sábado, 19 de dezembro de 2009

Todos os dias deviam ser Natal!

“Todos os dias deviam ser Natal” – esta frase deve ter sido inventada por algum Ministro de Finanças ou da Economia, de algum país doentinho da cabeça como Portugal.

Sim, a avaliar pelas toneladas de bacalhau e bolo-rei, para não falar nas batatas e perus vendidos, bem como as cuecas, as meias, os cachecóis, não há dúvida de que o Natal é um grande contributo para o pib nacional.

Eu diria mesmo que, a partir de finais de Setembro, depois de comprados os livros da canalha, a malta cá do burgo já só se preocupa com o Natal, as televisões já só transmitem programas a atirar ao Natal e vivem da publicidadesita e da corrupção dos miúdos: “se vires o anúncio do novo boneco não sei das quantas, dou-te uma série que vais adorar”.

Ora, o Natal, no fundo, já o é em todos os dias do Quarto Trimestre em termos de comércio nacional, ou seja, é responsável, talvez por cerca de vinte e cinco por cento das vendas anuais do comércio.

No fundo, para ser Natal todos os dias, bastava arranjar, vá lá, não um Natal todos os dias, mas todos os trimestres….e pronto, estávamos safos!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Copenhaga - não há penitência que resolva

Decorre por estes dias a Cimeira de Copenhaga, uma espécie de encontro de religiosos, daqueles que prevêem o fim do mundo para amanhã.

Convidando para a cimeira países que dos automóveis só ouviram falar, que da indústria não conhecem senão os produtos que as ONG lhes entregam em missões humanitárias, fazendo esta espécie de gentileza aos mais pobres, os países ricos mostram um grande cinismo.

Dá-me arrepios só de ouvir dizer que o problema desses países pobres é o aquecimento global.

Por mais penitências que os países ricos concordem em fazer a propósito do aquecimento global, nada apaga a hipocrisia desses países, que é o mesmo que dizer das grandes multinacionais, em termos de desigualdade na distribuição de riqueza pelo mundo.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Desemprego – que rica vida, até para os sindicatos!!

Quando ouço os lamentos pelo elevado desemprego em Portugal, tenho a sensação de que estes não correspondem à realidade, não fosse a frieza dos números, porque não se vê espécie de agitação social alguma, que o elevado número de desempregados faria supor.

A explicação, quanto a mim, reside no facto de, nos primeiros anos, a maioria dos desempregados portugueses ganhar mais nessa condição, do que a trabalhar.

Não só os salários são baixos, como, ao engrossar esse exército, imediatamente passa a usufruir de vantagens e regalias sociais, que antes não tinha, nomeadamente acesso a subsídios e bolsas na escola, ajuda na habitação, etc etc

Por outro lado, os sindicatos não fazem muito barulho, porque muitos deles, segundo julgo saber, e advogados, cobram imaginem, valores que podem ir até de 10% do Fundo de Garantia Salarial que a Segurança Social paga ao desempregado, a título de indemnização pelos anos trabalhos…10% imagine-se. Ora, se regra geral, os trabalhadores têm direito a 8000 euros, o máximo no caso dos mais velhos, os e advogados podem levar cerca de 800 euros por cada trabalhador.

Que rica vida esta, até para os sindicatos!

sábado, 28 de novembro de 2009

É preciso ter lata!

Meio atordoados com o que se passou no Parlamento, ao nível da votação do adiamento do Código contributivo da S.Social, muitos jornalistas e analistas apressaram-se a embarcar na onda demagógica da Oposição, do aumento de impostos.

Com efeito, nada mais demagógico do que ouvir políticos que há dias gritavam que era preciso acabar com as fraudes no Rendimento Mínimo, virem agora com a treta de que acabar com os falsos salários e a fuga à contribuição para a segurança social, se trata de aumentar impostos!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Pobres, corruptos e malandros?!

O País vive mergulhado numa teia de imbróglios atrás de imbróglios, ora reais, ora forjados ou inventados, mas o que é certo é que parece que voltamos ao famoso “pântano”.

Tudo começou, há pouco mais de um ano, com a grave crise económico-financeira, pelo menos o agravamento mais visível, sendo que, entretanto, como se já não bastasse, o País mergulhou, numa teia de casos jurídicos e de alegada corrupção ou irregularidades graves ao nível de grandes figuras políticas, desde o BPN passando pela REN e outras na sucata e agora até as Auto-Estradas, da qual dificilmente nos livramos.

Com tudo isto, e porque a economia não ajuda, sim, porque se houvesse no ar “cheiro a dinheirinho fácil”, o pessoal desviava as atenções destes casos, e arregaçava as mangas, mas não! Em face da sarrabulhada de escândalos que vão surgindo, dá ideia que a sociedade se vai acomodando, e, de certa forma baixando os braços.

A forma mais visível e perigosa desse baixar de braços, é o facto de, perante a ameaça do desemprego…uma boa parte da população preferir entregar-se ao dito cujo, ficando a viver à custa do respectivo subsídio pacificamente, em vez de aguerridamente lutar pelo seu trabalho, assim como os empresários que preferem entregar-se à falência, do que lutar pela sobrevivência do seu negócio.

No fundo, dá ideia de que a corrupção começa logo na forma passiva como o mais simples e pobre dos cidadãos se acomoda ao subsídio de desemprego, fugindo à procura de emprego, acabando na mais alta corrupção.

No final…não há défice público que aguente, nem endividamento que chegue para pagar a nossa pouca produtividade e tanta malandrice.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

“Se correr tudo bem, o desemprego vai aumentar”

Nunca mais esqueço a famosa frase do também famoso economista do Porto “se tudo correr bem, o desemprego vai aumentar” ou qualquer coisa neste género, frase fria, mas que na altura, todos acharam que sim, é preciso limpar o tecido empresarial – diziam os ilustres letrados.

Pois é, a coisa deve estar a correr muito bem, pelo menos avaliar pela taxa de desemprego.

Que uns professores universitários, que vivem de pareceres para grandes empresas, regra geral monopolistas na sua área e muitas vezes ligadas ao Estado, dumas aulas ou palestras em universidades também elas maioritariamente públicas, que esses teóricos se possam dar ao luxo de fazer afirmações sonantes, compreende-se, não lhe sai do bolso e o seu está sempre garantido.

Já não se compreende que gestores bancários que lidam diariamente com empresas, lhes vão chupando as parcas margens, enquanto o negócio vai de vento em popa e lhes viram imediatamente as costas, mal a coisa começa a tremer, como está a contecer.

Os bancos neste país, têm uma enorme responsabilidade na quantidade de gente que vai parar ao desemprego. Quando se fala de uma empresa têxtil do norte que vai fechar, 90% dos intelectuais e economistas da praça gritam “já devia ter fechado”, na senda da famosa frase de Daniel Bessa.

Pois é, o têxtil e o calçado dão emprego barato, é verdade, mas as caixas dos hipermercados também dão, e eu só vejo apoios às grandes superfícies, quantas vezes, elas também, responsáveis pelo encerramento de empresas portuguesas, ao colocarem no mercado nacional produtos maioritariamente importados.


Afim de salvar empresas em dificuldades, existe a Lei das Insolvências, que, levada a sério, serve para reestruturar empresas, sendo que o Estado apoia, desde que haja plano “com pernas para andar” e salvar não todos, mas alguns postos de trabalho.

Ora, isto é o que diz a Lei e bem, mas na prática, mal uma Empresa se apresenta ao Tribunal e pede a declaração de insolvência, imediatamente os bancos fogem dela,como o diabo da cruz, selam contas, suspendem factorings, “marimbando-se” para planos e mais planos.

E não me refiro a financiar empresas sem viabilidade, nem o Estado nem a banca, refiro-me à normal gestão do dia-a-dia: que o mercado corte o crédito a uma empresa nessas condições, é normal, até ela se recompor, agora a banca recusar-se a fazer, por exemplo, um simples factoring de mercadoria já entregue a empresas sólidas, só porque o cliente ficou insolvente?

No fundo, entre a vontade dos legisladores e a realidade do dia a dia, vai uma enorme distância, até parece que tudo está feito para que a malta deixe toda de trabalhar e fique a viver à sombra da bananeira do Estado…se correr tudo bem!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Quando os árbitros são figuras centrais do jogo…algo está mal”!

