quinta-feira, 4 de setembro de 2008

SARA PALIN, ou a hipocrisia na política

Até há uns em Portugal, era muito usual as senhoras mais abastadas da sociedade, proclamarem e manifestar-se contra essa vergonha e atentado aos bons costumes, que era o Aborto.

Pois, também era usual ver-se essas mesmas senhoras, passarem a fronteira e fazerem elas próprias ou as suas filhas, os ditos abortos, logo à saída da fronteira, e, quando entravam, lá voltavam elas ao seu puritano discurso, e de mantinha na cabeça, lá iam elas bater com a mão no peito e rezar para que Deus iluminasse essas pecadoras que faziam aborto.

Felizmente Portugal evoluiu, Portugal é um País europeu e, hoje, o assunto está resolvido e saiu da agenda política e mediática.

Ora, nos USA, cá estamos nós com mais um caso idêntico ao das senhoras puritanas, sendo que agora, a senhora é nada mais nada menos do que a candidata a Vice—Presidente americana, pelos republicanos, sendo que a sua imagem de marca, é exactamente a da mantinha na cabeça a gritar contra as relações sexuais antes do casamento, dando a sua família como exemplo da harmonia e respeito dos preceitos mais puros nessa área.

O problema é que, a sua filha, nem mais, de 17 anos, solteira, está grávida.

Se fosse cá, dificilmente o assunto teria importância, porque vida familiar, assuntos de moral não são chamados para política, mas lá tem e eu acho muito bem que tenha, porque o puritanismo é uma das bandeiras que ela apresenta ao eleitorado, logo, tem que ser coerente.

De cada vez que veja estas cenas, gosto mais de ser europeu.

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