sábado, 30 de junho de 2007

ABRAM ALAS….PARA O CONSUMO

Decorre hoje e amanhã em Oeiras um mega evento, desses em que os Verões se tornaram ricos nos últimos anos, regra geral patrocinados por grandes marcas e, até aqui, destinados aos jovens.

Disfarçados sob a capa da divulgação da música, da convivência em sociedade, da promoção dos valores ambientais, as grandes marcas descobriram a galinha dos ovos de ouro nomeadamente no que à promoção do consumo de álcool diz respeito.

É ver o que dizem os especialistas, sobre o aumento do consumo de álcool que se verifica em jovens de quinze ou dezasseis anos. Vêm aí, novamente, uma geração de bêbados, talvez porque nunca viram nem sofreram na pele as consequências de ver o pai chegar bêbado a casa, pois a geração dos pais deles, a que eu pertenço, foi uma geração pouco virada para o álcool, mas também e sobretudo porque as marcas de cerveja e outras bebidas têm uma legitimidade, uma imagem que só falta o Padre na Igreja receitar umas cervejas ou uns shots para irem p/ o céu.

De facto, a força do dinheiro que têm as cervejeiras leva a que se dêm ao luxo de promoverem tais mega concertos onde o apelo à bebedeira é escandalosamente feito e tolerado pelas autoridades. Aliás, as autarquias digladiam-se por conseguir o alto patrocínio das cervejas.

A coisa é de tal maneira escandalosa, que agora, até a Liga Portuguesa de Futebol cedeu ao Brilho do vil metal, para deixar que a nova Taça da Liga, imagine-se, tenha o nome de uma cerveja.

Mas afinal o que é isto? Que mensagens pretendemos passar aos jovens? Numa altura em que se legisla para perseguir os fumadores, como se de criminosos se tratassem, permite-se que um campeonato desportivo leve o nome de uma Cerveja?

Já só faltava mesmo atacar os bebés e recém-nascidos, ora, em Oeiras também esses estão hoje e amanhã a ser massacrados não pelo álcool, mas pelos hipermercados, e todo o tipo de marchandising, apelando ao consumo, só espero no próximo ano, a festa não seja já patrocinada por uma marca de cerveja….

sexta-feira, 29 de junho de 2007

METEOROLOGIA A FAVOR DE ANTÓNIO COSTA

Todos nos lembramos dos idos anos do Governo Guterres em que o Ministro da Administração Interna era o Fernando Gomes. Como íamos esquecer, provavelmente o Verão mais agitado de todos os tempos em Portugal?

Ele foram as Touradas em Barrancos, por culpa do Fernando Gomes, ele foram os assaltos na CREL, por culpa do Fernando Gomes, ele era assaltos em todas as esquinas, por culpa do Fernando Gomes, e, claro os incêndios por culpa do Fernando Gomes.

Ora, aí está o porquê de nós no Norte sermos uns desgraçados: é que para se ser alguém também é preciso ter sorte e o Fernando Gomes, como todo o Norte não foi um homem de sorte.

Senão, veja-se o caso do António Costa, Ministro da Administração Interna durante dois anos, resolve candidatar-se, ele no sentido contrário ao Gomes, á Presidência de uma Câmara e veja-se se o homem não nasceu com ele virado para a lua: um ano chuvoso em meados de Junho, a evitar os incêndios, esses devoradores de políticos….dá ideia que até ele ser eleito Presidente da Câmara.

Quando os opositores se preparavam para atacar António Costa por não ter dotado os Bombeiros dos indispensáveis meios de combate aos incêndios, eis que não há incêndios.

Não há dúvida é preciso ter sorte……

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Deus nos livre do Prós e Contras

Nos últimos tempos, o País habituou-se a ver os assuntos polémicos que agitam a opinião pública durante mais tempo, os assuntos mais importantes, a desaguar no programa semanal da RTP “Prós e Contras”.

Sem dúvida o programa passou a ser uma referência do mundo da informação, e é tido pelos mais ilustres figurões da Nação, como o local onde toda a gente quer ir beijar a mão à Fátima Campos Ferreira.

Acontece, que quase todos os assunto que aí vão parar, acabam por aí morrer. Digamos que o Prós e Contras é o epílogo das polémicas e das grandes lutas deste País.

Foi assim com a Ota, foi assim com o caso do Sargento, enfim quantos assuntos já morreram no Prós e Contras?

