mais de vinte anos, vindo com uma questão de incompatibilidade com a actividade de Deputado?

Sem dúvida, se escarafunchando (esmiuçando é pouco) a vida de José Sócrates, é isto que aparece a justificar primeiras páginas, ao fim de cinco anos de aturadas e competentes investigações jornalísticas….chego até a interrogar-me sobre tamanha oferta do Jornal Público a José Sócrates…

quarta-feira, 24 de março de 2010

Indemnizações já…para o Benfica !

Pelos vistos soube-se hoje que as instâncias disciplinares da Liga de futebol “meteram água” no castigo que aplicaram a jogadores do Futebol Clube do Porto e, por isso, este clube está a ponderar pedir indemnizações.

Eu também acho que há lugar a indemnizações…ao Benfica, por parte da Liga, por manchar um campeonato cuja vitória inequívoca, limpa, “sem espinhas” se avizinha.

Também acho que o Benfica deve pedir indemnizações ao Futebol Clube do Porto, por, enfim, deixarem no ar aquela ideia de que o Benfica teria perdido mais não sei quantos jogos, caso o Sapunaru e o Hulk tivessem jogado.

A imagem do Benfica deve ser defendida e os prejuízos podem ser muito elevados…sempre é a imagem de uma marca querida por mais de seis milhões de pessoas.

domingo, 21 de março de 2010

O Senhor fotógrafo dá licença?

Assistimos na passada semana a um episódio insólito, mais um, relacionado com a Assembleia da República.

Não, não me refiro à postura de professor à moda antiga de Jaime Gama, perante um jovem Secretário de Estado.

Não, não me refiro à intervenção de José Lello, nem sequer à descabida justificação, mais uma vez, de J.Gama.

Refiro-me ao inacreditável de ver gente defender que quem está a mais na AR é o deputado, que não tem nada que se pôr a ler mails enquanto o fotógrafo está por perto.

Portanto, se bem entendi, em vez de “Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados”, estes terão que dizer antes de fazer seja o que for: O Senhor fotógrafo dá licença?

domingo, 14 de março de 2010

Claustrofobia democrática...no PSD

À beira de conseguir um congresso de unidade e alguma elevação, como talvez há anos não tinha, o PSD acaba de dar mais um contributo para a imagem de partido incoerente e zigzagueante que tem sido.

Com efeito, no meio de uma série de propostas de alterações estatutárias propostas por Santana Lopes chumbadas, eis que surge uma que passa: a norma segundo a qual, nenhum militante pode criticar o Líder do partido nos últimos dois meses antes das eleições.

Sem dúvida um enorme contributo para concluir a discussão política que o próprio PSD tenta manter acesa, de há mais de meio ano para cá: a claustrofobia democrática.

Será que vamos ver o Parlamento pedir uma Comissão de Inquérito à falta de liberdade de expressão dentro de um dos maiores partidos em Portugal?

A sorte é que neste País, as normas raramente são postas em prática…

sábado, 6 de março de 2010

Andam a gozar com isto…

Hoje de manhã, ouvia na rádio Antena 1, no programa Hotel Babilónia, nada que não se ouça de há meses para cá, uma senhora dizer que, enfim, o problema da crise financeira foi…claro…a falta de supervisão....de quem? Pois claro, do Estado.

É preciso ter lata!

O ladrão assalta a casa e no final de contas, o dono é que é culpado.

Supervisão…os que agora vêm com este discurso da falta de supervisão e fiscalização do Estado, depois dos milhões torrados pelos estados com os bancos, são os que gritam aos sete ventos que se acabe com toda e qualquer entidade reguladora...veja-se o que se vociferou contra a ASAE, por exemplo…

Aliás, não há Entidade Reguladora neste País que, mal ponha em prática aquilo para que foi criada, que não desperte um imediato..aqui d’el Rey, que o Estado está a invadir a privacidade, a independência a liberdade dos cidadãos e empresas…

Andam a gozar com isto…

quarta-feira, 3 de março de 2010

Continua o desfile na comissão

Hoje, ficamos a saber que, de acordo com os critérios de Manuela Moura Guedes, quase todos os jornalistas são manipulados e manipuláveis, nomeadamente na TVI...menos ela.