“O País é bom é no futebol” – dizem alguns intelectuais e políticos da nossas praça, querendo, com isso, desmerecer as capacidades dos portugueses.

Pois é, Portugal é bom no futebol e ainda bem, porque o resto…parece que é preciso “comer muita farinha Maizena” , como dizia o outro, para lhe chegar aos calcanhares.

Vem isto a propósito de mais uma avalanche jurídico/político/informativa de que são vítimas os portugueses, com mais um chamado “caso”. Escutas para aqui, processo para ali, arguido para acolá, o País vive mergulhado em termos e casos jurídicos, praticamente desde o dia seguinte às eleições.

Entretanto, assistimos dia após dia ao desfilar de queixas, de empurras, de rvelações, de não revelações, por parte de agentes da justiça.

A Justiça é importante, aliás decisiva, para o bom funcionamento de um País democrático, mas, como dizem os “parolos” da bola, bom árbitro é o que passa despercebido, agora “quando os árbitros são figuras centrais do jogo…algo está mal”!

sábado, 7 de novembro de 2009

A barreira dos dois anos

De há mais de um ano para cá, os chamados fazedores de opinião política, começaram a construir todos os seus raciocínios, numa perspectiva de mandato de dois anos, e isto, desde os mais reles até aos mais citados comentadores políticos.

De repente, o País das opiniões publicadas procede a uma revisão constitucional, sem que esta seja sequer sufragada, ou seja, o Povo vai às urnas e elege um partido e um governo para quatro anos, mas alguém nas assembleias da comunicação, resolve ditar que essa eleição, vale apenas por metade do tempo.

Ora, senhores fazedores de opinião política, tenham lá paciência, primeiro façam-se eleger, arregimentem grandes grupos de pessoas para vos seguir, sejam eleitos e, depois sim, tentem mudar a constituição e partam os mandatos em dois, em três ou nas parte que vos apetecer.

Se mais motivos de interesse não houvesse para enfrentar esta governação, só o prazer de, mais uma vez, fazer estes fazedores de opinião política, engolir as previsões e cálculos que fizeram, é motivo mais que suficiente.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Globalisation oblige…

Sou de uma Terra onde o trabalho nas obras, juntamente com o emprego dado na Câmara Municipal, constituem a maior fonte de emprego e riqueza da população, a activa claro, porque a outra, claro, tem como patrão o Ministério da Solidariedade.

Ora, desde pequeno que me habituei a insultar, a chamar nomes, aos empreiteiros, sub-empreiteiros e outros “rateiras” afins, como chamamos àqueles pequenos empresários que saem de manhã, com a sua carrinha e três ou quatro empregados ainda jovens.

Sempre chamei nomes, porque deles se dizia muitas ou na maioria das vezes, que retinham os descontos “para a caixa” e, na hora de precisarem, os jovens quando se apercebiam, nem sequer estavam inscritos na segurança social.

Por isso, todos dizemos que é um crime e um crime hediondo, e corria lá na aldeia, de longe a longe, que fulano ou sicrano, coitado, precisou de baixa e não teve, porque não estavam lá os descontos.

Ao vir para a cidade, trabalhar em empresas já não de uma carrinha, mas sim de autocarros de gente, claro, ao ouvir falar de crise e sabendo dos problemas que existem, de longe a longe me interrogo, lembrando-me dos “rateiras” lá da Terra: “será que estão lá os meus descontos”?

Pergunto-me, porque é que os patrões dizem que precisam da ajuda do Estado, pomposamente dizem que têm dívidas ao Fisco e à Segurança Social…e ninguém lhes chama ladrões?

É que, nos dias que correm, a situação é de tal forma grave, a deflação é tal, que nas empresas industriais portuguesas já não só não se tem margem de lucro, na maioria do que se produz em Portugal, como já se está a entrar e a comer no custo, incluindo nos encargos sociais…até ficarmos ao nível dos parceiros asiáticos…Globalisation oblige!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

José Saramago, o catequista!

O homem, combalido, a meio de uma doença grave, altamente abalado fisicamente, amparado pela mulher e pelo editor, esse mesmo, aquele que ainda há pouco tempo tememos pudesse deixar esta vida, acaba de fazer mais pela divulgação da palavra que vem nos livros religiosos, nomeadamente a Bíblia, do que mil sermões de padres pelas igrejas abaixo.

Com efeito, ao lançar o seu mais recente livro “Cain”, lançou também uma bomba estrondosa ao chamar à Bíblia um “manual de maus costumes” e mais uma porrada de impropérios, contra um livro que, no mínimo, merece o respeito pela antiguidade que tem, consegue tirar a Igreja e os seus intelectuais, dos seus círculos fechados e intelectuais, para virem à rua discutir religião, como deve ser discutida, sem pré-conceitos.

Pessoalmente, acho que não passa de uma brilhante, mas de certa forma já gasta e pouco eficaz manobra publicitária o uso deste tipo de linguagem, mas agradeço ao Saramago, para além da sua enorme e brilhante criatividade literária, o favor que faz, de, de vez em quando, agitar as paradas e quase chocas águas, no que às matérias de religião e fé, dizem respeito e pôr-nos todos a pensar.

Portanto, apesar do exagero há que dizer: grande José Saramago!

sábado, 17 de outubro de 2009

Desemprego e estabilidade política

Esta semana assistimos ao início do que ficará para a história, como a segunda legislatura da era socrática, a primeira sem maioria absoluta e, por isso, prevêem os habituais analistas e prognosticadores nacionais, tudo aponta para que mais curta.

Depois das últimas investidas do presidente da República contra o “partido do Governo”, fácil será compreender o porquê deste tipo de prognóstico, acontece porém, que é preciso que do outro lado, do lado do “partido do Presidente” esteja uma estrutura pronta a ganhar eleições, o que não me parece possa demorara apenas dois anos a construir, nos escombros do ferreiraleitismo.

Resta então o Parlamento para querer deitar abaixo a estrutura actual e recentemente constituida, mas isso, convenhamos, numa época de tanto desemprego…qual é o deputado que quer abdicar, por vontade própria, de um emprego garantido por quatro anos, em favor de uma incerta eleição não se sabe por quantos?

Cá está uma vantagem da elevada taxa de desemprego: um contributo decisivo para a tão desejada estabilidade.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sinal dos tempos ?

O CDS que quando eu era miúdo era tido como o partido dos ricos, acaba de ter um resultado estrondoso graças em grande parte, imagine-se, aos votos dos tugas pobres graças à sua inveja dos que ainda são mais pobres que eles: os que vivem do rendimento mínimo.

É caso para nos interrogarmos sobre este sinal dos tempos…de crise.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Venha o dia das eleições e rápido!

Depois de ter ouvido Manuela Ferreira Leite afirmar que a coisa ia lá, era com seis meses sem democracia, achei por bem dar um desconto, porque se tratava, ao fim e ao cabo, de uma pobre mortal, que lá terá tido o coração perto da boca, e a quem não aconteceu isso, pelo menos uma vez na vida?

Entretanto, Manuela F. Leite, a propósito da bondade das obras públicas, afirma que a beneficiarem o emprego, só se fosse o do ucranianos e cabo-verdianos, o que já não me soou tanto a amadorismo, mas já começava a ser algo de preocupante, tamanha queda para as afirmações chocantes.

Finalmente fiquei sem dúvidas em relação ao perfil da candidata a Primeiro-Ministro, quando ouvi, no debate com J. Sócrates, o desancar nos espanhóis, próprio de um populismo radical e nacionalista, como não lembraria nem ao mais radical dos nacionalistas.

Ora, neste ritmo alucinante de bojardas extremistas, eu sei lá o que ainda poderá vir por aí abaixo...imagino que os responsávei do PSD só pensam: "venha o dia das eleições e rápido"!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Senhores jornalistas, auto-regulem-se!

Estando o País em campanha eleitoral, qualquer desgraçado que dê uma opinião, naturalmente passa antes pelo crivo da análise político-partidária. Mesmo assim, correndo o risco de ser tido como adepto deste ou daquele partido, apesar de eu ser apenas um mero eleitor e cidadão a expressar as suas ideias, permito-me despejar para aqui o que me vai na alma.

E digo isto, porque não sou jornalista e muito menos trabalho num órgão de difusão nacional, logo emito a minha opinião livremente sem que a nada esteja obrigado, a não ser o respeito pela verdade e honorabilidade dos meus concidadãos.

