Há dias em que, por isto ou por aquilo, certas palavras nos caem de forma mais intensa e com significado especial.
Esta manhã, ao ligar a rádio foi um desses momentos, ao ouvir um excerto de um dos últimos discursos de Lula da Silva.
Com efeito, dizia ele que, no final da sua passagem pela presidência do Brasil, deixa um País muito melhor do que quando lá chegou: com menos pobres e mais gente a trabalhar, enfim um País a caminho de ser uma das principais potências mundiais.
Ora, isto é um evidência conhecida há bastante tempo, porquê hoje isso me tocou?
Ora, isto é música p/ os meus ouvidos sobretudo depois de ouvir o que ouvi durante o ano transacto sobre as contas públicas do nosso País, e tomar conhecimento das medidas assustadoras atiradas para cima da população e de ver a excepcional e inaceitável medida de redução de salários na função pública…
A política não morreu, pensava eu – havendo bons dirigentes políticos, um País pode fazer política social e uma boa distribuição da riqueza.
Lindo…pois é, mas cá, nesta porcaria de rectângulo pendurado na Europa…soube-se ontem que nos últimos três meses do ano, as promoções nas cúpulas do dirigismo da função pública, as promoções subiram 15% como forma chico-espertina de fugir à redução de salários.
Contrariamente ao que diziam os outros…governam-se e não deixam governar!
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