Balsemão, também ele no Parlamento, afirmou que Governo tinha plano p/ enfraquecer privados...tudo ficaria mais claro se dissesse que o que ele, Balsemão, queria é que o Governo os reforçasse e de preferência eliminasse de vez o serviço público de televisão, principalmente do mercado publicitário...essa sim, a grande pressão dos privados.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O desafio Madeirense

O País ainda mal se apercebeu bem da verdadeira dimensão da catástrofe, incluindo número de mortos que nos merecem o maior respeito a todos e solidariedade aos familiares e amigos, mas algo começa a perceber-se vir a ser um grande desafio.

O País vive um clima de grande solidariedade, natural e característica do nosso Povo em momentos de desgraça.

Porém, o grande desafio que a Madeira vai enfrentar é a imprensa que desembarcou de armas e bagagens no Funchal.

Estou muito curioso para ver até quando se vai manter a cordialidade por parte de Alberto João Jardim, sem se escangalhar, perante insistências e incómodas questões dos jornalistas.

Estou igualmente expectante sobre a capacidade dos nossos jornalistas para resistirem à tentação do voyeurismo e por outro lado, de aturarem alguns exageros de restrição à informação, de que tanto se fala em relação à Madeira.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Fernando Nobre - Nobreza de currículum

A questão do dia:

Será a nobreza do currículo de Fernando Nobre excessiva para um "mero" cargo de Presidente da República?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

PSD - O momento da decisão

Os militantes do PSD devem estar baralhados, após o aparecimento súbito das duas ultimas candidaturas á liderança do Partido.

Como o que interessa é escolher um líder sólido, eu aconselharia, desde já, a que cada militante procure saber de cada candidato:

1.- Em que Escola Primária estudou;
2.- Qual dos três foi mais vezes ao quadro;
3.- Quantas vezes faltaram à Catequese;
4.- Se alguma vez foram comungar sem se confessar;
5.- Que nota tiveram, ano por ano, desde o ensino primário;
6.- Quantas faltas a vermelho tiveram no ensino secundário;
7.- Investigar bem qual dos candidatos fez mais copianços;
8.- Qual deles apalpou mais vezes o rabo à menina boa da turma no 7º. ano;

Se mesmo assim, a análise do perfil do candidato não estiver clara, recomendo que o militante avance um pouco mais, em direcção àquilo que hoje se designa como definição do carácter do candidato:

9.- Depois de fazer a comunhão solene, qual deles continuou na catequese;
10.– Vão à Missa todos os Domingos?
11.- Algum dos candidatos cometeu o crime imperdoável de tirar o curso numa Universidade Privada?
12.- Se sim, em que dia da semana foi dada a nota de final de curso?
13.- Haveria na universidade em que se formou, algum membro do PSD no corpo directivo ou docente?
14.- Assegurar-se de que nunca nenhum dos candidatos andou a estudar à noite.

Caso as dúvidas persistam, há que subir então a bitola e submeter os três candidatos à análise mais dura, aquela porque muito poucos políticos passaram, mas que, a passarem, lhe assegura anos de mandatos tranquilos à frente do Partido:

15.- Algum dia tiveram a infelicidade de fazer algum trabalho concreto em Empresas, Câmaras Municipais ou qualquer outra entidade, algo para além da actividade partidária?
16.- Têm na família, alguém, seja tia, prima ou compadre, alguém que trabalhe ou tenha algum negócio e não esteja a viver à custa do Estado, seja desempregado, reformado ou a receber o rendimento mínimo?
17.- Tem conhecimento de que, por infeliz acaso, alguém na família possua telefone?

Finalmente, caso ainda subsistam dúvidas, a questão decisiva, o filtro, a pergunta da morte:

17.- Quantos episódios da última telenovela da TVI perdeu?

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Tirando isso...

Sou um dos poucos portugueses (10.300.000) que não leram o jornal Sol esta semana, mas li o Expresso esta manhã.

