quarta-feira, 24 de junho de 2009

Quem ganha com os exames fáceis?

Ao ouvir falar das enormes facilidades que se têm colocado nos exames nacionais, nomeadamente em Matemática e em Português, todos ficamos com a impressão de que em todas as análises está subjacente o interesse do Governo em obter bons resultados, p/ ter de que se orgulhar.

Ora, poderá ser, mas todo este massacre está a esconder algo, quanto a mim, mais grave e é a enorme ajuda que, desta forma, se dá aos Colégios e Externatos privados.

Como todos sabemos, existe uma tendência muito grande para que nos colégios as notas sejam empoladas. Poderá haver aspectos positivos em muitos externatos, mas também é verdade e sabido, que em muitos desses estabelecimentos, principalmente aqueles que se especializam em formar candidatos a Medicina, as notas internas são praticamente garantidas e, regra geral, são bastante mais altas do que as verificadas nos exames nacionais.

Ora, ao baixar o nível de exigência dos exames nacionais, essa diferença esbate-se, ou seja, o aluno que tem 20 no colégio, se o exame for fácil, facilmente obterá algo perto disso.

Já, se o exame for difícil, como sempre foi, vem ao de cima a tal diferença e o aluno bom do ensino público ou privado, vê o seu esforço recompensado.

Numa palavra, exames fáceis só beneficiam os alunos que têm notas manipuladas em prejuízo dos verdadeiramente bons alunos.

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