Já um jornalista, pelas obrigações éticas inerentes à profissão que desempenha, apesar de ter direito à sua opinião, não pode, penso eu, passar a sua opinião pessoal sobre determinado assunto ou pessoa, sob a capa de jornalista.

Com isto, não quero dizer que estou de acordo com a demissão de M. M. Guedes nesta altura de campanha, aliás, ainda estou para ver o final da história porque soa a estranho demais, mas que há muito tempo alguém, de preferência da classe jornalística, devia ter acabado com aquela farsa, aquele faz-de-conta jornalístico, não tenho dúvidas.

Pena é que tenha que ser um Primeiro-Ministro a ter que dizer aquilo que a meio mundo apetecia dizer e não disse, talvez por medo de represálias ou reacções corporativas, sendo um exemplo disso a entrevista do Bastonário dos Advogados, que quase unanimemente foi aplaudida.

Obviamente, a política tem destas coisas, e, apesar de ninguém acreditar que o Governo caísse numa estupidez destas, de pedir para demitirem uma jornalista a três semanas das eleições, e muito menos que um Empresário ou Empresa de comunicação se deixasse manipular e usar desta maneira, o certo é que o caso é político, mas ainda falta saber a quem vai aproveitar…parece que à Direita…nem por isso olhando à forma atabalhoada como se apressou a reagir.

Como tento sempre olhar para o futuro, principalmente não tentando ser surpreendido pelos factos, procuro olhar à minha volta e ver se algo vai mal no panorama actual. Ora, temos na Sic Notícias outro caso parecido: o caso do jornalista Rui Santos.

É certo que aí ele se apresenta como comentador, expressando as suas opiniões, logo há aí uma grande diferença, mas, por amor de Deus, mesmo sendo eu benfiquista,….todos sabemos que é jornalista e ninguém compreende o porquê da fixação, quase doentia, no Paulo Bento do Sporting, como alvo de todos os seus ataques em todos os programas, quer ganhe quer perca. Sinceramente, o meu ego benfiquista e o de mais seis milhões de portugueses fica feliz, mas…

Senhores jornalistas, auto-regulem-se!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A verdade é que ninguém confia

É verdade que em democracia, as eleições pressupõem oportunidade de mudança;
É verdade que os partidos e movimentos concorrentes às eleições devem propor algo de novo, que dê esperança aos eleitores.
É verdade que o País precisa de verificações, acertos, correcções e, quem sabe, mudanças de fundo.
É verdade que nunca compreendi a viabilidade do TGV.

Ora, mas também é verdade que as mudanças só sortirão efeito, caso haja confiança em quem as protagoniza.
Ora, é também verdade que nenhum Governo consegue alterar seja o que for, sem a confiança da sociedade que comanda.

Portanto, a triste verdade é que, rasgando compromissos do Estado, alterando projectos de anos, adiando obras já dadas como certas pelo Estado, os protagonistas das ditas mudanças e as suas promessas dificilmente serão credíveis.

Quem vai acreditar num Partido que, há bem pouco tempo defendia a construção de 5 Linhas de TGV para o País, e agora, pura e simplesmente defende a total suspensão?

Que segurança dá aos agentes económicos, que nacionais quer estrangeiros, um partido tão inconstante, e que, sobretudo, faz tábua rasa de tudo o que o Estado português assumiu nos últimos anos?

A verdade é que ninguém confia.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O pessoal do bairro está todo p’ró Algarve!

Costumo fazer compras num supermercado onde, para além da normal classe citadina, vai muita gente que habita um bairro social ali mesmo ao lado.
Gente pobre, com certeza, mas até gente ordeira, não deixando no entanto de ser um bairro conhecido por ser habitado por famílias muito pobres, por isso vivem neste bairro social.

Normalmente, apesar das quatro ou cinco caixas, sempre que lá vou, seja a que hora for, todas as caixas têm várias pessoas à espera para pagar, tal é o movimento da loja.

Ora, um dia destes, já em pleno Agosto, aliás durante este fim de semana, fui ao supermercado, à hora e dia que sempre vou e havia apenas uma caixa a funcionar e, mesmo assim, não tive que esperar.

Ora, só me ocorreu uma conclusão: o pessoal do bairro está todo p’ró Algarve!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Isto é uma assalto…a brincar!

Não queria acreditar no que vi hoje, no descaramento, no desplante, na descontracção com que, alegadamente, alguém ligado a um blog sobe à varanda da Câmara da capital, retira a Bandeira Municipal e substitui pela Bandeira da Monarquia.

Tanta é a descontracção que até filmaram e publicaram o filme para que todos vejamos.

Manobra publicitária do Blog, concerteza, mas será que os assaltantes que há um ano entraram no BES também não queriam fazer publicidade de alguma coisa, sei lá…?

É que também meteu filmagens e tudo…pena é que um deles nem sequer chegou a ver o vídeo, nem lhe deram tempo de explicar...

domingo, 2 de agosto de 2009

Problemas de Crescimento

O Bloco de Esquerda está a viver problemas de crescimento.

Um assunto que ultimamente tem vendido, e pelos vistos, rendido votos nos mercados bolsistas da política lusa, é ser-se de Esquerda, sem o ser, ou seja, ser-se de Esquerda sem ser alinhado com as lideranças partidárias oficiais de Esquerda.

Até há uns tempo era o Manuel Alegre a arma de arremesso que todos usavam e abusavam. Como entretanto Manuel Alegre se retirou, parece que a técnica agora é barafustar contra toda e qualquer tentativa de aproximação a ex, a futuros, a descontentes, a revoltados, a tudo o que se mexa na Esquerda e que o Louçã considera serem parte integrante da sua coutada de Esquerda Queque.

O caso da Joana A. Dias é um exemplo de que o BE se confronta com algo de novo naquela área da Esquerda, e que Louçã já não consegue dominar, como fez até aqui, e tem a ver com o crescimento.

Chegar aos 10% é uma coisa, manter-se e ultrapassar essa barreira, implica passar p/ a chamada área da governabilidade, e isso…implica alinhar, implica ter nas suas fileiras gente que até aqui sempre criticaram, o que vai contra o código genético do BE.

Não há bandeiras Turqueza TMN, ou Laranja PSD, em vez do tradicional Vermelho e negro, que resolvam este dilema…

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O Parlamento chumbou !

Passada a época de exames nas escolas, analisados os recursos dos alunos, podem os professores respirar de alívio, porque acabou o ano.

Respiram de alívio os professores e os alunos que trabalharam e conseguiram os resultados que lhes permitem gozar do merecido descanso, aqueles que estudaram as matérias, aqueles que seguiram as regras hoje podem receber o merecido prémio: umas férias revigorantes.

Já os manguelas, aqueles que passaram o ano em férias, aqueles que se fartaram de procurar, através de truques e copianços, dar a volta ao professor, esses, não deviam ter direito a férias, antes deviam trabalhar para recuperar o tempo perdido.

Ora, ao conhecer hoje os resultados do exame feito pelo Tribunal Constitucional ao famoso trabalho dos nossos deputados, relativo ao Estatuto dos Açores, com o chumbo por inconstitucionalidade, de 11 normas, será que não devíamos incluir os Deputados no segundo grupo atrás referido?

Não deviam eles perder o direito às férias e irem trabalhar para aprenderem…??

