domingo, 28 de junho de 2009

Nós os que ainda vos ouvimos

Estão lançados os dados : temos eleições daqui até meados de Outubro.
Digamos que se aproxima uma época, como no ano passado em que tivemos uma barrigada de desporto: Campeonato da Europa e Jogos Olímpicos juntos, desde Junho até Setembro.

Ora, ligar a televisão e ver jogos de futebol, ou corridas de atletismo, ainda vá que não vá, há ali algo de interessante e até motivador da prática desportiva e saudável. Já ligar a televisão e ouvir ora resultados de sondagens, ora tempos de antena, ora noticiários de visitas a feiras e mercados, ora debates televisivos sobre os resultados das sondagens, sobre tempos de antena, sobre os noticiários de visitas a feiras e mercados, já é algo que pode vir a merecer alguma repulsa por parte da minha pessoa.

Portanto, senhores analistas, vendedores de imagem e outros propagandistas, façam lá bem as vossas contas, caso contrário, poderão vir a assistir a resultados surpreendentes no que respeita à abstenção.

Por outro lado, digam lá aos vossos políticos que a malta, enfim, aquela que ainda os ouve e vai no dia das eleições assinar por baixo os programas deles, não gosta muito de ser tomada por lorpa, por isso, vejam lá como fazem os programas e campanhas eleitorais, porque nós os que ainda votamos somos os únicos que ainda vos ouvem e, claro, por isso queremos ser considerados inteligentes.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A PT, a TVI e os árbitros de futebol

De repente, de uma intervenção do Primeiro Ministro, no Parlamento, nasce uma polémica que no seu segundo dia, já vai no Presidente da República: o negócio em curso de compra de 30% da TVI, pela PT.

Não sendo especialista em finanças, lembro-me que da última vez em que houve ao fracasso da compra da PT pela Sonae, meio mundo gritou que o Governo não se devia meter, que devia abdicar da sua Golden Share e deixar o mercado funcionar.

Agora, aqui d’el Rey que a PT está a fazer um mau negócio e quem está por detrás é o Governo e isso tem que ser muito bem explicado e transparente, pede meio mundo mais o Presidente da República.

Fico baralhado com esta alteração de postura, mas como não percebo muito de finanças, até daria o benefício da dúvida se a razão da indignação fosse um assunto meramente financeiro.

Mas não! O que toda a oposição grita é que por detrás esta operação financeira, está uma tentativa de manipulação da informação, por parte do Governo….como se fosse lógico e natural que os jornalistas abdiquem constantemente da sua deontologia e sejam a voz do dono, com esta facilidade toda.

Discussão idêntica a esta, e acusações subliminares igualmente graves, costumam ser feitas, quando os dirigentes desportivos discutem descaradamente quem manda ou não nos órgãos da arbitragem no futebol, dando-se como adquirido e pacífico que quem manda nesses órgãos logicamente influencia a independência dos árbitros…

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Quem ganha com os exames fáceis?

Ao ouvir falar das enormes facilidades que se têm colocado nos exames nacionais, nomeadamente em Matemática e em Português, todos ficamos com a impressão de que em todas as análises está subjacente o interesse do Governo em obter bons resultados, p/ ter de que se orgulhar.

Ora, poderá ser, mas todo este massacre está a esconder algo, quanto a mim, mais grave e é a enorme ajuda que, desta forma, se dá aos Colégios e Externatos privados.

Como todos sabemos, existe uma tendência muito grande para que nos colégios as notas sejam empoladas. Poderá haver aspectos positivos em muitos externatos, mas também é verdade e sabido, que em muitos desses estabelecimentos, principalmente aqueles que se especializam em formar candidatos a Medicina, as notas internas são praticamente garantidas e, regra geral, são bastante mais altas do que as verificadas nos exames nacionais.

Ora, ao baixar o nível de exigência dos exames nacionais, essa diferença esbate-se, ou seja, o aluno que tem 20 no colégio, se o exame for fácil, facilmente obterá algo perto disso.

Já, se o exame for difícil, como sempre foi, vem ao de cima a tal diferença e o aluno bom do ensino público ou privado, vê o seu esforço recompensado.

Numa palavra, exames fáceis só beneficiam os alunos que têm notas manipuladas em prejuízo dos verdadeiramente bons alunos.

domingo, 21 de junho de 2009

E de repente…os ex-governantes falaram!

O País e o Mundo estão mergulhados, uns países mais do que outros, numa crise, pelos vistos, sem precedentes.

Há quem diga que, desde a Grande Depressão dos anos 30, não havia acontecidos nada parecido. Entretanto, a corrida aos livros de autores e economistas dessa época, nos primeiras semanas foi uma loucura, não havendo um teórico, um comentador, que não citasse o tal do Keynes.

Keynes, foi um defensor da acção do Estado, como regulador, como moderador do apetite avassalador dos privados pelo lucro a qualquer preço, e que, de repente pode atirar para depressão.

Assim, assistimos nos últimos meses a autênticas metamorfoses e, perante a hecatombe dos impérios financeiros, vimos os acérrimos defensores do liberalismo e do mercado livre a clamarem por intervenção do Estado, como ainda agora, a propósito da roubalheira no BPN, vimos o representante do Partido mais à direita, Nuno Melo do CDS, a gritar que o Banco de Portugal devia andar em cima dos bancos por forma a verificar todos os seus actos, minuto a minuto.

Por outro lado, a dinamização da economia, numa situação destas, como dizia Keynes, só pode ser feita pelo Estado.

E tudo se encaminhava nesse sentido, no da importância que todos atribuem ao Estado, até que, de repente, não se sabe muito bem porquê, aparece um grupo de economistas, tidos como os senhores da sabedoria, os doutores, aqueles que sabem disto, e resolvem pôr tudo em causa e ditam as suas leis:

Pare-se tudo! O Estado não pode gastar dinheiro!
As obras que até aqui eram fundamentais deixam de o ser e pronto!

Que o digam, enfim, não me surpreende, porque ver economistas a “fazer prognósticos no fim do jogo” é aquilo a que já nos habituamos, agora, o País a levar a sério um grupo de economistas que tem como grande bandeira: não serem governantes…

Como alguém dizia, em Portugal o bom não é ser-se governante, o bom é ser ex-governante!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Tirem o Queirós da selecção!

O Queirós tem que sair da selecção!

O Queirós transformou a selecção no chupa-chupa que se dá aos meninos bem comportados da seamana, e num ano já lá vão 40 meninos diferentes contemplados!

Sr Queirós, os seus métodos experimentalistas e cheios de ciência estão concerteza correctos, mas nós portugueses só queremos uma coisa: ver jogar à bola, nada mais!

(Tirem o Queirós da selecção)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Contributos p/ sairmos da crise: "As minhas poupanças estão desaparecidas"

Só faltava esta: vir o Presidente da República, ilustre economista, ajudar à missa do enterro da economia nacional!

Efectivamente, depois de meses a tentar fazer discursos de optimismo, discursos a puxar para cima, bastou alguém levantar a questão de o Presidente ter tido, no passado, acções da SLN, para ele "se espalhar ao comprido", em minha opinião.

Que anda tudo pelas ruas da amargura, em termos de finanças neste País já nós sabemos, agora, se até o Presidente da República, ilustríssimo Professor de economia e Finanças e ex-governante cheio de experiência, foi engulido e "ludibriado" nos seus investimentos...imagine-se o que pensará o comum do investidor, para não falar no desgraçado do contribuinte!

Não tenha dúvida Sr Presidente, assim, com exemplos desses...só mesmo debaixo do colchão, mas isso atira com o País para o tempo da outra senhora....