Ora, quando no fim de semana passado, vi anunciado o “Prós e Contras” sobre os problemas do Norte, eu não queria acreditar: iam matar a discussão e resolução dos problemas do Norte….a ver vamos, oxalá me engane.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

A tragédia do Nicolai - A força do destino?

Tive conhecimento da morte do funcionário da BP da Via Norte, que tratava da lavagem dos carros. Vá-se lá entender esta coisa do destino: vem um jovem, casado, pai de uma criança cheio de saúde, vontade de lutar pela vida e, sobretudo competente no que fazia, dizia eu, vem por aí abaixo quando de repente lhe cai um automóvel em cima.

Estou a falar literalmente, porque, a avaliar pelas notícias, foi o que aconteceu. Quando Nicolai varria, da parte de entro da Estação de serviço, por volta das 7h00 da manhã, eis que vem um automóvel desgovernado, galga a vedação e mata o homem.

Sinceramente fiquei chocado com a notícia, porque era um caso que eu até já tinha citado, como exemplo de alguém, eficaz que, salvo erro, desde que passou a ocupar aquele lugar fazia melhor sozinho o trabalho que, provavelmente dois ou três portugueses juntos, tal era a serenidade com que fazia o seu trabalho.

À sua família e colegas os meus sentimentos.

domingo, 24 de junho de 2007

DOMINGO À NOITE SEM GATO FEDORENTO

Domingo à noite sem Gato Fedorento, Domingo à noite sem futebol, Domingo à noite com Marcelo sem assunto.....é mesmo domingo á noite de início de época estival....por sinal bem cinzento, chuvoso, tristonho que mais parece Setembro ou Outubro.

Domingo à noite sem Gato Fedorento, vai ser Domingo triste, inventem lá outro gato qualquer, porque a malta precisa des comprimir, rir, para entrar bem na semana, ou seja, esquecer que vai entrar na semana.

Aeroporto Francisco Sá Carneiro

Segundo notícias vindas hoje a público, o Aeroporto Francisco Sá Carneiro foi considerado o 3º. Melhor da Europa.

Não me surpreende que tal aconteça, dada a beleza, funcionalidade e, sobretudo, a luz e o bom ar que se respira neste novo aeroporto.

Sem dúvida, uma obra de arquitectura digna de ser realçada.

Já não me parece tão digno de realce, o sobredimensionamento do mesmo, pois qualquer utilizador assíduo do aeroporto constata que tem para ali balcões, portas e mangas que nunca mais acabam, quando se olha ao movimento do aeroporto.

É certo que tem vindo a aumentar e aumentará mais no futuro, mas será muito difícil acreditar que um dia ele estará a ser totalmente usado.

Uma coisa que a mim me faz arrepiar os cabelos, é a quantidade de luzes acesas, por todo o aeroporto, quando se vem num voo ali por volta das nove horas da noite. Vê-se um ou dois aviões na pista e todos o aeroporto iluminado, não só por fora, como facilmente se compreende ser necessário, mas também por dentro duma ponta à outra.

Em resumo, sem dúvida uma grande e bela obra, mas a questão é sempre a mesma: teremos nós capacidade p/ pagar tais luxos?

OS "MEUS IMPOSTOS"

- Para onde vai o dinheiro dos meus impostos?
- Porque é que os meus impostos têm que pagar todos estes luxos?
- Eu pago os meus impostos
- Não autorizo que os meus impostos vão contribuir para o vício de alguns.
Contribuir com os meus impostos para criar clínicas de aborto? ...
- Mas afinal os meus impostos servem para pagar exactamente o quê?
Só tenho pena dos meus impostos que são mal usados.
- O que fazer para decidir o destino a dar aos meus impostos?
- O que me chateia é o dinheiro dos meus impostos ter que pagar ordenados a empregados do Estado.
- Eu defendo que os meus impostos paguem um bom Serviço Nacional de Saúde.
- Já sou sério ao pagar os meus impostos!
- Espero que não seja com o dinheiro dos meus impostos.
- O que ele ganha sai do meu esforço, do meu trabalho, dos meus impostos.
- Mas sem os meus impostos ao barulho.
- Sou um cidadão honesto e procuro me manter assim mesmo sabendo que meus impostos financiam vida boa para gente desonesta.
- Contribuir com os meus impostos para financiar os estabelecimentos prisionais?
- Os meus impostos são usados para muitas coisas com as quais não tiro benefícios.

