quinta-feira, 13 de março de 2008

Direita forte…Estado Fraco

Nos últimos dias, temos sido bombardeados com notícias de escândalos cuja origem tem sempre e invariavelmente origem nos últimos Governos PSD/CDS, quer a nível nacional que a nível local, sobretudo na Câmara de Lisboa.

Regra geral trata-se de casos em que, alegada e comprovadamente já em alguns casos, os governantes se comportaram como se estivessem a gerir a sua própria casa, ou, seja, pondo e dispondo de meios e recursos, sem qualquer respeito pelo facto de serem do Estado, de serem bens públicos.

De entre os vários casos, basta lembrar o caso Bragaparques na Câmara de Lisboa e todas as sarrabulhadas que levaram à queda da câmara inicialmente governada pelo santa Lopes e depois pelo seu ex-adjunto, sem nos esquecermos de casos mais recentemente vindos a público como foi o caso da distribuição de casas, supostamente destinadas a gente que precisa, a quadros da Câmara que até já tinham casa como confirmou a própria Vereadora Helena Lopes da Costa, ilustre vereadora do Santana Lopes.

A nível do Governo Central, basta ver os casos badalados e alguns até já julgados, como o caso do Casino, o caso dos Sobreiros com o PP sem esquecer o caso da Somague, esse já julgado e com pena pesada para o PSD.

Ora Com tamanha catadupa de casos em tão curto espaço de tempo, sim, tanto na Câmara como no Governo nem sequer cumpriram os mandatos, ora tamanha apetência pelo bolo que é a coisa pública, tem que ter uma explicação.

Pensei, pensei e acho que a raiz do problema se encontra no código genético destes partidos, os partidos chamados da Direita Liberal.

Sendo partido liberais, uma das principais características que os distingue da Esquerda é a defesa da propriedade privada forte em detrimento de um Estado fraco. Para um Liberal, quanto mais fraco o Estado estiver, melhor.

Ora, não terão eles agido na melhor das intenções, ao deitar a mão ao bolo, da maneira como o fizeram? Pelo menos a eles não se pode acusar de incoerência: eles lá tratar de pôr o Estado fraco, trataram…e se lhes davam mais algum tempo…

A questão que me inquieta é esta: será legítimo colocar na gestão do Estado, alguém que defende que o poder do Estado deve acabar?

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