Numa altura em que parece que o País sempre descobriu a real razão da desgraça dos resultados do nosso ensino, os alunos, gostaria de deixar claros alguns pontos, como cidadão deste País, como Pai, como ex-aluno, como futuro aluno, como amigo do porteiro da escola, como colega do irmão do professor, como colega do filho da professora, enfim, como português, gostaria de deixar claro o que penso sobre este caso.
Não aceito que se generalize, como sempre se tende a fazer nestas situações, um caso de indisciplina numa turma, por mais televisionado que seja, considerando que todo o ensino secundário público está infestado, para no final não se fazer rigorosamente nada, a não ser desprestigiar o ensino público, em favor do Privado.
Não admito que insultem os meus filhos, tratando-os por insurrectos, como se tem feito crer nestes últimos dias em praticamente toda a comunicação social, ao deixar no ar que é tudo uma cambada de bandoleiros, sem censurar veementemente a atitude inacreditável da Escola que deixou passar em claro o sucedido;
Não aceito que se castigue “exemplarmente” como se ouve por aí berrar aos sete ventos este ou aquele aluno. Cumpram-se os regulamentos e apliquem-se as normas, coisa que, pelos vistos, os professores desta Escola não queriam fazer, pois esconderam o assunto durante uma semana.
Finalmente, assusta-me que se dê mais importância ao ataque de nervos da jovem, do que à traição do colega que filmou, à atitude mafiosa do mesmo, dando ordens aos colegas p/ se afastar e sobretudo, fico apavorado que um miúdo desta idade, já veja elogiada e “remunerada” desta forma a sua atitude de delator, qual bufo da Pide, logo na Escola Secundária onde é Professor com responsabilidades, o famoso Professor Charrua, o arauto da defesa da liberdade de expressão, aquele que se dizia a grande vítima dos delatores, quando justamente um colega fez queixa dele.
terça-feira, 25 de março de 2008
quarta-feira, 19 de março de 2008
A Cura estava em ..CUBA?!
Raramente vejo o noticiário da TVI, porque acho que é bastante sensacionalista, não que minta ou omita mais do que os outros, mas enfatiza determinados aspectos ligados aos sentimentos que a mim me repugna ver num canal de televisão, fruto da guerra das audiências, como se os telespectadores estivessem interessados em ver e ouvir todos os dias crimes de faca e alguidar e outras tragédias levadas ao máximo em termos de exploração de sentimentos.
Porém, um dia destes estava anunciada uma reportagem especial e eu vi: um grupo de pessoas portuguesas, de idade avançada, a serem tratadas às cataratas, imagine-se, no País que todos nós os habituamos a ver como uma Ditadura, que de facto é, uma País miserável, como de facto é.
Os nossos velhinhos cantavam e choravam de alegria, porque com uma simples, pelos vistos operação, começaram a ver como já não viam há décadas e alguns até já estavam condenados à cegueira diziam outros.
Confesso que fiquei com algumas reservas, não fosse eu estar a ser vítima de mais um programa sensacionalista da TVI a querer mexer com os meus sentimentos…mas parece que não, parece que é mesmo verdade, parece que temos 600.000 pessoas à espera daquela operação em Portugal…
Se é assim, o que é isto – é para me emocionar e chorar de tristeza, ou quê?
Porém, um dia destes estava anunciada uma reportagem especial e eu vi: um grupo de pessoas portuguesas, de idade avançada, a serem tratadas às cataratas, imagine-se, no País que todos nós os habituamos a ver como uma Ditadura, que de facto é, uma País miserável, como de facto é.
Os nossos velhinhos cantavam e choravam de alegria, porque com uma simples, pelos vistos operação, começaram a ver como já não viam há décadas e alguns até já estavam condenados à cegueira diziam outros.
Confesso que fiquei com algumas reservas, não fosse eu estar a ser vítima de mais um programa sensacionalista da TVI a querer mexer com os meus sentimentos…mas parece que não, parece que é mesmo verdade, parece que temos 600.000 pessoas à espera daquela operação em Portugal…
Se é assim, o que é isto – é para me emocionar e chorar de tristeza, ou quê?
quinta-feira, 13 de março de 2008
Direita forte…Estado Fraco
Nos últimos dias, temos sido bombardeados com notícias de escândalos cuja origem tem sempre e invariavelmente origem nos últimos Governos PSD/CDS, quer a nível nacional que a nível local, sobretudo na Câmara de Lisboa.