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Os não espectáculos

Pior do que ir aos milhares a um Estádio ver um jogador não jogar...só lutar por um bilhete que dá direito a ver um cantor...não só não cantar, como já morto.

sábado, 4 de julho de 2009

Estado da Nação ou o País das rasteiras da bola

Ontem à noite assisti a uma cena caricata, mas que revela bem o dilema do País: devemos preocupar-nos com a Economia do País ou com o País da bola?
É que são dois mundo completamente antagónicos: enquanto na Economia do País, é proibido gastar mal gasto, nada aconselha a que se invista, e o tempo é de grande contenção, no País da Bola a coisa rola como sempre e todos os anos os investimentos faraónicos são feitos, somo se de facto de outro mundo se tratasse.
Ontem à noite, dizia eu, assisti exactamente à luta entre essas duas realidades, no programa televisivo de grande audiência e prestígio, Expresso da Meia Noite, da SIC Notícias, onde estavam quatro convidados, preparados para debater e comentar a situação País, na sequência do debate do Estado da Nação no Parlamento, quando o programa é interrompido, imagine-se, para transmitir a festa da vitória do Presidente do Benfica.
Aliás, o programa até mal arrancou, foi logo em directo para o pavilhão, honra seja feita, apesar dos protestos e fúria bem visíveis dos moderadores, Nicolau Santos e verbalizada pelo Ricardo Costa.
De facto, dar lugar de notícia de última hora, à chegada ao pavilhão, do Presidente do Benfica, depois de já se ter noticiado a vitória por mais de 91% dos votos, ao ponto de maltratar os convidados e, sobretudo os telespectadores que estavam à espera do seu programa semanal, das 11h00 da noite, é bem uma demonstração do País da Bola em que, cinquenta anos depois de ter sido declarado o País dos 3FFF ainda continuamos a ser.

domingo, 28 de junho de 2009

Nós os que ainda vos ouvimos

Estão lançados os dados : temos eleições daqui até meados de Outubro.
Digamos que se aproxima uma época, como no ano passado em que tivemos uma barrigada de desporto: Campeonato da Europa e Jogos Olímpicos juntos, desde Junho até Setembro.

Ora, ligar a televisão e ver jogos de futebol, ou corridas de atletismo, ainda vá que não vá, há ali algo de interessante e até motivador da prática desportiva e saudável. Já ligar a televisão e ouvir ora resultados de sondagens, ora tempos de antena, ora noticiários de visitas a feiras e mercados, ora debates televisivos sobre os resultados das sondagens, sobre tempos de antena, sobre os noticiários de visitas a feiras e mercados, já é algo que pode vir a merecer alguma repulsa por parte da minha pessoa.

Portanto, senhores analistas, vendedores de imagem e outros propagandistas, façam lá bem as vossas contas, caso contrário, poderão vir a assistir a resultados surpreendentes no que respeita à abstenção.

Por outro lado, digam lá aos vossos políticos que a malta, enfim, aquela que ainda os ouve e vai no dia das eleições assinar por baixo os programas deles, não gosta muito de ser tomada por lorpa, por isso, vejam lá como fazem os programas e campanhas eleitorais, porque nós os que ainda votamos somos os únicos que ainda vos ouvem e, claro, por isso queremos ser considerados inteligentes.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A PT, a TVI e os árbitros de futebol

De repente, de uma intervenção do Primeiro Ministro, no Parlamento, nasce uma polémica que no seu segundo dia, já vai no Presidente da República: o negócio em curso de compra de 30% da TVI, pela PT.

Não sendo especialista em finanças, lembro-me que da última vez em que houve ao fracasso da compra da PT pela Sonae, meio mundo gritou que o Governo não se devia meter, que devia abdicar da sua Golden Share e deixar o mercado funcionar.

Agora, aqui d’el Rey que a PT está a fazer um mau negócio e quem está por detrás é o Governo e isso tem que ser muito bem explicado e transparente, pede meio mundo mais o Presidente da República.

Fico baralhado com esta alteração de postura, mas como não percebo muito de finanças, até daria o benefício da dúvida se a razão da indignação fosse um assunto meramente financeiro.

Mas não! O que toda a oposição grita é que por detrás esta operação financeira, está uma tentativa de manipulação da informação, por parte do Governo….como se fosse lógico e natural que os jornalistas abdiquem constantemente da sua deontologia e sejam a voz do dono, com esta facilidade toda.

Discussão idêntica a esta, e acusações subliminares igualmente graves, costumam ser feitas, quando os dirigentes desportivos discutem descaradamente quem manda ou não nos órgãos da arbitragem no futebol, dando-se como adquirido e pacífico que quem manda nesses órgãos logicamente influencia a independência dos árbitros…

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Quem ganha com os exames fáceis?

Ao ouvir falar das enormes facilidades que se têm colocado nos exames nacionais, nomeadamente em Matemática e em Português, todos ficamos com a impressão de que em todas as análises está subjacente o interesse do Governo em obter bons resultados, p/ ter de que se orgulhar.

Ora, poderá ser, mas todo este massacre está a esconder algo, quanto a mim, mais grave e é a enorme ajuda que, desta forma, se dá aos Colégios e Externatos privados.

Como todos sabemos, existe uma tendência muito grande para que nos colégios as notas sejam empoladas. Poderá haver aspectos positivos em muitos externatos, mas também é verdade e sabido, que em muitos desses estabelecimentos, principalmente aqueles que se especializam em formar candidatos a Medicina, as notas internas são praticamente garantidas e, regra geral, são bastante mais altas do que as verificadas nos exames nacionais.

Ora, ao baixar o nível de exigência dos exames nacionais, essa diferença esbate-se, ou seja, o aluno que tem 20 no colégio, se o exame for fácil, facilmente obterá algo perto disso.

Já, se o exame for difícil, como sempre foi, vem ao de cima a tal diferença e o aluno bom do ensino público ou privado, vê o seu esforço recompensado.

Numa palavra, exames fáceis só beneficiam os alunos que têm notas manipuladas em prejuízo dos verdadeiramente bons alunos.

domingo, 21 de junho de 2009

E de repente…os ex-governantes falaram!

O País e o Mundo estão mergulhados, uns países mais do que outros, numa crise, pelos vistos, sem precedentes.

Há quem diga que, desde a Grande Depressão dos anos 30, não havia acontecidos nada parecido. Entretanto, a corrida aos livros de autores e economistas dessa época, nos primeiras semanas foi uma loucura, não havendo um teórico, um comentador, que não citasse o tal do Keynes.

Keynes, foi um defensor da acção do Estado, como regulador, como moderador do apetite avassalador dos privados pelo lucro a qualquer preço, e que, de repente pode atirar para depressão.

Assim, assistimos nos últimos meses a autênticas metamorfoses e, perante a hecatombe dos impérios financeiros, vimos os acérrimos defensores do liberalismo e do mercado livre a clamarem por intervenção do Estado, como ainda agora, a propósito da roubalheira no BPN, vimos o representante do Partido mais à direita, Nuno Melo do CDS, a gritar que o Banco de Portugal devia andar em cima dos bancos por forma a verificar todos os seus actos, minuto a minuto.

Por outro lado, a dinamização da economia, numa situação destas, como dizia Keynes, só pode ser feita pelo Estado.

E tudo se encaminhava nesse sentido, no da importância que todos atribuem ao Estado, até que, de repente, não se sabe muito bem porquê, aparece um grupo de economistas, tidos como os senhores da sabedoria, os doutores, aqueles que sabem disto, e resolvem pôr tudo em causa e ditam as suas leis:

Pare-se tudo! O Estado não pode gastar dinheiro!
As obras que até aqui eram fundamentais deixam de o ser e pronto!

Que o digam, enfim, não me surpreende, porque ver economistas a “fazer prognósticos no fim do jogo” é aquilo a que já nos habituamos, agora, o País a levar a sério um grupo de economistas que tem como grande bandeira: não serem governantes…

Como alguém dizia, em Portugal o bom não é ser-se governante, o bom é ser ex-governante!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Tirem o Queirós da selecção!

O Queirós tem que sair da selecção!

O Queirós transformou a selecção no chupa-chupa que se dá aos meninos bem comportados da seamana, e num ano já lá vão 40 meninos diferentes contemplados!

Sr Queirós, os seus métodos experimentalistas e cheios de ciência estão concerteza correctos, mas nós portugueses só queremos uma coisa: ver jogar à bola, nada mais!

(Tirem o Queirós da selecção)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Contributos p/ sairmos da crise: "As minhas poupanças estão desaparecidas"

Só faltava esta: vir o Presidente da República, ilustre economista, ajudar à missa do enterro da economia nacional!

Efectivamente, depois de meses a tentar fazer discursos de optimismo, discursos a puxar para cima, bastou alguém levantar a questão de o Presidente ter tido, no passado, acções da SLN, para ele "se espalhar ao comprido", em minha opinião.

Que anda tudo pelas ruas da amargura, em termos de finanças neste País já nós sabemos, agora, se até o Presidente da República, ilustríssimo Professor de economia e Finanças e ex-governante cheio de experiência, foi engulido e "ludibriado" nos seus investimentos...imagine-se o que pensará o comum do investidor, para não falar no desgraçado do contribuinte!

Não tenha dúvida Sr Presidente, assim, com exemplos desses...só mesmo debaixo do colchão, mas isso atira com o País para o tempo da outra senhora....

sábado, 30 de maio de 2009

BUROCRACIA INSOLVENTE!

Tenho uma pessoa amiga que trabalha há muitos anos numa empresa que ela própria existe também há muitos anos, sobre a qual, depois de ter passado guerras, revoluções, intervenções e todo o tipo de problemas, caiu agora a sombra do encerramento.

O que me leva a descarregar para o papel as minhas impressões não é a surpresa pelo encerramento ou pelas dificuldades da empresa, porque pelas informações que a minha amiga sempre foi trocando comigo, sempre fui conhecendo as dificuldades e, de facto, ultimamente elas se têm agravado de forma significativa.

O que me faz escrever é a forma fria como, do ponto de vista da economia nacional, as pessoas que trabalham na burocracia deste país tratam estas matérias.

Por razões óbvias não citarei o nome da empresa, mas tendo os donos da mesma pedido a insolvência junto do tribunal, é lógico que imediatamente isso tenha repercussões nos trabalhadores como ela, mas que ao cabo de um dia ou dois se apercebem dos seus direitos e, enfim, resignam-se, mas sobretudo ao nível do funcionamento porque os fornecedores que até aí forneciam, apesar de receber tarde, imediatamente suspendem os fornecimentos, para não agravarem o prejuízo que já estão a suspeitar nunca recuperarão.

Digo isto, porque me choca que ninguém do tribunal, do ministério do trabalho, enfim, tenha aparecido, pelos vistos, na empresa, depois de várias semanas passadas, para se inteirar da situação onde trabalham dezenas de pessoas, e perceber o que se passa, porque razão uma gerência desistiu e se entregou ao tribunal.

Pode haver muitas razões para uma gerência pedir a insolvência, a principal das quais é com certeza a inviabilidade económico financeira, do ponto de vista desta e com as dívidas que tem, mas havendo postos de trabalho em causa, mas sobretudo encomendas de clientes, não está no espírito da lei das insolvências a tentativa de recuperação e salvação de parte dos postos de trabalho, pelo menos?

Não compete ao tribunal, rapidamente actuar para ver quais as possibilidades de viabilização e entendimento com os credores, no sentido de tentar acautelar o negócio enquanto é tempo e, pelo menos, alguns postos de trabalho?

Ora, demorando semanas, como parece ser prática na maioria dos casos, quando chegarem, vão tentar recuperar um monte de sucata, porque as máquinas ao fim de semanas de paragem dificilmente arrancarão, um grupo de pessoas completamente humilhadas pela inutilidade da sua saída de casa todos os dias de manhã, perante os filhos, e, claro, uma entidade sem aquilo que é a única razão de ser de uma empresa: os clientes.

Eu só me pergunto: será que em vez de genericamente estarmos sempre a acusar a justiça, que é um bem precioso da democracia, não devíamos criticar directamente as pessoas que trabalham na justiça?

Será que esta gente da justiça tem alguma noção do que é a economia e os mercados a funcionar? Sabem essas pessoas que mal os clientes se apercebam de que há o mínimo problema, logicamente fugirão com as encomendas para outros locais e até outros países e não podem ficar à espera que suas excelências acabem os reconhecimentos, as autenticações, as verificações, e mais uma porrada de procedimentos administrativos acabados em ões?

Ora, a seguir, para dar a estas pessoas desempregadas aquilo que elas tinham na sua área como ninguém, a experiência, conhecimento, a motivação, vai o Estado gastar milhões em Fundo de desemprego, Fundos de Garantia não sei das quantas e, claro, a famosa formação…para tentar criar negócios iguais aos que acabou de enterrar, assistindo passivamente.

Até parece que o que está certo é sentarmo-nos à sombra a ver a casa a cair, em vez de tentarmos deitar a mão e fazer algo para que não caia!

E assim vai aumentando o desemprego neste nosso querido Portugal...cheio de burocratas…insolventes.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Outra vez...os malditos pais biológicos!

Parece que, de repente em Portugal, passou a ser crime ser-se pai ou mãe, ou como agora se diz, pais biológicos.

Ainda o caso do sargento está mal arrumado, já o País, ou alguém interessado em levantar poeirada outra vez, movimenta exércitos contra a decisão de um Tribunal que entregou uma criança á mãe biológica e a retirou de casa de um família onde ela viveu durante quatro anos.

Já havia notícias e muita indignação, ao que me apercebo, contra a decisão do juiz de mandar a criança para a Rússia junto com a mãe, mas agora, que uma câmara de televisão apanhou a mãe a dar duas palmadas no rabo da menina, "aqui d'el rey que a mãe não tem condições de tomar conta da criança!"

Vamos lá a ver se ganhamos juizinho e não nos deixamos manipular por imagens que, usadas desta forma oportunista em favor de uma luta contra uma decisão da lei portuguesa, vão dar panos para mangas mas é nos programas fofoqueiros da manhã, na televisão, porque gente ajuizada, não se pode deixar cair na esparrela deste oportunismo mediático.

Tudo isto, independentemente de emitir juizos sobre o caso em concreto, porque não possuo dados que me permitam ajuizar, apenas acho que julgar a senhora, porque deu duas palmadas no rabo da menina...é no mínimo algo que nem o KGB no auge da sua espionagem e julgamentos sumários, ousava fazer!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Loureiro demitiu-se!

Não, não é o Presidente da Câmara de Gondomar, não.

Também não é o Presidente da Liga de Futebol, não.

O Loureiro de que se fala, é um Loureiro que reinou no auge do Cavaquismo e do novo-riquismo português, construído na base dos rios de dinheiro que jorraram durante anos, desde Bruxelas, indo muito desse dinheiro parar a alguns bolsos, vê o País agora, de gente cuja preocupação maior, alegadamente, era esconder em off-shores as monstruosas quantias que lhes sobravam, sabe Deus como...

Independentemente da culpa ou inocência deste verdadeiro barão do PSD, é confrangedor ver alguém, mesmo depois de se contradizer, depois de meter os pés pelas mãos, pela sua própria boca, depois de não sei quantos depoimentos, continuar a querer fazer-nos crer, na comunicação social, que pouco ou nada tem a ver com o que se passou no BPN.

No entanto, custa-me muito a acreditar em amadorismo em homens com esta experiência política, de comunicação, com a influência e poder que têm. Custa-me a crer que a demora em demitir-se do Conselho de Estado, seja uma mera birra, ou teima de Dias Loureiro.

Não sei se já se deram conta, eu já, que neste caso, parece que o importante era a questão política, o grave, o intolerável, o inadmissível, era o homem não se demitir.

Pois bem, o homem demitiu-se: esvaziou-se o balão!

Significa isso que o caso está resolvido?

Não, mas que o lado judicial passa agora claramente para segundo plano, durante este tempo todo, em detrimento do lado político…eu não tenho dúvidas, e que, a partir deste momento, o caso sai da ribalta mediática, também não.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

MARINHO PINTO, SEMPRE POLITICAMENTE INCORRECTO

Marinho Pinto, Bastonário da Ordem do Advogados acaba de dar umas bastonadas, acaba de dizer à Manuela Moura Guedes, aquilo que mais de 10 milhões de portugueses gostariam de poder dizer e não podem.

Porque será que nos surpreende a reacção mais normal e inteligente do mundo, a afirmação da completa palhaçada que são os pretensos noticiários da Moura Guedes?

Será que estamos a ficar loucos e até já achamos normal que a informação seja transmitida daquele forma indecentemente fantochada?

Ou será que não estamos habituados a ver figuras públicas serem e reagirem como pessoas normais, como seres humanos, quando colocados perante uma câmara de televisão?

terça-feira, 19 de maio de 2009

Antes Geração Rasca do que Geração BUFA!

Há pouco mais de um ano, o País ficou chocado com as imagens feitas a partir de um telemóvel, por um aluno, dentro de uma sala de aulas, na Escola Carolina Michaelis, em que uma aluna é filmada numa cena de peixeirada para com a professora.

Na altura, enquanto a maioria dos professores aproveitava a onda de contestação da Fenprof para , mais uma vez, se fazerem de vítimas e clamarem contra a política do Governo e isto e aquilo, eu, e muita gente, preocupávamo-nos com algo de tenebroso e que, depois de começar não se sabe onde pode acabar: a valorização das imagens clandestinas e ilegais, para efeito de condenação, naquele caso, da aluna.

