O Mundo acaba de sair duma espécie de adormecimento ao som de uma música de embalar. Efectivamente, desde que se começou a perspectivar a vitória do Obama como certa, toda a gente começou a gritar que uma grande transformação estava em curso.
Ora, ainda estremunhados da noitada da vitória, diz-se, da igualdade sobre os preconceitos racistas, aparece o louco do Berlusconi a chamar “bronzeado” ao Presidente americano.
Qual heresia esta, a de alguém brincar com a cor de um preto!
Chegou-se mesmo ao ridículo de uma ex-manequim, a Sra Bruni, actual primeira dama de França vir renegar o seu País de origem, a Itália, porque o seu Presidente disse que o futuro Presidente americano estava sempre “bronzeado”.
Escusado será dizer que não tenho qualquer simpatia pelas atoardas populistas e comportamentos altamente questionáveis, em termos democráticos, deste magnata da comunicação social cujas extravagâncias, derivadas do seu poder económico, passam por ser também líder político.
No entanto, pergunto-me, porque carga de água se pode brincar com tudo, menos com a cor de uma pessoa.
Será que essa censura, não é ela, em si, a maior prova de que somos racistas?
Será que esses puristas estão chocados como facto de se brincar com a cor de alguém, porque considera isso um defeito, uma doença?
- Sim, todos estamos de acordo que nãos e brinca com a deficiência de alguém!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário