domingo, 10 de maio de 2009

Desemprego…uma oportunidade!

Após as considerações sobre as causas, acho que hoje já todos temos que nos concentrar na saída da famosa crise, porque negar que ela existe, seria como diz o ditado: “pior cego é o que não quer ver” e, portanto, devido a isto ou aquilo, sem dúvida que há crise e a face mais difícil, e visível dela é o desemprego.

Um dia destes, ouvia uma pessoa interrogar-se sobre o porquê de tanta gente dizer que há crise, não entendia. De facto, há que concordar que, ao contrário do Sol, a crise quando nasce não nasce para todos, e ainda bem.

No entanto, também é preciso dizer que já há 10, há 20 ou há 30 anos houve pessoas para quem havia uma enorme crise, porque elas tiveram a infelicidade de trabalhar em empresas que faliram, ou foram despedidas, e hoje já nem se lembram de tal situação, ou até agradecem a tal facto a boa situação que têm hoje, ou seja, em vez de nos atermos a generalizações, acho que há que ver, do ponto de vista da pessoa desempregada individualmente considerada, como sair da “sua” crise.

Sim, porque isto, é como a morte, todos sabemos que ela um dia virá, ou seja, se há coisa para que estamos preparados é para morrer, temos a certeza de um dia, todos morreremos, no entanto, não há crise maior do que a perda de alguém, no dia da sua morte.

Ora, com o Desemprego a situação é um pouco idêntica, todos sabemos que um dia nos pode bater à nossa porta, portanto, durante anos nos vamos psicologicamente preparando, mas na hora da verdade…deve ser duro, como no dia da notícia da morte de alguém querido.

Acontece, porém, que há uma pequena diferença: um desempregado…NÃO ESTÁ MORTO, logo, não há lugar a choros e portanto, há que aproveitar o “intervalo” que o Desemprego dá à pessoa, para ganhar fôlego, fazer rectificações de rumo, pegar no seu destino com muito maior segurança pessoal do que há anos, quando começou a trabalhar e há que construir algo de novo, aproveitando a sua experiência adquirida!

Se não fôr encarado assim o Desemprego, penso que este se pode revestir de uma situação perigosa, quer do ponto de vista financeiro, mas sobretudo do ponto de vista psicológico e social da pessoa desempregada, pois a quebra da rotina do trabalho pode originar desânimo e o baixar de braços.

Portanto, os que estão desempregados ou à beira disso são, ao fim e ao cabo, as pessoas mais disponíveis para contribuir para o fim da crise, criando negócios novos, tendo a vantagem de poder começar já expurgados dos vícios dos negócios mais antigos, que os levaram a falir!

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