Ora, não foi preciso esperar muito para vir a lume um caso, exactamente com os protagonistas ao contrário, ou seja, a peixeirada desta vez é feita por uma professora, completamente fora de si, que mais uma vez um jovem aluno resolve gravar p/ posterior denúncia.

Eu não vivi muito tempo antes do 25 de Abril de 74, mas tenho suficiente conhecimento da história para gritar, alto e bom som, aos senhores responsáveis da comunicação social: ALTO!

É que, senhores responsáveis da comunicação, a continuarem a valorizar esta vergonhosa prática pidesca, ainda hão-de ver, imagens e sons do que se passa dentro de vossa casa, ou quem sabe, daqueles gritos e disparates que despejam para cima dos vossos subordinados, naqueles momentos de stress que todos temos.

Não permitam que de Geração Rasca, esta juventude passe a ser conhecida como a Geração BUFA!

sábado, 16 de maio de 2009

A César o que é de César…

A prática religiosa católica sempre esteve presente na minha vida, desde a família onde sempre se rezou o terço, frequentei a catequese, fiz as comunhões, fui crismado, casei pela Igreja, participei muito activamente em organizações juvenis influenciadas pela Igreja.

Porém, sempre esteve presente no meu espírito, principalmente no tempo de juventude, aí pelos anos 80, uma certa maneira irreverente de intervir e viver a religião católica. Graças aos líderes que me inspiraram, tive a sorte de conseguir ver a vivência cristã como algo de rebelde, independente em relação ao Poder terreno.

A Igreja que eu vivi e por que me senti atraído, é uma Igreja, como se dizia, progressista, independente, uma Igreja voltada para a defesa da Paz, da solidariedade, dos direitos humanos, tendo como exemplo a vida de Cristo que nunca se sujeitou aos Poderes terrenos, sendo mesmo perseguido e crucificado por causa de defender os seus ideais.

Ora, ao assistir hoje na RTP1, o Canal televisivo do Estado, durante uma tarde inteira a um cerimonial em que, em minha opinião, se acaba por misturar deliberadamente a Religião com a Política, a meu ver erradamente, em que aparece o Comentador de referência de assuntos políticos, a comentar uma Procissão, bem como a jornalista do programa de debate político de referência nacional a liderar tal reportagem, ao ver isto, eu acho que o País ou algumas correntes no País, tentam misturar aquilo que em minha opinião devia ser como a água e o azeite.

Desde sempre foi uma tentação para os donos do poder terreno ascenderem à categoria divina, bem como para as religiões controlar não só os assuntos de Deus, mas também os negócios terrenos, ambos com resultados catastróficos ao longo da história, em que o cidadão, o ser humano, acaba a ser um joguete na mão dos dois poderes.

Espero que alguém ponha um pouco de água fria neste fervor, caso contrário, ninguém poderá condenar as tentativas de aproveitamento da religião, por parte de candidatos políticos por essas autarquias fora, ou os discursos políticos de padres por essas igrejas fora, principalmente agora que vem aí um período eleitoral intenso

Como dizem as escrituras: “ - A César o que é de César, a Deus o que é de Deus!”

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Negócios com Jesus

Muitas saudades tenho do Mês de Maio na minha Terra – o mês de Maria.

Para além de se sentir a Primavera a vir em força e a anunciar o Verão, para além do cheiro das árvores e flores que rebentam nos jardins, lembro-me de algo muito peculiar, de algo que neste mês eu fazia diariamente em criança com a minha avó: ir rezar o Terço à Igreja, a Novena.

Todos os dias do mês de Maio, lá ia eu e a malta toda para a Igreja, onde rezava o Terço, entoava os cântigos de Fátima, que ainda hoje me deixam, também eles, saudades e, claro, quando já mais crescidote, aproveitava para namoriscar as raparigas lá da Terra, no caminho da Igreja para casa.

Ora, hoje passados esses anos e já longe do cheiro das árvores e muito mais dos cânticos arrastados da minha avó, há uma frase dela que me ficou para sempre, a propósito das promessas que as pessoas faziam a troco de uma cura, da solução de um problema, disto ou daquilo: fazer negócios com Deus é pecado!

E eu digo, a propósito do mês de Maio agitado que por aí vai, lá para as bandas da Luz, principalmente em vésperas de um jogo Braga–Benfica e que também envolve promessas: fazer negócios com Jesus é pecado...pelo menos em vésperas de um jogo destes!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Magalhães, Bacalhau, Farinha Maizena e o resto da lista

Há tempos, o País ficou chocado porque o Primeiro Ministro português andava a vender computadores, algo pouco digno de um Primeiro Ministro esta coisa de andar a promover a venda de computadores.

Ora, os Governantes supostamente são eleitos para gerir a coisa pública, precisam que a economia funcione e produza receita fiscal, que suporte os cada vez maiores custos do Estado.Vivendo nós numa economia de mercado, em que a iniciativa privada é preponderante, de facto os Ministros não deviam promover negócios privados, mas de onde vem então a receita?

Fazem muito bem os governantes em promover os produtos e marcas portuguesas, como ainda agora o Presidente da República fez na Turquia, promovendo o Bacalhau Português… da Noruega.

O expoente máximo deste dinamismo publicitário e de apoio às marcas e produtos portugueses, foi atingido, pois claro, pelo próprio, o maior o Ministro da Economia, nada mais nada menos que o Rei da gaffe, mas que grande contributo deu à reabilitação de uma grande marca nossa: a Farinha Maizena, quando disse no Parlamento, que o Paulo Rangel precisava como muita p/ chegar aos calcanhares do Basílio Horta.

Se a moda pega...já estou a imaginar os discursos no Parlamento patrocinados pela Super Bock..."- o Sr Deputado andou mas é nos copos a noite toda e emburcou mas é umas bejecas da Super Bock" e assim serão dados muitos contributos à dinamização da Economia Nacional.

domingo, 10 de maio de 2009

Desemprego…uma oportunidade!

Após as considerações sobre as causas, acho que hoje já todos temos que nos concentrar na saída da famosa crise, porque negar que ela existe, seria como diz o ditado: “pior cego é o que não quer ver” e, portanto, devido a isto ou aquilo, sem dúvida que há crise e a face mais difícil, e visível dela é o desemprego.

Um dia destes, ouvia uma pessoa interrogar-se sobre o porquê de tanta gente dizer que há crise, não entendia. De facto, há que concordar que, ao contrário do Sol, a crise quando nasce não nasce para todos, e ainda bem.

No entanto, também é preciso dizer que já há 10, há 20 ou há 30 anos houve pessoas para quem havia uma enorme crise, porque elas tiveram a infelicidade de trabalhar em empresas que faliram, ou foram despedidas, e hoje já nem se lembram de tal situação, ou até agradecem a tal facto a boa situação que têm hoje, ou seja, em vez de nos atermos a generalizações, acho que há que ver, do ponto de vista da pessoa desempregada individualmente considerada, como sair da “sua” crise.

Sim, porque isto, é como a morte, todos sabemos que ela um dia virá, ou seja, se há coisa para que estamos preparados é para morrer, temos a certeza de um dia, todos morreremos, no entanto, não há crise maior do que a perda de alguém, no dia da sua morte.

Ora, com o Desemprego a situação é um pouco idêntica, todos sabemos que um dia nos pode bater à nossa porta, portanto, durante anos nos vamos psicologicamente preparando, mas na hora da verdade…deve ser duro, como no dia da notícia da morte de alguém querido.

Acontece, porém, que há uma pequena diferença: um desempregado…NÃO ESTÁ MORTO, logo, não há lugar a choros e portanto, há que aproveitar o “intervalo” que o Desemprego dá à pessoa, para ganhar fôlego, fazer rectificações de rumo, pegar no seu destino com muito maior segurança pessoal do que há anos, quando começou a trabalhar e há que construir algo de novo, aproveitando a sua experiência adquirida!

Se não fôr encarado assim o Desemprego, penso que este se pode revestir de uma situação perigosa, quer do ponto de vista financeiro, mas sobretudo do ponto de vista psicológico e social da pessoa desempregada, pois a quebra da rotina do trabalho pode originar desânimo e o baixar de braços.

