sábado, 14 de julho de 2007

Quando a esmola é grande o santo desconfia

A propósito dos casos trágicos que têm vindo a lume em catadupa, sobre mortes, cancros e reformas que deviam ter sido dadas e não foram, quando vejo casos, claríssimos, graves, trágicos, postos desta forma na comunicação social, provocando lágrimas de crocodilo aos políticos, regra geral na oposição, DESCONFIO SEMPRE.

Coincidência, serem 3 casos de PROFESSORES...volto a dizer, com casos trágicos pessoais nem sequer há discussão, mas eu pergunto:
- Tendo o sr de Braga morrido em Janº, porque é que o assunto teve agora o impacto que teve? - Porque é que os Srs que hoje se atiram para os organismos que avaliaram mal a situação, não alteraram a lei quando estavam no Poder?
- Será que não há outras vítimas, que não Professores?
- Será que o ênfase dado a estas tragédias, tem a ver com isto, que há bem pouco tempo também vinha na mesma imprensa e provocava iguais ABRIRES DE BOCA ATÉ ATRÁS, como agora:

Correio da manhã 2007-05-22 - 14:13:00
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=243435&idCanal=10


Governo promete manter e até reforçar o combate às baixas fraudulentas, através de uma intensificação da fiscalização com recurso a Junta Médica. O objectivo é conseguir fiscalizar até ao final do ano cerca de 200 mil baixas por doença com mais de 30 dias e detectar os casos em que não se justifica a atribuição do subsídio por doença.

A medida, integrada no Plano de Combate à Fraude e Evasão Contributiva, pretende travar o elevado número de baixas fraudulentas. Só nos primeiros quatro meses deste ano, a Segurança Social detectou mais de 15 mil casos irregulares de pessoas que estavam a receber indevidamente o subsídio.Em declarações à rádio TSF, o secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, revelou que entre Janeiro e Abril foram fiscalizadas mais de 60 mil baixas, sendo que das pessoas que se apresentaram a Junta Médica, cerca de 30 por cento não se encontrava em situação de incapacidade.

CORREIO DA MANHÃ 2005-12-30 - 13:00:00
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=186288&idCanal=181

Uma em cada três acções de fiscalização domiciliária às baixas por doença resultou na cessação ou suspensão do subsídio. O mesmo aconteceu a uma em cada quatro pessoas chamadas a Junta Médica.

Os dados foram revelados ao CM pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social no âmbito do Plano de Combate à Fraude e Evasão contributivas, que já “apanhou”, desde o início do ano e até Novembro, mais de 41 mil pessoas com baixas fraudulentas, representando uma poupança para a Segurança Social de 9,4 milhões de euros.Foram efectuadas mais de 20 mil acções de fiscalização ao domicílio às baixas por doença, tendo sido localizadas em situação fraudulenta 6702 pessoas, ou seja, 33 por cento do total. As acções de fiscalização domiciliária quase que duplicaram num ano, resultando numa poupança para a Segurança Social superior a 1,6 milhões de euros.Por sua vez, das cerca de 89 mil pessoas que se encontravam de baixa e que foram convocadas para Junta Médica, quase 22 mil estavam em situação fraudulenta, ou seja, 25 por cento do total dos casos. Com estas convocatórias para Junta Médica, a Segurança Social arrecadou mais de 6,4 milhões de euros.Com as mais de 112 mil convocatórias para Baixas Médicas foram ainda suspensos 12 790 subsídios por doença (onze por cento do total), representando uma poupança superior a 1,2 milhões de euros.De acordo com a execução orçamental da Segurança Social, entre Janeiro e Outubro deste ano, a despesa com subsídios de doença foi de 391 milhões de euros, menos 2,9 por cento que no mesmo período do ano passado.Com o Plano de Combate à Fraude e Evasão Contributivas e Prestacionais, que arrancou em Abril, as acções de fiscalização nas baixas por doença deixaram de ser feitas aleatoriamente. O novo sistema tem em conta indicadores de risco, como as baixas de longa duração (mais de 30 dias) ou duplicações de baixas permitindo uma selecção dos casos e aumentando a eficácia, garante o Ministério.

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