Quando ouço os lamentos pelo elevado desemprego em Portugal, tenho a sensação de que estes não correspondem à realidade, não fosse a frieza dos números, porque não se vê espécie de agitação social alguma, que o elevado número de desempregados faria supor.
A explicação, quanto a mim, reside no facto de, nos primeiros anos, a maioria dos desempregados portugueses ganhar mais nessa condição, do que a trabalhar.
Não só os salários são baixos, como, ao engrossar esse exército, imediatamente passa a usufruir de vantagens e regalias sociais, que antes não tinha, nomeadamente acesso a subsídios e bolsas na escola, ajuda na habitação, etc etc
Por outro lado, os sindicatos não fazem muito barulho, porque muitos deles, segundo julgo saber, e advogados, cobram imaginem, valores que podem ir até de 10% do Fundo de Garantia Salarial que a Segurança Social paga ao desempregado, a título de indemnização pelos anos trabalhos…10% imagine-se. Ora, se regra geral, os trabalhadores têm direito a 8000 euros, o máximo no caso dos mais velhos, os e advogados podem levar cerca de 800 euros por cada trabalhador.
Que rica vida esta, até para os sindicatos!
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