Regra geral trata-se de casos em que, alegada e comprovadamente já em alguns casos, os governantes se comportaram como se estivessem a gerir a sua própria casa, ou, seja, pondo e dispondo de meios e recursos, sem qualquer respeito pelo facto de serem do Estado, de serem bens públicos.
De entre os vários casos, basta lembrar o caso Bragaparques na Câmara de Lisboa e todas as sarrabulhadas que levaram à queda da câmara inicialmente governada pelo santa Lopes e depois pelo seu ex-adjunto, sem nos esquecermos de casos mais recentemente vindos a público como foi o caso da distribuição de casas, supostamente destinadas a gente que precisa, a quadros da Câmara que até já tinham casa como confirmou a própria Vereadora Helena Lopes da Costa, ilustre vereadora do Santana Lopes.
A nível do Governo Central, basta ver os casos badalados e alguns até já julgados, como o caso do Casino, o caso dos Sobreiros com o PP sem esquecer o caso da Somague, esse já julgado e com pena pesada para o PSD.
Ora Com tamanha catadupa de casos em tão curto espaço de tempo, sim, tanto na Câmara como no Governo nem sequer cumpriram os mandatos, ora tamanha apetência pelo bolo que é a coisa pública, tem que ter uma explicação.
Pensei, pensei e acho que a raiz do problema se encontra no código genético destes partidos, os partidos chamados da Direita Liberal.
Sendo partido liberais, uma das principais características que os distingue da Esquerda é a defesa da propriedade privada forte em detrimento de um Estado fraco. Para um Liberal, quanto mais fraco o Estado estiver, melhor.
Ora, não terão eles agido na melhor das intenções, ao deitar a mão ao bolo, da maneira como o fizeram? Pelo menos a eles não se pode acusar de incoerência: eles lá tratar de pôr o Estado fraco, trataram…e se lhes davam mais algum tempo…
A questão que me inquieta é esta: será legítimo colocar na gestão do Estado, alguém que defende que o poder do Estado deve acabar?
Regra geral trata-se de casos em que, alegada e comprovadamente já em alguns casos, os governantes se comportaram como se estivessem a gerir a sua própria casa, ou, seja, pondo e dispondo de meios e recursos, sem qualquer respeito pelo facto de serem do Estado, de serem bens públicos.
De entre os vários casos, basta lembrar o caso Bragaparques na Câmara de Lisboa e todas as sarrabulhadas que levaram à queda da câmara inicialmente governada pelo santa Lopes e depois pelo seu ex-adjunto, sem nos esquecermos de casos mais recentemente vindos a público como foi o caso da distribuição de casas, supostamente destinadas a gente que precisa, a quadros da Câmara que até já tinham casa como confirmou a própria Vereadora Helena Lopes da Costa, ilustre vereadora do Santana Lopes.
A nível do Governo Central, basta ver os casos badalados e alguns até já julgados, como o caso do Casino, o caso dos Sobreiros com o PP sem esquecer o caso da Somague, esse já julgado e com pena pesada para o PSD.
Ora Com tamanha catadupa de casos em tão curto espaço de tempo, sim, tanto na Câmara como no Governo nem sequer cumpriram os mandatos, ora tamanha apetência pelo bolo que é a coisa pública, tem que ter uma explicação.
Pensei, pensei e acho que a raiz do problema se encontra no código genético destes partidos, os partidos chamados da Direita Liberal.
Sendo partido liberais, uma das principais características que os distingue da Esquerda é a defesa da propriedade privada forte em detrimento de um Estado fraco. Para um Liberal, quanto mais fraco o Estado estiver, melhor.
Ora, não terão eles agido na melhor das intenções, ao deitar a mão ao bolo, da maneira como o fizeram? Pelo menos a eles não se pode acusar de incoerência: eles lá tratar de pôr o Estado fraco, trataram…e se lhes davam mais algum tempo…
A questão que me inquieta é esta: será legítimo colocar na gestão do Estado, alguém que defende que o poder do Estado deve acabar?
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