As frases acima tirei-as ao acaso da Internet, mas são frases que diariamente ouvimos sair da boca das pessoas mais bem conceituadas deste País.

Afinal, o que é isto do meus impostos?

Segundo o Dicionário Editora, o significado da palavra IMPOSTO é: tornado obrigatório por lei ou por determinação superior; a que se é forçado; posto sobre, colocado.

Ora, se é algo que nos é imposto, porque raio de carga de água nos pomos para aí a ditar destinos para esse dinheiro, se de facto não o fazemos de livre vontade.

Quem lê a maioria das frases acima, podia perfeitamente imaginar que imposto era algo que um benemérito dá à sociedade, sei lá, algo que doamos e queremos ver bem aplicado.

Ora, não há maior falsidade de sentimentos, pois ninguém deu nada e muito menos daria se a tal não fosse obrigado, portanto, porque é que se arma em benemérito, qual Regojo a dar máquinas aos hospitais ou Gulbenkian a deixar a sua fortuna?

Acresce a isto dizer que, regra geral, quem profere tais frases e demonstra tais preocupações com o uso do dito dinheiro, é, regra geral gente que só não foge se não puder, porque a esmagadora maioria, aqueles de cujo trabalho sai a esmagadoríssima maioria da receita fiscal, esses nem se queixam, porque, regra geral nem chegam a ver ou aperceber-se do seu contributo, pois é , como se diz RETIDO NA FONTE.

Quem regra geral, grita esta alarvidades, são pessoas que, ou por um engano do seu engenheiro financeiro, ou porque venderam uma Herdade que vem lá dos trisavós, ou porque acabaram de ter umas mais-valias vindas de umas acções, que originaram o tal pagamento ao qual deviam ter fugido como sempre, são esses que bradam aos céus pelo bom uso do seus impostos.
Porque vamos lá a ver uma coisa: se é imposto, nunca na vida seria dado, caso a tal não fossemos obrigados, sejamos honestos…

O REINO DOS CALOTES

Aqui há uns anos, não muitos, a honestidade das pessoas era medida, essencialmente pela capacidade de honrar os seus compromissos.
Havia um enorme esforço por não deixar manchar o seu nome na praça, pois, para além de isso ser uma nódoa no seu carácter, era também impeditivo de obter crédito, por parte dos amigos, familiares ou até na mercearia.

Entramos na era do desenvolvimento, as pessoas começaram a ser incentivadas ao consumo pelas grandes marcas que de bens quer de serviços, entrando pela porta dentro – sobretudo via televisão – a oferecer mundos e fundos, mesmo a quem não tivesse onde cair morto, nem dinheiro para fazer cantar um cego.

Bastava existir e podia ter acesso a todo o tipo de bens, era a democratização total da economia de um dia para o outro. As pessoas começaram a ouvir grandes empresários gritar aos sete ventos, que sem dívidas o mundo não avança, lembro-me de ser dado como exemplo do absurdo, câmaras municipais e juntas de freguesia que chegavam ao fim do seu mandato com dinheiro em caixa.

De repente, quem não tivesse contraído um empréstimo, quem não estivesse endividado até às orelhas era um artolas, era alguém que não é deste tempo.

O que é isso de esperar por ter dinheiro para comprar aquele carro de que tanto se gosta, as férias pois então? Só daqui por cinco anos é que conto ter dinheiro? Compro já, porque vou já usufruindo dele, recorrendo obviamente a um empréstimo.
Ao fim de dois ou três empréstimos deste género, os portugueses passaram a sofrer as consequências, e anda tudo maluco, porque, começaram por perder o bem precioso que, esse sim, será o único que justifica o empréstimo – a casa – para a seguir os tribunais, a mando das tais empresas e Bancos que prometeram mundos e fundos na publicidade, chegarem à humilhante situação de reterem salários directamente no emprego….

Esta é a situação a que se chegou em termos das pessoas e famílias, o que eu não entendo é porque ainda não se passa o mesmo, ou quanto tempo vai demorar a acontecer o mesmo às Câmaras Municipais (toda a gente diz com a maior tranquilidade que a de Lisboa tem uma dívida de mais de 500 milhões de euros, como se de tostões se tratasse, os clubes profissionais de futebol, outros 500 milhões de euros de dívidas e por aí fora.

Está instituído o REINO DOS CALOTES!