Percebi tudo, porque o Ricardo Costa fez um resumo cronológico impecável.

Só não percebi e estou aqui farto de dar voltas à cabeça, para tentar ver onde e como encaixa o Moniz naquela coisa de ser inimigo do Governo, mas ser convidado e aceitar ir para o Grupo que queria comprar a TVI, logo afrontá-lo a mando do Governo.

Enfim, tirando isso...percebi tudo.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A lata dos agiotas

Eu fico parvo com a frieza, o descaramento, o desplante com que, de repente, essa gente que, há um ano era apontada como precisando da caridade do Estado, essa gente que clamou por elevadas injecções de capital público, aparece agora - sim exactamente os mesmos - a ditarem as suas regras p/ cima dos mesmos Estados.

É preciso ter lata!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Acabem lá com a seriedade e voltem à política…

Os nossos partidos estão irreconhecíveis.

Começando pelo do Governo, o que se compreende, porque quer o orçamento aprovado, os partidos da Direita parecem aqueles colegas de trabalho que vão ao funeral do familiar de um outro colega e vão a rir à gargalhada dentro do carro, até que chegam perto da casa do morto e daí até este estar enterrado, põem aquele ar de pesar chegando mesmo às lágrimas. Mal se sentam no carro novamente, volta tudo à gargalhada.

Ora, eu já estou cheio deste ar de sentido de Estado quer do PS, do CDS quer do PSD.

Acabem lá com a seriedade e voltem à política…

domingo, 24 de janeiro de 2010

OGE - Venha daí essa massa...

De repente o País uniu-se, da Esquerda à Direita, para aprovar o Orçamento, viabilizar, deixar passar ou seja lá o que for. O importante é que o Estado não fique a viver de duodécimos.

Ora, se, como diz Bagão Félix, sete dos dez milhões de portugueses vivem à custa do Estado, fácil é perceber que o Orçamento será sempre viabilizado, sob pena de pormos setenta por cento de Estado-dependentes a temer pelo ordenado ao fim do mês…como acontece com os restante três milhões.

Mas vendo bem, Bagão Félix fez mal as contas, porque, se ao nível dos cidadãos a dependência do Estado é desta ordem, já ao nível das Empresas privadas, a dependência deverá ser bastante superior no que respeita à proveniência dos lucros.

Com efeito, se por acaso houvesse um atraso ou uma falta de pagamento do Estado a esses sete milhões, o que aconteceria com certeza, não era a desgraça do Estado, mas sim, a tragédia nas vendas dos grandes grupos económicos da distribuição, comunicações, etc etc

Contrariamente ao que nos querem fazer crer, os grandes grupos económicos vivem todos à custa do Rendimento Mínimo, das Reformas, Fundo de Desemprego e outras contribuições do Estado. Sim, porque se uma família recebe duzentos ou trezentos euros do Estado, ele vai direitinho para o bolso do Belmiro, Jerónimo ou outro…gerando fabulosos lucros à custa da contribuição do Estado.

Numa palavra, vivemos numa Economia de Mercado, no que à Receita diz respeito, porque quando se fala de despesa…essa que fique lá com o Estado, que ninguém se preocupa se o Estado é um verdadeiro Estado Socialista, no que à despesa diz respeito.

Só há, em minha opinião, uma forma de o Estado poder equilibrar as contas, sem ser com recurso à receita do costume: impostos p/cima de quem trabalha, e essa receita passa por o próprio Estado entrar no mercado e ter as suas próprias lojas, as suas próprias empresas de comunicações, pelo menos, para servir os seus “dependentes”.

Assim, em vez de duzentos e cinquenta euros de Rendimento Mínimo, a família receberia, pelo menos metade desse valor em senhas a serem obrigatoriamente usadas em lojas do Estado, em vez de lojas do grupo A ou B, indo a margem de lucro de volta para o Estado.

Assusta? Parece Ridículo? Seria o regresso á união Soviética?

