sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A verdade é que ninguém confia

É verdade que em democracia, as eleições pressupõem oportunidade de mudança;
É verdade que os partidos e movimentos concorrentes às eleições devem propor algo de novo, que dê esperança aos eleitores.
É verdade que o País precisa de verificações, acertos, correcções e, quem sabe, mudanças de fundo.
É verdade que nunca compreendi a viabilidade do TGV.

Ora, mas também é verdade que as mudanças só sortirão efeito, caso haja confiança em quem as protagoniza.
Ora, é também verdade que nenhum Governo consegue alterar seja o que for, sem a confiança da sociedade que comanda.

Portanto, a triste verdade é que, rasgando compromissos do Estado, alterando projectos de anos, adiando obras já dadas como certas pelo Estado, os protagonistas das ditas mudanças e as suas promessas dificilmente serão credíveis.

Quem vai acreditar num Partido que, há bem pouco tempo defendia a construção de 5 Linhas de TGV para o País, e agora, pura e simplesmente defende a total suspensão?

Que segurança dá aos agentes económicos, que nacionais quer estrangeiros, um partido tão inconstante, e que, sobretudo, faz tábua rasa de tudo o que o Estado português assumiu nos últimos anos?

A verdade é que ninguém confia.

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