segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Acabem lá com a seriedade e voltem à política…

Os nossos partidos estão irreconhecíveis.

Começando pelo do Governo, o que se compreende, porque quer o orçamento aprovado, os partidos da Direita parecem aqueles colegas de trabalho que vão ao funeral do familiar de um outro colega e vão a rir à gargalhada dentro do carro, até que chegam perto da casa do morto e daí até este estar enterrado, põem aquele ar de pesar chegando mesmo às lágrimas. Mal se sentam no carro novamente, volta tudo à gargalhada.

Ora, eu já estou cheio deste ar de sentido de Estado quer do PS, do CDS quer do PSD.

Acabem lá com a seriedade e voltem à política…

domingo, 24 de janeiro de 2010

OGE - Venha daí essa massa...

De repente o País uniu-se, da Esquerda à Direita, para aprovar o Orçamento, viabilizar, deixar passar ou seja lá o que for. O importante é que o Estado não fique a viver de duodécimos.

Ora, se, como diz Bagão Félix, sete dos dez milhões de portugueses vivem à custa do Estado, fácil é perceber que o Orçamento será sempre viabilizado, sob pena de pormos setenta por cento de Estado-dependentes a temer pelo ordenado ao fim do mês…como acontece com os restante três milhões.

Mas vendo bem, Bagão Félix fez mal as contas, porque, se ao nível dos cidadãos a dependência do Estado é desta ordem, já ao nível das Empresas privadas, a dependência deverá ser bastante superior no que respeita à proveniência dos lucros.

Com efeito, se por acaso houvesse um atraso ou uma falta de pagamento do Estado a esses sete milhões, o que aconteceria com certeza, não era a desgraça do Estado, mas sim, a tragédia nas vendas dos grandes grupos económicos da distribuição, comunicações, etc etc

Contrariamente ao que nos querem fazer crer, os grandes grupos económicos vivem todos à custa do Rendimento Mínimo, das Reformas, Fundo de Desemprego e outras contribuições do Estado. Sim, porque se uma família recebe duzentos ou trezentos euros do Estado, ele vai direitinho para o bolso do Belmiro, Jerónimo ou outro…gerando fabulosos lucros à custa da contribuição do Estado.

Numa palavra, vivemos numa Economia de Mercado, no que à Receita diz respeito, porque quando se fala de despesa…essa que fique lá com o Estado, que ninguém se preocupa se o Estado é um verdadeiro Estado Socialista, no que à despesa diz respeito.

Só há, em minha opinião, uma forma de o Estado poder equilibrar as contas, sem ser com recurso à receita do costume: impostos p/cima de quem trabalha, e essa receita passa por o próprio Estado entrar no mercado e ter as suas próprias lojas, as suas próprias empresas de comunicações, pelo menos, para servir os seus “dependentes”.

Assim, em vez de duzentos e cinquenta euros de Rendimento Mínimo, a família receberia, pelo menos metade desse valor em senhas a serem obrigatoriamente usadas em lojas do Estado, em vez de lojas do grupo A ou B, indo a margem de lucro de volta para o Estado.

Assusta? Parece Ridículo? Seria o regresso á união Soviética?

- Mas o que é aquilo que temos já neste momento, no que à Despesa diz respeito e, principalmente no que à carga sobre quem trabalha?

sábado, 16 de janeiro de 2010

Quem não se sente…

A mais que prevista candidatura de Manuel Alegre e o mais que previsto apoio apressado do Bloco de Esquerda mostram que existe efectivamente muito mais do que uma incineradora a dividir o PS de Manuel Alegre.

Acontece aos mais pintados: desentenderem-se e separarem-se das organizações que fundaram. Não é a primeira nem será a última vez. As pessoas saem e as organizações continuam.

O que já não é muito comum, é os tais que se desentendem, não saírem mas actuando como se estivessem às ordens do “inimigo” e, na hora da verdade, na hora das grandes decisões…a organização passar uma esponja sobre tudo e ir ao encontro do dissidente.

Desde a noite das últimas eleições presidenciais que eu grito a ver se alguém me ouve:

“Dr. Manuel Alegre, eu votei em si, porque não suportava a ideia de ver Mário Soares candidato a um lugar onde foi muito bom, mas para o qual não era o único possível na área do PS, aliás, seria o último por já lá ter estado, por isso, desconte lá um voto no seu milhão, porque o meu voto foi de protesto”.

Já agora, que me desculpe Manuel Alegre tê-lo iludido, mas eu fartei-me de gritar durante este tempo todo e ninguém me ouviu.

E isto, muito antes de começar a sua fase bloquista…

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Haiti – mais uma tragédia no paraíso

Ontem deitei-me com a notícia de um sismo no Haiti.
Hoje acordo com a confirmação de que foi muito violento, mas agora fico boquiaberto com a dimensão da catástrofe: possivelmente meio milhão de mortos.

É preciso que todos percebamos que tal dimensão só se explica com a elevadíssima densidade populacional deste pequeno país (quase o triplo do nosso país) e, sobretudo, às miseráveis condições de vida que este país, um dos mais pobres do mundo.

Por incrível que pareça, é um dos destino turísticos de eleição… já quando foi a tragédia do Tsunami na Ásia, este aconteceu em estâncias turísticas muito frequentadas por ocidentais.

Será que o turismo ocidental atrai a tragédia…ou será que a tragédia acontece, porque é preciso manter certas zonas sem desenvolvimento, para que os ocidentais possam usufruir das zonas o mais virgens possível, para passar as suas férias?

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O Estado fez o seu papel…agora façam o vosso!

Foi hoje aprovado no Parlamento o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Tudo certo, menos o exagero da importância que se deu ao facto, em termos de comunicação social.

A sociedade portuguesa não é nem tão retrógrada que não aceite a lei nem tão avançada que compreenda e aceite na plenitude esta realidade.

Aliás, penso que neste caso, o Estado está a tentar mudar algo que a sociedade, e principalmente os próprios, se recusam a aceitar e a assumir sem complexos.

De qualquer modo, o Estádo fez o seu papel, agora Senhores interessados neste tipo de casamento façam o vosso e casem-se sem complexos, assumam-se e, sobretudo, deixem de atirar para a sociedade, as responsabilidades pela segregação de que V.. Exas são também e principalmente responsáveis…por omissão.

domingo, 3 de janeiro de 2010

2010…seja o que Deus quiser!

No início de cada ano, a época festiva, para além dos tradicionais exageros ao nível gastronómico, traz-nos também autênticos fartotes de bazófia, prosápia e balelas que economistas, analistas, quais bruxos, teimam em nos oferecer pelos meios de comunicação social, sem sequer pestanejar.

Acho inacreditável o desplante e a capacidade de teatralização que ainda têm algumas pessoas ligadas a estas coisas da economia, para fazer as tais previsões. Não lhes pesa na consciência o facto de ultimamente toda e qualquer previsão lhes sair furada?

Antigamente, eram os técnicos da meteorologia os alvos da nossa chacota, porque muitas vezes falhavam. Hoje, com o afinar das tecnologias cada vez erram menos nas previsões os meteorologistas, mas os economistas…valha-nos Deus!

Cá por mim, eu digo em relação à economia de 2010…seja o que Deus quiser!