Portanto, os que estão desempregados ou à beira disso são, ao fim e ao cabo, as pessoas mais disponíveis para contribuir para o fim da crise, criando negócios novos, tendo a vantagem de poder começar já expurgados dos vícios dos negócios mais antigos, que os levaram a falir!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Bloco Central ou um ataque à Democracia

De repente, do meio das conversas sobre a crise, surge alguém com a brilhante ideia de lançar outros temas para a discussão política, que não a crise económica. Tirando essa vantagem, não dá para entender o que é que pretendem esses pensadores com o lançamento deste assunto agora e desta forma.

Estando o País a vários meses das Eleições Legislativas e em plena campanha para as Europeias, altas individualidades do Estado resolvem antecipar-se ao veredicto das eleições, e há que começar a ditar já o que se deve fazer no dia a seguir à eleições.

Planear com tanta antecedência não é qualidade que normalmente se nos atribua a nós portugueses e muito menos em política, até porque, temos visto, em meias dúzia de meses tudo muda, inclusive lideranças partidárias e respectivos compromissos.

Ora, não sendo um planeamento normal, até porque está a condicionar a própria votação em si, o que pretendem estas altíssimas figuras do Estado, ao lançar com tanta antecedência a discussão sobre este assunto?

No mínimo, em minha opinião, estão a pôr em causa o sistema democrático e a passa um atestado de menoridade aos partidos políticos que, segundo eles, não são capazes de se entender, em assuntos importantes para o País.

sábado, 2 de maio de 2009

Então, os Piratas somos nós?!

Que em Portugal era possível piratear, ao nível das marcas de vestuário, de música, dos filmes, etc. etc. sob o olhar benévolo da opinião pública e quantas vezes até censurador das acções das autoridades, que tentam acabar com essa chaga nacional, como a ASAE, isso já todos sabíamos.
Agora, que enviamos meios militares navais e aéreos dos mais pesados e apetrechados que temos, ao abrigo da n/ participação na NATO, para patrulhar as águas na zona da Somália, que até lideramos actualmente essa força, prendemos ainda esta semana 19 piratas armados, mas que também aí, não somos capazes de ser eficazes, porque não temos Lei que o permita e temos que os mandar embora, deixando os bandidos de novo livres para actuar.
Isso, eu confesso que não sabia.
Qual é, então, a missão dos militares que lá andam a correr riscos? Que moral têm se são obrigados a soltar os piratas, mesmo quando apanhados em flagrante delito?

Com um sistema assim, é caso para perguntar como o outro:- “Então, os Piratas somos nós?!”

Painéis - porquê dos combustíveis e nas AE?

Já todos sabemos, está escrito, é uma regra que todos temos presente, a de que não se deve legislar a quente, não se devem tomar decisões no calor das discussões, se estivermos à beira de decidir no meio de acalorada discussão, devemos respirar fundo, deixar o assunto em banho-maria e no dia seguinte decidir.

Vem isto a propósito desta conversa dos painéis nas auto-estradas, indicando os preços dos não só dos combustíveis na Estação de serviço respectiva, mas sobretudo, o preço que se pratica nas estações seguintes.

Lembro-me que, no calor da discussão, no auge dos preços altos dos combustíveis, esta medida soava como música para os ouvidos dos martirizados consumidores, era preciso cair em cima dos malandros das petrolíferas, era preciso controlar os lucros, era preciso, enfim, já nessa altura, regular!

Hoje, à distância e numa altura em que os preços já bateram recordes contrários, mas sobretudo, numa altura em que o problema escaldante já não é esse, ocorre-me perguntar a quem defende esta medida, se esta será mesmo legal, ou seja abstracta e universal como se exige.

É que eu, durante um mês de trabalho, nas minhas deslocações diárias, gasto centenas de euros em combustíveis…e não faço um único quilómetro em auto-estrada, ora, será que eu não tenho direito a ter acesso à tal informação, à tal protecção do consumidor? Será que este serviço de espionagem comercial, de comparação de preços, decorre do pagamento da portagem?

Já agora, no meu caso, os combustíveis até nem são a maior despesa que tenho, a maior despesa mensal que tenho é no Leite, na Fruta, na Carne,…ora, porque é que à entrada do supermercado A não estão afixados painéis alertando que, ali, a fruta está pela hora da morte e que no supermercado B, ao lado, o preço está muito mais em conta?

domingo, 26 de abril de 2009

Santos, guerreiros e óleo de fritar

O País acordou hoje com os canais de televisão todos a transmitir, directamente de Roma, um acontecimento de crucial importância para Cernache do Bonjardim: a canonização de Nuno Alvares Pereira.

A partir de hoje, existe a possibilidade dos católicos, nos seus mais profundos momentos de reflexão, nos seus momentos de angústia, dirigirem as suas preces para o Homem que deu cabo do penacho aos espanhóis e os pôs a andar daqui para fora, a grande velocidade.

Tudo isto, graças à fraca qualidade de um determinado tipo de óleo de fritar:

In: http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=61937&seccaoid=3&tipoid=108

“A cura milagrosa reconhecida pelo Vaticano foi relatada por Guilhermina de Jesus, uma sexagenária natural de Vila Franca de Xira, que sofreu lesões no olho esquerdo por ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe.”

Valha-nos Deus!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Outra vez os ingleses!

Depois do DVD de hoje, em que o Inglês Charles Smith aparece a insultar o País com um desdém incrível pelos políticos, e restantes instituições, e claramente a assumir que desviou dinheiro do Freeport, porque é isso que está em causa naquele interrogatório, vemos os analistas portugueses, os mesmos de sempre, a dar uma enorme credibilidade a um vigarista assumido destes!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Ou a coisa está mesmo preta…

Aconteceu ontem em Londres, o que muitos chamam já de uma Cimeira Histórica a bem da recuperação económica mundial, graças à unanimidade e ao acordo conseguido entre os principais 20 Países do mundo.

Ora, eu, acho que aquilo que faz tanta gente estar alegre é justamente o que me faz ficar apreensivo e consciente de que de facto estamos metidos numa alhada sem saída. Com efeito, como se pode conceber que, em matéria económica, em assuntos de mercado, em assuntos em que o único motor da recuperação é a re-activação do comércio, logo da concorrência entre Países, como é possível estarem todos de acordo, tudo muito pacificamente aceite?

Das duas uma: ou são acordos para ficar no tinteiro, ou a coisa está mesmo preta…

domingo, 29 de março de 2009

País de optimistas!

Depois do empate ontem contra a Suécia, depois de termos a não participação no Mundial de África do Sul praticamente garantida, vemos o Seleccionador Carlos Queirós e os jogadores dizerem que ainda há esperança.

E ainda há quem diga que somos um País de pessimistas, o País do Fado?

O áís deve pôr os olhos na abnegação e crer destes jovens e lusos trabalhadores.

terça-feira, 24 de março de 2009

Já não aguento este jet set sportinguista!

Já não há pachorra para aturar os senhores sportinguistas. Passaram a época a chamar nomes ao árbitro e arvoram-se em arautos do fair play, un clube diferente.

Nestes últimos dias eu pergunto-me até que ponto serão as opiniões de comentadores e dirigentes uma encenação, para obter audiências, pois de racionais nada têm tido.

Parecem peixeiras, que me perdoem as senhoras, histéricas, mal criadas, de quem qualquer reles Zé Pagode se envergonharia, caso ouvisse a sua mulher a gritar nestes termos.

Aonde está o chá, meus senhores?

A fim e ao cabo, têm um Visconde na sua história…

Os apoios ao têxtil e calçado

Os apoios que de tempos a tempos são anunciados pelos governantes, sendo positivos, não têm o efeito salvador que um espectador menos atento ou menos informado possa imaginar.

Em geral, toda a gente sabe que só podem aceder a fundos e ajudas, empresas viáveis, empresas com autonomia financeira, porque é de empréstimos que estamos a falar, a custos mais vantajosos, mas empréstimos ao fim e ao cabo.

É lógico que não passaria pela cabeça de ninguém que o Estado começasse para aí a dar dinheiro e muito menos a empresas falidas, mas às vezes parece da mensagem que passa.

Infelizmente as Empresas fecham, fecham porque se tornam inviáveis, sobretudo por falta de mercado...e isso, não há ajuda do Estado que resolva.

Numa palavra, apenas podem aceder às ajudas quem tem viabildade e isso...está cada vez mais difícil se se ter, quando não há encomendas.

terça-feira, 17 de março de 2009

Escolas para minorias

Na ânsia de defender as minorias, venham elas de onde vierem, o BE levantou a agora a questão de uma Escola em Barcelos, que dedica à etnia cigana uma sala só para eles.

