De repente o País uniu-se, da Esquerda à Direita, para aprovar o Orçamento, viabilizar, deixar passar ou seja lá o que for. O importante é que o Estado não fique a viver de duodécimos.
Ora, se, como diz Bagão Félix, sete dos dez milhões de portugueses vivem à custa do Estado, fácil é perceber que o Orçamento será sempre viabilizado, sob pena de pormos setenta por cento de Estado-dependentes a temer pelo ordenado ao fim do mês…como acontece com os restante três milhões.
Mas vendo bem, Bagão Félix fez mal as contas, porque, se ao nível dos cidadãos a dependência do Estado é desta ordem, já ao nível das Empresas privadas, a dependência deverá ser bastante superior no que respeita à proveniência dos lucros.
Com efeito, se por acaso houvesse um atraso ou uma falta de pagamento do Estado a esses sete milhões, o que aconteceria com certeza, não era a desgraça do Estado, mas sim, a tragédia nas vendas dos grandes grupos económicos da distribuição, comunicações, etc etc
Contrariamente ao que nos querem fazer crer, os grandes grupos económicos vivem todos à custa do Rendimento Mínimo, das Reformas, Fundo de Desemprego e outras contribuições do Estado. Sim, porque se uma família recebe duzentos ou trezentos euros do Estado, ele vai direitinho para o bolso do Belmiro, Jerónimo ou outro…gerando fabulosos lucros à custa da contribuição do Estado.
Numa palavra, vivemos numa Economia de Mercado, no que à Receita diz respeito, porque quando se fala de despesa…essa que fique lá com o Estado, que ninguém se preocupa se o Estado é um verdadeiro Estado Socialista, no que à despesa diz respeito.
Só há, em minha opinião, uma forma de o Estado poder equilibrar as contas, sem ser com recurso à receita do costume: impostos p/cima de quem trabalha, e essa receita passa por o próprio Estado entrar no mercado e ter as suas próprias lojas, as suas próprias empresas de comunicações, pelo menos, para servir os seus “dependentes”.
Assim, em vez de duzentos e cinquenta euros de Rendimento Mínimo, a família receberia, pelo menos metade desse valor em senhas a serem obrigatoriamente usadas em lojas do Estado, em vez de lojas do grupo A ou B, indo a margem de lucro de volta para o Estado.
Assusta? Parece Ridículo? Seria o regresso á união Soviética?
- Mas o que é aquilo que temos já neste momento, no que à Despesa diz respeito e, principalmente no que à carga sobre quem trabalha?
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