sábado, 20 de novembro de 2010

Um escudo anti-yuan

Quando há uns anos começamos a ouvir falar de que as embaixadas deviam começar a ter um papel importante em assuntos económicos, não esperàvamos chegar a 2010 e constatar que, de facto, a estratégia mundial de hoje está nas mãos…dos mercados.

Se há vinte anos, o mundo estava divido em dois blocos militares, hoje o mundo está dividido entre os que produzem e os que consomem. Do lado dos primeiros está o emprego total, o crescimento alucinante e, claro, o dinheiro.

Do outro lado da barricada, está um grupo de países consumidores, de mão estendida e completamente submetidos ao poderio de quem produz, os gigantes asiáticos com a China à cabeça.

Ora, compreende-se que na Cimeira da Nato a decorrer em Lisboa, até os manifestantes tenham dificuldade em...manifestar-se...vão manifestar-se contra quê? - Contra os bombardeamentos de t-shirts ou dos sapatos baratos, vindos da China? Contra os porta-contentores que cada vez mais povoam os nossos mares? Se ao menos houvesse Bush...

Numa Cimeira em que se discute a implantação de um novo escudo anti-míssil, deviam os generais da Nato discutir… um escudo anti-Yuan, caso contrário, um dia destes somos todos reféns da agressiva produção do bloco chinês.