- Mas o que é aquilo que temos já neste momento, no que à Despesa diz respeito e, principalmente no que à carga sobre quem trabalha?

sábado, 16 de janeiro de 2010

Quem não se sente…

A mais que prevista candidatura de Manuel Alegre e o mais que previsto apoio apressado do Bloco de Esquerda mostram que existe efectivamente muito mais do que uma incineradora a dividir o PS de Manuel Alegre.

Acontece aos mais pintados: desentenderem-se e separarem-se das organizações que fundaram. Não é a primeira nem será a última vez. As pessoas saem e as organizações continuam.

O que já não é muito comum, é os tais que se desentendem, não saírem mas actuando como se estivessem às ordens do “inimigo” e, na hora da verdade, na hora das grandes decisões…a organização passar uma esponja sobre tudo e ir ao encontro do dissidente.

Desde a noite das últimas eleições presidenciais que eu grito a ver se alguém me ouve:

“Dr. Manuel Alegre, eu votei em si, porque não suportava a ideia de ver Mário Soares candidato a um lugar onde foi muito bom, mas para o qual não era o único possível na área do PS, aliás, seria o último por já lá ter estado, por isso, desconte lá um voto no seu milhão, porque o meu voto foi de protesto”.

Já agora, que me desculpe Manuel Alegre tê-lo iludido, mas eu fartei-me de gritar durante este tempo todo e ninguém me ouviu.

E isto, muito antes de começar a sua fase bloquista…

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Haiti – mais uma tragédia no paraíso

Ontem deitei-me com a notícia de um sismo no Haiti.
Hoje acordo com a confirmação de que foi muito violento, mas agora fico boquiaberto com a dimensão da catástrofe: possivelmente meio milhão de mortos.

É preciso que todos percebamos que tal dimensão só se explica com a elevadíssima densidade populacional deste pequeno país (quase o triplo do nosso país) e, sobretudo, às miseráveis condições de vida que este país, um dos mais pobres do mundo.

Por incrível que pareça, é um dos destino turísticos de eleição… já quando foi a tragédia do Tsunami na Ásia, este aconteceu em estâncias turísticas muito frequentadas por ocidentais.

Será que o turismo ocidental atrai a tragédia…ou será que a tragédia acontece, porque é preciso manter certas zonas sem desenvolvimento, para que os ocidentais possam usufruir das zonas o mais virgens possível, para passar as suas férias?

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O Estado fez o seu papel…agora façam o vosso!

Foi hoje aprovado no Parlamento o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Tudo certo, menos o exagero da importância que se deu ao facto, em termos de comunicação social.

A sociedade portuguesa não é nem tão retrógrada que não aceite a lei nem tão avançada que compreenda e aceite na plenitude esta realidade.

Aliás, penso que neste caso, o Estado está a tentar mudar algo que a sociedade, e principalmente os próprios, se recusam a aceitar e a assumir sem complexos.

De qualquer modo, o Estádo fez o seu papel, agora Senhores interessados neste tipo de casamento façam o vosso e casem-se sem complexos, assumam-se e, sobretudo, deixem de atirar para a sociedade, as responsabilidades pela segregação de que V.. Exas são também e principalmente responsáveis…por omissão.

domingo, 3 de janeiro de 2010

2010…seja o que Deus quiser!

No início de cada ano, a época festiva, para além dos tradicionais exageros ao nível gastronómico, traz-nos também autênticos fartotes de bazófia, prosápia e balelas que economistas, analistas, quais bruxos, teimam em nos oferecer pelos meios de comunicação social, sem sequer pestanejar.

Acho inacreditável o desplante e a capacidade de teatralização que ainda têm algumas pessoas ligadas a estas coisas da economia, para fazer as tais previsões. Não lhes pesa na consciência o facto de ultimamente toda e qualquer previsão lhes sair furada?

Antigamente, eram os técnicos da meteorologia os alvos da nossa chacota, porque muitas vezes falhavam. Hoje, com o afinar das tecnologias cada vez erram menos nas previsões os meteorologistas, mas os economistas…valha-nos Deus!

Cá por mim, eu digo em relação à economia de 2010…seja o que Deus quiser!