domingo, 21 de junho de 2009

E de repente…os ex-governantes falaram!

O País e o Mundo estão mergulhados, uns países mais do que outros, numa crise, pelos vistos, sem precedentes.

Há quem diga que, desde a Grande Depressão dos anos 30, não havia acontecidos nada parecido. Entretanto, a corrida aos livros de autores e economistas dessa época, nos primeiras semanas foi uma loucura, não havendo um teórico, um comentador, que não citasse o tal do Keynes.

Keynes, foi um defensor da acção do Estado, como regulador, como moderador do apetite avassalador dos privados pelo lucro a qualquer preço, e que, de repente pode atirar para depressão.

Assim, assistimos nos últimos meses a autênticas metamorfoses e, perante a hecatombe dos impérios financeiros, vimos os acérrimos defensores do liberalismo e do mercado livre a clamarem por intervenção do Estado, como ainda agora, a propósito da roubalheira no BPN, vimos o representante do Partido mais à direita, Nuno Melo do CDS, a gritar que o Banco de Portugal devia andar em cima dos bancos por forma a verificar todos os seus actos, minuto a minuto.

Por outro lado, a dinamização da economia, numa situação destas, como dizia Keynes, só pode ser feita pelo Estado.

E tudo se encaminhava nesse sentido, no da importância que todos atribuem ao Estado, até que, de repente, não se sabe muito bem porquê, aparece um grupo de economistas, tidos como os senhores da sabedoria, os doutores, aqueles que sabem disto, e resolvem pôr tudo em causa e ditam as suas leis:

Pare-se tudo! O Estado não pode gastar dinheiro!
As obras que até aqui eram fundamentais deixam de o ser e pronto!

Que o digam, enfim, não me surpreende, porque ver economistas a “fazer prognósticos no fim do jogo” é aquilo a que já nos habituamos, agora, o País a levar a sério um grupo de economistas que tem como grande bandeira: não serem governantes…

Como alguém dizia, em Portugal o bom não é ser-se governante, o bom é ser ex-governante!

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