Ora, não vejo onde está o problema: se os Ingleses que cá estão, se fecham em herméticos colégios, onde nenhum portuga consegue cheirar, se os meninos de pais adeptos do militarismo são enfiados em escolas exclusivas e que treinam os miúdos para o efeito, porque carga de água, não hão-de os ciganos poder ter a sua Escola?

Porque é que o BE nunca se manifestou contra o Colégio Militar, o Colégio Alemão?

Será que os ricos têm direito a uma escola exclusiva, e os pobres não?

sexta-feira, 13 de março de 2009

Jogos de vídeo violentos…e pão sem sal

Assistimos esta semana a uma das maiores tragédias, mas não única, aliás já se vai tornando quase um hábito, os massacres nas escolas, feitos por adolescentes armados.
Em quase todos os casos tanto na Europa, como nos EUA, se constata que os jovens autores dos massacres, eram viciados em Jogos de Vídeo Violentos.
Há vários anos que psicólogos, cientistas, especialistas garantem que os jogos de vídeo violentos podem tornar o jovem num violento psicopata.
Até hoje, os países assistem impávidos e serenos a esta tragédia e não proíbem estes jogos a menores.
No entanto, preocupam-se, isso sim, em proibir-me de comer o meu pão com manteiga de manhã, manteiga e pão com sal logicamente, porque querem preservar a minha vida…ou será isto tudo, uma questão de contabilidade de custos e proveitos, sim, enterrar jovens mortos por fuzilamento de metralhadora, sai muito mais barato ao Estado do que tratar hipertensos...

quarta-feira, 11 de março de 2009

FCP nos quartos - desgraça p/ 2ª.Circular

O FC Porto acaba de passar uma importante fase da Liga dos Campeões, como que isso significa de trágico para os clubes da 2ª. Circular.

Sim, o FCPorto vai encaixar verbas, não só devido aos jogos que a UEFA paga a peso de ouro, mas sobretudo pelas vendas de jogadores que, provavelmente, vai conseguir fazer à custa das exibições que aí vêm, garantirá assim mais duas ou três épocas de preponderância sobre os mais directos concorrentes, que se limitarão a ser aviários, onde os pintos se criam mas não se vendem, e passam a vida a querer ser galos com a crista levantada, ou meros entrepostos de artigo de 2ª. escolha.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

PEQUENOS E MÉDIOS POLÍTICOS

O País politico tem estado meio adormecido, ou meio atordoado, por causa da crise económica, que veio baralhar completamente as contas aos estrategas de marketing político.

De facto, estando o País à porta de um ciclo eleitoral, como nunca teve, surpreendia o facto de os partidos ainda não terem iniciado as suas campanhas.

Digo surpreendia, porque esta semana, de repente, os principais partidos se decidiram e, finalmente, vamos começar a ter política, espero, que não seja até fartar.

Para já, o Partido Socialista, por força do Congresso a realizar esta semana, dará aí o tiro de partida e, então, ficaremos a conhecer as linhas mestras da sua campanha.

Já quanto ao PSD, está clara a estratégia, o objectivo, tudo: as Pequenas e Médias Empresas.

Ora, mal começa o PSD, pois ninguém acredita que, de repente, a Dama de Ferro, a defensora do défice, tenha dado uma reviravolta nas suas ideias e convicções de contenção orçamental, para de repente falar ao pequeno almoço, ao almoço, ao lanche e ao jantar: as Pequenas e Médias Empresas…

Quando vejo este aproveitamento político do desespero e da grave situação económica que o País atravessa, por parte da classe política, só me apetece dizer: que pequenos e médios políticos nós temos.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Estou preocupado

Estou preocupado, porque já passaram 24 horas sem que haja m único novo desenvolvimento do chamado caso "Freeport"...se continua assim, lá vamos ter que gramar de novo com os noticiários cheios de encerramentos de empresas...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Política e justiça

O País clama por justiça, o País exige que a Verdade venha ao de cima, o País exige Justiça, porque não se admite que Políticos sejam corruptos.

O País grita, esbraceja, fica à beira de um ataque de nervos, enquanto a figura política é indicada pela imprensa como potencial suspeito.

Quando o potencial suspeito passa a suspeito, a fúria passa a ligeira zanga, perante um suspeito, o País sente-se defraudado.

Se na sequência do processo, o suspeito passa a arguido, aí o País sente ainda alguma vontade de justiça, ainda deseja que o Político pague pelo mal que nos fez, por aquilo que roubou.

Mas quando o Político é acusado, aí o País já entra na fase do desinteresse pelo caso, porque tem mais com que se preocupar, e o Político enfim, se calhar até é um vítima do sistema.

Mas, se de acusado, o Político passa a culpado, aí o País passa não só a admirar as qualidades e a esquecer o que levou o Político a ser um dia essa coisa terrível, criminosa que é ser potencial suspeito e passa a ter até um sentimento de protecção da vítima da justiça, do pobre do acusado, atingindo este os mais altos níveis de simpatia e popularidade junto da população.

Neste jardim à beira mar plantado, neste País de brandos costumes vale a pena ser culpado, porque apenas potencial suspeito, enfim, é algo que eu não desejo nem ao meu maior inimigo.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Que Juízes que nós somos

Que raio de País é este que se exalta, que se irrita, que se entusiasma que condena na praça pública, pessoas antes de estas serem indiciadas, políticos que muito menos foram a julgamento e, ao mesmo tempo, aplaude, perdoa, tolera compreende políticos em relação a quem existem indícios, muitas vezes já foram a julgamento e alguns até condenados.

Isto é um País esquizofrénico: grita Ladrões, Gatunos! Antes de os políticos serem constituídos arguidos e depois de serem condenados, ou esquece ou, enfim, tem aquela proverbial compreensão e simpatia: Coitado, se calhar até é uma vítima!

Como disseram os primeiros romanos que cá chegaram: é um Povo que não se governa, nem se deixa governar!

sábado, 3 de janeiro de 2009

DESEMPREGO NO NORTE – 2005/ 2008 -

Depois de todos entrarem em depressão quase esquizofrénica, com esta história da crise, só faltava o Presidente da República, para completar o leque do pessimismo.

Ufa…até que enfim, daqui para a frente, vai ser só realidades positivas, porque como alguém já disse, se eles se enganaram não prevendo a crise, agora também se vão enganar e bons tempos vão vir.

É que, perante tamanha avalanche de pessimismo, durante estes dias das Festas, dei-me ao trabalho de ir consultar os dados e, a não ser que sejam falsos, acho que há algo nesta história toda que não bate certo, principalmente no que respeita ao DESEMPREGO NO NORTE, nos últimos anos de Governo socialista que a Oposição, Presidente e Analistas tanto tem feito crer que foi negativíssimo.

Farto de aturar então falsos adivinhos, decidi ir à fonte oficial, às estatísticas do Ministério do Trabalho e constato os seguintes dados relativos ao desemprego da Região Norte, nos anos :

TOTAL DESEMPREGADOS - NO MÊS DE OUTUBRO
- Norte:
2005 - 220.962
2008 - 180.570

DESEMPREGADOS HÁ MAIS DE UM ANO - NO MÊS DE OUTUBRO
- Norte:
2005 - 106.241
2008 - 78.535

Portanto no Norte há hoje menos quase 30.000 desempregados do que havia há 3 anos.

Por outro lado, a descida é constante e, nessa descida estão incluídos os desempregados de longa duração.

Ora, Srs analistas, expliquem-me lá que história é essa de passarmos, de repente, de bestiais a bestas? Não será apenas resultado de se ter entrado em ano de eleições? Análises fazem-se ao que já se conhece, em relação ao que está para vir, fazem-se previsões, e aí, parece que os Srs não são grandes especialistas…

Espera-se que impere o bom senso e que não haja aproveitadores demagógicos dos ventos de crise que, de facto sopram e vão concerteza afectar-nos.

N.b. O meu raciocínio é baseado nos dados acima mencionados e que foram retirados de, pelo que, caso sejam falsos, desde já me penitencio e peço que me indiquem outras fontes:
http://www.iefp.pt/estatisticas/MercadoEmprego/ConcelhosEstatisticasMensais/